Morre Djalma Santos, o maior lateral-direito
de todos os tempos
Ex-jogador foi bicampeão mundial com a Seleção Brasileira- RETIRADO DO
JORNAL DIÁRIO GAÚCHO DE 24/072013
Foto: Flávio
Neves, Banco de Dados
Considerado
o maior lateral-direito do Brasil e do mundo em todos os tempos, morreu na
noite desta terça, aos 84 anos, em Uberaba, Minas Gerais, o ex-jogador Djalma
Santos. Ele estava internado desde o dia 1º de julho devido a uma infecção
respiratória aguda, na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Hélio Angotti.
Um boletim médico divulgado na terça-feira apontou problemas renais graves. Por
isso, seguia respirando com a ajuda de aparelhos. No último dia 11, ele havia
deixado o hospital, mas a recuperação insatisfatória fez com que ele fosse
internado novamente.
Revelado
pela Portuguesa em 1948, o ex-lateral se destacou também no Palmeiras, clube
pelo qual atuou por nove anos, e Atlético-PR. Campeão paulista em 1959, 1963 e
1966, do Torneio Rio-São Paulo em 1952, 1955 e 1965, do Campeonato Brasileiro
em 1960, 1967 (Taça Brasil e Torneio Roberto Gomes Pedrosa), foi também campeão
paranaense em 1970 (aos 41 anos). Os maiores títulos de Djalma Santos, no
entanto, que nasceu em São Paulo em 27 de fevereiro de 1929, foram as Copas do
Mundo de 1958 e 1962, com a Seleção Brasileira - por quem atuou também nos
Mundiais de 1954 e 1966.
Na Suíça,
em 1954, ele participou, com destaque, de três jogos do Brasil. No Mundial de
1958, jogou apenas a partida final, na vaga de De Sordi, que estava lesionado.
O Brasil venceu a Suécia por 5 a 2, e Djalma teve ótima atuação, o que o fez
ser apontado como um dos principais atletas do torneio.
No
período em que esteve na Portuguesa, o clube conquistou dois títulos do
prestigiado Torneio Rio-São Paulo, em 1952 e 1955. Pelo Palmeiras, Djalma
Santos atuou entre 1959 e 1968. Na equipe que ficou conhecida como Academia
(pelo futebol vistoso, elegante e preciso que executava), conquistou duas Taças
Brasil (1960 e 1967), um torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967) - todos
alçados à condição de títulos nacionais pela CBF -, um Rio-São Paulo (1965) e
três Paulistas (1959, 1963 e 1966).
Na Copa
de 1962, ele brilhou novamente ao participar das seis partidas da campanha
vitoriosa no Chile. Djalma Santos também defendeu a seleção na Copa da
Inglaterra, em 1966, quando atuou em duas partidas. O atleta encerrou a sua
passagem pelo Palmeiras com 498 partidas (295 vitórias, 105 empates e 98
derrotas). Os dois últimos anos de sua carreira foram no Atlético-PR. Sua
despedida aconteceu em um amistoso no dia 21 de janeiro de 1971.
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