Governador de MT declara que não negocia com professores em greve
Greve dos
professores da rede estadual completou uma semana.
Silval disse que governo efetivou 8.600 profissionais na educação.
Silval disse que governo efetivou 8.600 profissionais na educação.
Do G1 MT
O governador Silval Barbosa
(PMDB), de Mato Grosso, declarou que não irá discutir as pautas reivindicadas
pelos professores enquanto a classe estiver em greve no estado. Nesta segunda-feira
(19) a paralisação da categoria completou uma semana. Segundo o Sindicato dos
Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), 80% das escolas
aderiram à greve no estado.
“Eu não discuto em greve. Eles estão discutindo com os secretários. Eu
espero que haja um entendimento para eles voltarem”, declarou Silval em
entrevista à TV Centro América.
A classe reivindica quatro
pautas principais para realização de acordo. São elas: o reajuste salarial em
10,41%; inclusão da hora atividade para professores contratados; melhoria na
estrutura das escolas; e a posse dos classificados no concurso de 2010. Na
última reunião realizada com o Sintep na sexta-feira (16) o governo apresentou
um calendário para a posse de técnicos e apoio administrativo, além de mais 500
professores até novembro de 2013.
As outras pautas não tiveram propostas. “Avançamos pouco em relação à
pauta apresentada”, declarou o presidente do Sintep, Henrique Lopes Nascimento.
Os professores pedem também a destinação de 35% dos recursos estaduais para a
educação. Essa é a segunda paralisação realizada pela classe neste ano, sendo
que a primeira foi em abril e durou uma semana.
Em relação às reivindicações,
o governador declarou que em seu governo 8.600 profissionais foram efetivados
na área de educação no estado. “De 2010 para cá eu repus toda a inflação que houve
mais 25,8% de ganho real na carreira dos servidores. Nunca se fez tanto na
carreira dos servidores, nunca se chamou tanta gente em concurso como se chamou
agora”, argumentou Silval.
O presidente do Sintep rebateu as declarações do governador e disse que
Silval deve se colocar à disposição para resolver o impasse. “Ele tem que se
colocar na condição de governador e não levar isso para um nível pessoal. Há um
impasse que tem que ser resolvido. Nós anunciamos a possibilidade de greve em
2012 e ele tem conhecimento da pauta”, disse.
O presidente do Sintep chamou
a atenção para o fato de que quando o concurso foi lançado em 2010, ainda no
governo de Blairo Maggi, o estado tinha menos de 50% dos profissionais da
educação efetivados. “Os profissionais contratados têm prejuízos na carreira,
migram muito de escolas, o que atrapalha na política pedagógica de cada
instituição, não recebem por hora atividade e recebem menos do que os
efetivos”, declarou. “O concurso previa a contratação de 3 mil profissionais e
por pressão popular os outros 5 mil foram chamados”, complementou. Henrique
Lopes acredita que haja necessidade da contratação de mais 5 mil profissionais
para atender às demandas estaduais.
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