Não consigo entender, compreender pessoas que fazem
afirmações como. Não consigo ler. Ler é chato. Ler me dá sono. Na minha
profissão não preciso ler (?). Essas e outras ouvi, ouço e penso que ouvirei de
alunos e pasmem de professores.
Como sou um apaixonado pela leitura fico meio intrigado
com essas pessoas. Claro que aceito. Mas continuo achando algo muito estranho.
Nesse momento estou lendo dois livros. Um com mais
assiduidade, que é “Futebol no país da música” de Beto Xavier Ed. Panda books.
O título já diz bem de que se trata. É um livro que conta a relação entre o
futebol e a música de uma maneira que entendo didática sem ser aquela coisa
professoral que poderia ser chata. Mas não, é muito gostosa a sua leitura. O
outro venho lendo como se bebe uma bebida muito especial, aos poucos e torcendo
para que demore a terminar, pois ele é especialíssimo. O título é o seguinte “UM
SÉCULO DE MÚSICA POPULAR E CLÁSSICA” BRASIL RITO E RITMO. Da editora Aprazível-RJ.
É absolutamente magnífico. São textos de Leo Kaz, Ricardo Cravo Albin, João
Máximo, Tárik de Souza e Luiz Paulo Horta como fotos estupendas, lindas e tudo
mais que se possa dizer. Os textos e as fotos se complementam de uma maneira que
sinceramente não sei explicar tamanha beleza.
Estou completamente encantado com esse livro e me atrevo
a indicar para quem gostaria de saber um pouco sobre a nossa música.
Recebi essa semana a revista LÍNGUA nº 88, ano 8 da Ed.
Segmento. Revista sobre a nossa língua portuguesa. É muito boa, independente da
disciplina o professor lecione afinal todos nós falamos português ou algo
próximo disso. Nessa revista tem uma parte que de CONCEITOS E LEITURAS e fala
de um livro da escritora Eloi Bocheco chamado “Casa de concertos” que fala de
uma menina cuja avó professora aposentada concerta brinquedos vindos de todos
os lugares do mundo. E menina passa as férias na casa da avó. Imaginem que
maravilha umas férias dessas para uma criança e até para nós adultos.
A revista entrevista a autora e em uma de suas respostas
ela diz algo para mim de uma importância fundamental. Sendo pais, avós, tios,
tias, professores, enfim adultos na idade ou não.
A pergunta é: De que modo se articulam em sua visão como
autora o substantivo “literatura” e o adjetivo “infantil”?
Resposta da autora: Encontros adultos que não leem livros
infantis porque presumem de antemão, tratar-se de um texto utilitário, ligado
ao ensinamento escolar. Acabam se surpreendendo, muitas vezes, pois quando o
livro para crianças é literatura, de fato, ultrapassa o adjetivo infantil e
tudo que o termo representa no imaginário de alguns leitores.
Por preconceito com o termo
infantil, alguns adultos podem estar perdendo a chave de conhecer livros que
lhes trariam prazer e encantamento, visto que a chamada Literatura Infantil há
muito tempo conquistou seu lugar no reino dos objetos artísticos. Além do quem adultos
deviam ler as obras infantis para orientaras crianças próximas de si em suas
escolhas de leituras, com sugestões e boas dicas.
Concordo plenamente
com a escritora. Nós adultos fizemos um prejulgamento dos livros e simplesmente
o deixamos de lado.
Um pedido. Não me achem pedante e metido ao estar fazendo
essas indicações. É como gosto penso que todos devem gostar.
Um abraço.
Profº
Fumaça genro
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