segunda-feira, 3 de outubro de 2011

NESTE SÁBADO DIA 08/10/2011 O MÚSICA PURA NA RÁDIO PARECIS COMPLETA O PROGRAMA 140º ASSIM RESOLVI FAZER UMA HOMENAGEM A UM MOVIMENTO BASTANTE IMPORTANTE DA MÚSICA BRASILEIRA "A JOVEM GUARDA". OUTRAS HOMENAGENS VIRÃO.


Movimento Jovem Guarda


Eu Profº Fumaça Genro vivi este movimento de longe, mas vivi. Sofri as influências diretas do comportamento que nos dizia as roupas e a maneira de nos comportarmos. Nada tinha de rebeldia e sim a vontade natural de jovens querendo imitar seus ídolos era completamente diferente do movimento que lutava pela democracia no país, não havia contexto político, aliás, existia sim muita alienação, inclusive de seus ídolos, como o exemplo máximo de seu ídolo maior ROBERTO CARLOS, que sempre teve um comportamento extremamente alienado e não mudou até hoje.
Influenciados pelo Rock and Roll da década de 50 e 60, comandado por bandas como Beatles e Rolling Stones surgem na segunda metade da década de 60, um movimento que mesclava música, comportamento e moda: a Jovem Guarda, que ao contrário de muitos movimentos que surgiram na mesma época, não possuía cunho político.
Esse movimento surge com um programa de TV exibido em 1965 pela Rede Record, que era comandado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa. O programa apresentava os principais artistas, com suas letras românticas e descontraídas, ligados ao novo movimento, que foi impulsionado pelo público jovem, tornando-se muito popular e que acabou por impulsionar o lançamento de roupas e acessórios.
"O futuro pertence à jovem guarda porque a velha está ultrapassada." Descontextualizada pelo publicitário Carl Ito Maia, a frase do líder soviético Vladimir Lênin batizou no Brasil, em 1965 um dos programas de TV de maior audiência da época: o Jovem Guarda, apresentado pelos emergentes cantores e ídolos juvenis Roberto Carlos (O Rei), Erasmo Carlos (O Tremendão) e Wanderléa (A Ternurinha). No auge da sua popularidade, ele chegou a alcançar três milhões de espectadores só em São Paulo, de onde era transmitido (em videotape, ele chegava também ao Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife). Mais do que uma boa idéia para preencher o horário que ficou vago por causa da proibição da transmissão direta dos jogos do campeonato paulista de futebol, mais do que uma excelente forma de derrotar o Festival da Juventude (líder de audiência da TV Excelsior desde 1964) e de vender um monte de quinquilharias (de discos a calças, blusas e até bonecas), o programa Jovem Guarda foi o catalizador de um movimento que pôs a música brasileira em sintonia com o fenômeno internacional do rock (a esta altura, no seu segundo momento, o da invasão britânica liderada pelos Beatles) e deu origem a toda uma nova linguagem, musical e novos padrões de comportamento.

Entravam em cena as guitarras elétricas (incorporadas de vez à música brasileira mais típica pelo movimento seguinte, a Tropicália), a idéia de uma música exclusivamente jovem, com signos jovens (mais até do que na bossa nova) e toda uma constelação de artistas: Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, Eduardo Araújo, Martinha, Ed Wilson, Waldirene (A Garota do Roberto), Leno & Lílian, Deny e Dino, Bobby Di Carlo e grupos como Golden Boys, Renato & Seus Blue Caps, Os Incríveis, Os Vips e tantos outros. O programa de TV acabou em 1969, mas a estética da Jovem Guarda nunca deixou de estar presente na música brasileira feita a partir da década de 70.
Muitas pessoas discordavam da Jovem Guarda, achavam que era um movimento onde os jovens só queriam se demonstrar rebeldes e sem juízos, o que era totalmente ao contrário. Os jovens daquela época são os playboys de hoje, com isso mostra que os jovens não eram rebeldes e sim agiam com consciência. Até hoje se têm depoimentos de pessoas que ficaram marcadas com a Jovem Guarda. “Um exemplo é Regina Bertoccelli que mostra o quanto sente falta desse movimento nesse trecho de sua fala”. resgato momentos de minha adolescência que muita saudade deixou meu pensamento busca você que se perdeu de mim, onde está você agora? O tempo passou, mas as lembranças ficaram..”
Ou como no caso de Inês Marucci de São Paulo que fala “Épocas de candura que marcaram, do pensamento nunca escapam em momentos que a inocência pintava meigamente…” ou até mesmo quando Bernardino Matos de Fortaleza fala “A jovem guarda trouxe uma nova visão da vida, revolucionou o meio ambiente, questionou, comportamentos, regras sociais, foi aguerrida, foi à juventude participando ativamente de tudo.”, com essas falas de pessoas que conheceram a época e passaram por ela é possível perceber que o movimento marcou muito e fez com que a visão dos brasileiros sobre o mesmo fosse bastante positiva.
O programa Jovem Guarda.
A idéia do programa Jovem Guarda surgiu como uma alternativa para ocupar a grade de programação da TV Record, em lugar da transmissão dos jogos do Campeonato Paulista de Futebol, que havia sido proibida. Originalmente, o programa era para ser chamado de ‘Festa de Arromba’ (‘hit’ de Erasmo Carlos, naquele momento), mas acabou sendo trocado por insistência dos próprios artistas, que achavam que o nome perderia força com a saída da música das paradas de sucesso. Em seu lugar, por sugestão do publicitário Carlito Maia, foi adotado o nome de Jovem Guarda, retirado de uma expressão do líder revolucionário soviético Lênin – “O futuro pertence à Jovem Guarda, porque a velha está ultrapassada”. Os apresentadores também fugiram da formatação original, que previa uma dupla, Roberto Carlos e Celly Campello, a ex-Rainha do Rock, que tinha se afastado da vida artística no início da década para casar-se, e recusou-se a retornar ao mundo da música.
Confirmando o acerto da formatação, da escolha dos apresentadores e do horário de veiculação, logo nas primeiras semanas o programa Jovem Guarda chegou a bater em 90% de audiência na pesquisa do Ibope. Com um padrão de produção inexistente até então, além da música, o programa incrementou uma verdadeira indústria a sua volta, com venda de botas, calças, jaquetas, anéis, bonequinhos.

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