Ontem à noite terminei o livro de Sebastião Salgado com
Isabelle Francq “De minha terra a Terra” e só posso dizer que maravilhoso e é o
mínimo.
Para que vocês saibam de quem estou falando faço um
pequeno relato de quem esse cara.
SEBASTIÃO SALGADO nasceu em 1944, em Aimoré, Minas
Gerais. É formado em Economia e começou sua carreira de fotógrafo na França onde
mora desde 1969.
O livro mostra um homem. Um ser humano de altíssima
qualidade. Preocupado com o meio ambiente, mas principalmente com o ser humano.
Ele é um dos brasileiros que a tal revolução de 64
obrigou a sair do país e no caso dele se refugiou na França. Como ele muitos
outros talentos saíram do Brasil para poderem continuar vivendo. Fazendo uma
interrupção no texto. Lembramos a alguns analfabetos políticos que pede a volta
da ditadura, esse foi um dos de serviços que ela prestou ao nosso país.
Sebastião Salgado é uma pessoa que dignifica nossa
espécie humana. Viajou por 120 países, nos ambientes mais inóspitos. Do calor
ao frio, da seca a chuva. Da paz a guerra. Conheceu como poucos os mais
terríveis lugares da terra. Encantou-se com a natureza, com os mais diversos
tipos de seres vivos, com os mais diferentes ambientes, com os mais diferentes
tipos de seres humanos. Conheceu a África com uma profundidade que pouquíssimas
pessoas conhecem e se encantou com o continente. Conheceu as Américas
especialmente a América do Sul. A Amazônia fotografa com altíssima qualidade
como sempre foi em todos os seus trabalhos.
Algo interessante em sua obra é que ele fotografa em preto
e branco. Não que desvalorize a cor, mas foi uma escolha. E mesmo eu não tendo
acesso a seus livros, apenas a parte deles acho seus trabalhos magníficos.
Seu grande suporte na vida, além claro de seus inúmeros
colaboradores, outros colegas de fotografia é sua mulher Lélia a qual ele
reverencia com respeito e muito amor que o acompanha desde o exílio na França
l[á pelos anos 60. Formam um casal magnífico. Claro que tiveram seus problemas,
mas se completam nas convicções, nas lutas e na vida.
O casal tem dois filhos Juliano e Rodrigo e um neto
Flavio. Juliano é cineasta e co dirigiu ao lado de outro cineasta o alemão Wim
Wenders, um documentário sobre o trabalho do pai chamado “O sal da Terra”
escolhido para participar do festival de Cannes. O outro filho é trissômico
como ele mesmo fala. Para quem não sabe o que é coloco abaixo uma definição
dessa doença.
Normalmente os cromossomos são encontrados aos
pares
mas quando acontece um erro genético um desses pares, geralmente o de numero 21 fica com três cromossomos ao invés de dois, podendo causar doenças. No caso do nº 21 causa a síndrome de Down.
mas quando acontece um erro genético um desses pares, geralmente o de numero 21 fica com três cromossomos ao invés de dois, podendo causar doenças. No caso do nº 21 causa a síndrome de Down.
Falo trissômico porque no livro em
nenhum momento ele fala em Down e respeito a sua vontade. Ele também diz que
seu filho é deficiente sem nenhum problema. O carinho com que ele se refere ao
filho é espetacular. Tem uma passagem em que diz “os amigos dizem que pouco saímos. Mas vivemos com Rodrigo. Ter um filho
deficiente é isso. Foi bastante difícil no começo, mas assim que começamos a
envelhecer compreendemos que ele havia se tornado nossa vida. É preciso tirara
o melhor dela”.
Somente alguém iluminado é capaz de
ser o que esse cara é. A vida dele é dedicada ao ser humano, ao meio ambiente.
A prova, se é que é preciso está na criação do INSTITUTO TERRA. Com o qual eles
(junto com a esposa Lélia) fazem diversos projetos de preservação da natureza,
sendo na antiga fazenda de seu pai comprada pelo casal, talvez o auge que é o
reflorestamento da Mata Atlântida.
Escrever este texto pode não
significar nada para ninguém, mas para eu é importante. Identifiquei-me muito
com o trabalho, com a vida com a luta desse magnífico brasileiro. E resolvi
escrever em sua homenagem, mesmo que ele nunca venha, a saber. O que com,
certeza irá acontecer.
Para encerrar só posso agradecer a
ele. Por sua luta. Por sua dedicação. Por seu exemplo.
UM
ABRAÇO
PROFESSOR
FUMAÇA GENRO.
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