ESCOLAS SEM AULAS
Reunião entre governo e professores não
acontece e greve se aproxima de 1 mês- RETIRADO DO SITE DA GAZETA DIGITAL HOJE
DIA 06_0 9_2013
A greve dos
professores da rede estadual de ensino deflagrada no dia 12 de agosto está
próxima de completar 1 mês e a promessa do governo do Estado em apresentar uma
proposta condizente com as reivindicações da categoria não aconteceu, conforme
prometido ao longo dessa semana e por isso, os trabalhadores seguem
irredutíveis, todos com os braços cruzados. Afirmam que a atitude do governo do
Estado, que adiou uma reunião prevista para essa semana, só mostra o
“descompromisso do Executivo com a categoria”.
Segundo o Sindicato
dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) presidido pelo
professor Henrique Lopes do Nascimento, o governo estadual ao adiar o encontro
com os servidores alegou que precisa de um tempo para analisar os estudos encaminhados
pela Secretaria Estadual de Educação comandada por Ságuas Moraes e que está
participando das negociações. Aliás, Ságuas disse nesta terça-feira (03) que
apresentaria até o final daquele dia uma nova “proposta viável” aos
trabalhadores, mas isso não aconteceu.
Dessa forma, o
governo do Estado informou aos professores que terá um posicionamento a partir
desta segunda-feira (09). Enquanto isso, a greve continua em mais de 90% das
744 escolas estaduais e também atinge o mesmo percentual dos 38 mil servidores
da pasta, entre professores e demais profissionais que atuam no suporte
pedagógico, limpeza e outras áreas de secretarias e assessorias pedagógicas.
Cerca de 500 mil estudantes seguem sem aula enquanto as conversas entre governo
e sindicalistas não termina em acordo que suspenda a greve.
Os professores exigem
a aplicação dos 35% dos recursos do Estado em educação, a realização de
concurso público, cumprimento da hora-atividade, investimento nas unidades
escolares e compromisso de valorização profissional do trabalhador por meio da
dobra do poder de compra num prazo de no máximo 7 anos. O presidente do Sintep,
Henrique Lopes ressalta que mais de 50% dos servidores são contratados e não
concursados e por isso, cobram do governo a convocação imediata dos servidores
classificados no concurso de 2010 e que lance novo concurso para a educação.
"O Silval havia
autorizado os 27,2% das receitas para a educação ao secretário de Ságuas Moraes
e na sequência fizemos o grupo de trabalho. Mas, hoje pediu tempo para
analisar. Desta forma o que temos a reafirmar é que a greve continua diante da
ausência de respostas", ressaltou o sindicalista ao informar e lamentar
pela reunião que foi adiada.
O impasse persiste
porque de um lado o governo alega não ter condições financeiras para conceder
os reajustes pleiteados e atender as demais reivindicações enquanto do outro,
os representantes do Sintep afirmam que é possível aplicar o reajuste de 10,41%
este ano retroativamente com a perspectiva de atender a reivindicação dos
trabalhadores e por consequência prestar mais qualidade do serviço à população.
Para isso, Henrique Lopes lembra que a Constituição Estadual prevê 35% dos
recursos advindos da receita do Estado sejam destinados à educação e por isso,
o governo ignora o mínimo determinado.
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