Sou de
cortiça barata com várias falhas,
choro
com filmes tristes
já
encontrei o amor uma vez,
poucos
são os meus arrependimentos,
sou de
esquerda e talvez de direita também,
tenho
meus pudores e pouco medo de arriscar,
não me
contento com sobras,
vivo
mergulhado numa sopa de interrogações,
admiro
o sol nascer enquanto muitos dormem,
me vejo
numa letra de música,tateio as formas de um quadro,
exalto
a liberdade, brigo pelo que acredito, uso armadura para convencer,
sinto o
gosto da vida na boca,
viajo
porque preciso,
desenho
céus que não os meus,
me
apaixono vagarosamente,
tento
chegar ao topo,
tenho
medo de sapos,
talvez
nunca escreva um livro
tento
decifrar personas,
encho a
cara e tenho outros vícios,
odeio
sapatos sujos,
perco
horas refletindo sobre personas,
gosto do
cheiro dos livros,
amo
saber que a história é reconstrução,
busco
decifrar símbolos,
exorcizo
fantasmas com a escrita,
sorrio
das ironias,
acolho os
renegados,
busco meu
bando,
invento possibilidade,
tenho
minhas futilidades do mesmo modo que tenho sonhos,
me faço
de durão,
evito ser
machucado,
digo
verdades e sofro com suas consequências,
me
frustro por não ter construído castelos de areia quando criança,
escondo
mágoas,
sorrio de
canto de boca quando estou envergonhado,
as vezes
tenho medo de mostrar que amo,
compartilho
esperanças,
imagino
filmes escritos por mim,
vivo
e aprendo,
levo
sopapos e também os dou,
tento
enganar mas nas entrelinhas me deixo ser conhecido,
tento
sempre ser observador,
resenho
currículos,
desmereço
metonímias,
rio dos
covardes,
me jogo
em nova possibilidades,
dou a
cara a tapa,
me
encanto com o verde e choro com sua desconsideração aos meus sentimentos,
sou
lavoura arcaica,
sou
período de mutações
sou
vida e morte, sou dois lados de uma moeda,
sou
beiradas e não centro
sou
expectativas e decepções
e mesmo
assim não sirvo para o mundo, pelo menos não para este, para o mais fácil, para
o que pega na tua mão e te leva ao cinema
sua nova
namorada é linda Hubble....
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