quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

VER, OUVIR E LER!


           Ver, ouvir e ler a propaganda do governo estadual é um esforço para se controlar a indignação e a raiva.
            Pela propaganda a saúde é uma maravilha. Simplesmente esquecem o caso do MT-SAÚDE, no caso falta de saúde.
            A segurança tão alardeada na propaganda tem sua verdade desmentida todos os dias com casos absurdos de violência em todo o estado.
            A Educação não muda absolutamente nada, o Ensino Médio é uma vergonha só. Profissionais mal remunerados, mal preparados. Enfim um descaso só.
            As estradas talvez aquilo que se apresenta um pouquinho melhor. Não esquecendo que as grandes obras são FEDERAIS.
            A cultura é uma piada de péssimo gosto. Exemplo. O Cine Teatro de Cuiabá simplesmente fechou porque os repasses não foram feitos. E assim vamos com uma propaganda caríssima vinculada na mídia. Dinheiro este que bem poderia ser aplicado em áreas bem mais importantes.
            O que não entendo é que nem a oposição denúncia esses fatos terríveis que estão acontecendo. Não falo dos sindicatos porque no meu caso (Educação) quem era aguerrido, de luta hoje ameaça colegas quando se fala em greves, tendo se transformado num bando de pelegos que conseguiram alguns carguinhos e agora se acham a última bolacha do pacote. Triste SINTEP que de luta, hoje é subserviente total. Não sei dos outros sindicatos por esse motivo não posso falar.
            É triste ver um estado desses.  Com um povo maravilhoso, uma agricultura exuberante, uma cultura maravilhosa, uma natureza espetacular e única sendo governado por um bando interesseiros. Pouco preocupados com o povo e bastante com o poder pelo poder. E o pior de tudo isso é que não existe luz no fim do túnel, os nomes que se apresentam para o próximo governo são  de grupos que se perpetuam há anos no poder e um novo (?) cuja visão social termina na ponta do seu nariz e mais, sem humildade nenhuma para aprender, pois se acha o soberano dos soberanos. Triste realidade a nossa.

UM ABRAÇO
PROFº FUMAÇA GENRO

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O QUE NOS CONFORTA APÓS A TRAGÉDIA DE SANTA MARIA?


              O que conforta a família do Paulinho lá em Santa Maria após essa terrível tragédia lá em Santa Maria?
            Eles formam uma família linda. A mãe Áurea e o irmão Bruno são pessoas da mais alta qualidade moral. Trabalhadores dedicados em suas áreas, pessoas honestas, religiosas, seres humanos que orgulham a espécie. E então o que os conforta? Na minha pequena e diminuta opinião esse é o conforto. Serem pessoas do bem. Pessoas que nunca fizeram mal a ninguém e com certeza não farão. Mas ai fica a pergunta. Por quê? Deus tem seus caminhos nem sempre entendidos por nós simples mortais. Cabe a nós com passar do tempo tentar entender esses caminhos. É fácil? Com certeza não. E o que estou eu aqui fazendo que ao invés de confortar coloco mais dúvidas. Não é isso que pretendo, mas dizer a eles meus sobrinhos amados que procurem na fé a resposta. Não se transformando em fanáticos religiosos. Mas que continuem como são. Pessoas do BEM. Pessoas de CORAÇÃO e MENTES voltadas para o próximo. Sejamos todos filhos da mesma paz, da mesma mensagem. O Dudu se foi é verdade. Mas no pouco tempo que esteve entre nós à vida dele foi profícua e é nessa parte que devemos nos apegar, Com certeza ele gostaria que todos nós pensássemos assim. Que sua passagem valeu a pena. Que sua estada entre nós foi motivo de absoluta alegria.
            Minha palavra vai para uma pessoa em especial entre todas. Não mais especial que as outras, mas especial para mim. Minha cunha Mana. Minha amiga e conselheira. Sei que tua dor é algo indescritível e que não merecias o que está acontecendo. Aliás, ninguém merecia. Mas tu meu amor é uma pessoa que Deus colocou entre nós para nos unir e para nos fazer felizes com tua presença. Não preciso te dizer o que fazer. Mas o que te faço é um pedido. Acalenta, conforta e une cada vez mais essas pessoas ao teu redor. Elas vão precisar muito das tuas orações e tu tens ligação direta com a Nossa Senhora, então usa essa proximidade espiritual para teu conforto e para confortar o Paulinho, a Áurea, a Sandra, a Kássia o Bruno, seu Viegas e dona Helena e a todos os que amavam e vão amar para sempre o Dudu. Sei que estou pedindo demais para um a só pessoa, mas confio na tua devoção e na tua fé. E já peço desculpas antecipadas por colocar em teus ombros tamanha tarefa.
            Paulino meu sobrinho amado. Palavras são palavras nada mais que palavras. Mas é o que tenho para tentar de alguma maneira estar ao lado de vocês nesse momento de dor e de indignação. Meu amigo. Daqui de Diamantino todos nós, eu, a Helô, a Camile e o Roberto, a Aline e Totonho, a Maria Clara, a Dorvalina, o Rodrigo, a Ana Carolina, o Pedro, a Joana e a Beatriz queremos enviar nosso abraço, nosso conforto, nossa partilha nessa dor imensa. Tenhas certeza que estamos irmanados na dor e rezando para que esta tua passagem seja mais suave se é que isso é possível. Dá um abraço na Áurea e no Bruno e em todos aqueles que estão junto com vocês. Se isso ajuda e espero que sim conte com o nosso amor incondicional e com nossas preces.

Profº FUMAÇA GENRO



segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

MUITO, MAS MUITO ALÉM DA TRAGÉDIA!

          Ontem vivendo a dor de ter perdido uma pessoa chegada da família (passamos a virada do ano juntos). Algo me chamou a atenção. Na verdade foi minha filha Maria Clara que mostrou certas mensagens na internet via facebook. Não vou aqui escrever as mensagens de tão vis que são.
              O que li é de uma maldade, de uma baixeza  tão grande que me deixou enojado dessa palavra que tanto falamos que é "humano". Quem postou essas mensagens não tem absolutamente nada de humano. Qualquer animal irracional tem mais a oferecer que esse tipo de gente. Pode parecer exagero meu, mas tenham certeza que não é.
                Não sei como. Não sei de que jeito. Mas pessoas com conhecimento, capacidade e vontade devem usar tudo que sabem para descobrir quem são esses vermes, esse seres abjetos  e mais do que isso, divulgar de maneira que todos fiquem sabendo que imundície  eles são e representam. Suas famílias devem saber quem são esses monstros com os quais convivem Quem tem a capacidade de enviar esse tipo de mensagem é capaz de qualquer coisa.
                  Minha revolta está no fato de que pessoas envolvidas na tragédia, não só meus parentes ou meus amigos, mas qualquer outra pessoa possa entrar em contato com algo desse tipo. Além da dor que estão passando esse tipo de mensagem só traz mais infelicidade.
                      Peço encarecidamente que quem tem condições identifique esses assassinos de almas que é o que são. Seres repulsivos que não merecem ser classificados como da nossa mesma espécie.E além, de identificar, DIVULGUEM QUE SÃO, para que sejam punidos sei lá como, mas que sejam.
                       Minhas desculpas a todos que acessam esse blog, mas é demais alguém que age dessa maneira ficar impune.

UM ABRAÇO.

Profº  FUMAÇA GENRO

domingo, 27 de janeiro de 2013

UMA TRISTEZA NOSSA!

          Normalmente é terrível perder quem se ama. Nessa tragédia de Santa Maria-RS nós aqui de Diamantino perdemos o Dudu (Luiz Eduardo Viegas Flores), filho do Paulinho e da Áurea nossos sobrinhos amados e  irmão do Bruno outra pessoa tão querida e amada. O que nos deixa perplexos, pasmados e tudo mais é ofato de termos passados o Ano Novo juntos e sentirmos a imensa vontade de viver de todos os eles.A perda do Dudu é irreparável para os pais e para todos nós que os amamos, mesmo não tendo. uma convivência diária. A minha cunhada, amiga e conselheira tia Tetê, tia Negra ou só Mana com certeza, como os pais não merece algo desse tipo (ninguém merece). Mas ela é uma mulher forte e decidida, que irá estar ao lado do seus filhos amados, para confortá-los e apoiá-los. A Sandra e a Kássia pessoas tão importantes nas nossas vidas e na de todos ai em Santa Maria pedimos que sejam fortes e que estejam ao lado do Paulo, da Áurea,l do Bruno, enfim de todos.
                  Nós  aqui de Diamantino teremos todos em nossas orações, em nossas preces e em nossos pedidos de conforto e paz de espírito. Que Deus esteja ao lado de nossa família nesse momento extremamente difícil.
              

  UM ABRAÇO DA FAMÍLIA SILVA GENRO DE DIAMANTINO-MT

sábado, 26 de janeiro de 2013

E chegou o dia que Einstein anunciou...

Tomando um café...







Confraternizando no restaurante...




Desfrutando a beleza num Museu...




Gozando um bom dia de praia...





Divertindo-se com a namorada..




Apreciando a cidade ...





 Albert Einstein: 
"Temo o dia em que a tecnologia
se sobreponha a nossa humanidade.
 O mundo terá então uma geração de idiotas." 
 
 
O problema é que essa geração nem sabe quem foi Albert Einsten.










Thermidor no horizonte TEXTO RETIRADO DO BLOG COM TEXTO LIVRE.


Os leitores deste blogue se recordam que escrevi, durante o julgamento do mensalão, que o Supremo poderia preparar o Thermidor de Lula.
Apenas para recordar a ideia.
O Thermidor marcou um curso conservador da revolução francesa, quando várias garantias democráticas criadas a partir de 1789 foram suprimidas. Até o direito do povo escolher seus governantes pelo voto foi dificultado.
Guardando as imensas, quase insuperáveis distancias geográficas e históricas, eu fazia uma analogia com o que se passa no Brasil nos dias de hoje.
A partir da condenação de Dirceu, Genoíno e outros personagens importantes do governo Lula, havia o risco de se abrir um curso conservador na política brasileira.
Quero lembrar, claro, que não se pode impedir mudanças políticas à direita ou à esquerda – desde que elas sejam autorizadas pelo voto popular.
Todo poder emana do povo, que o exerce em nome de seus representantes eleitos – diz o artigo 1 da Constituição.
Assim, quando a população deu a Lula e Dilma um mandato para realizar o programa do PT, eles tinham todo direito de cumprir o que haviam anunciado.
Da mesma forma, entre 1994 e 2002, Fernando Henrique Cardoso realizou várias reformas na Constituição. Privatizou estatais, abriu o monopólio da Petrobrás e assim por diante.
Certo? Errado?
Não é este o debate. Tanto Lula como FHC tinham um mandato popular para fazer as mudanças pretendidas. Quando era preciso aprová-las no Congresso, o governo precisava correr atrás de apoio do Legislativo.
Reportagem de Juliano Basile publicada pelo Valor Econômico informa que a pauta de deliberações do Supremo para 2013 envolve questões que dizem respeito a decisões de caráter político, que podem interferir em decisões de Estado que refletem escolhas legítimas feitas por representantes eleitos.
Por exemplo: a Confederação Nacional do Comércio quer derrubar a lei 12.440, que exige uma certidão negativa de empresas com dívidas trabalhistas para participar de licitações públicas. Não consigo imaginar por que se poderia levar uma questão dessas para o Supremo – a menos, claro, que se pretenda obter ajuda do STF para autorizar o calote no bolso dos trabalhadores.
Sabemos que, do ponto de vista da população, a CLT envolve um conjunto imexível – como diria um antigo ministro do trabalho – de garantias para os assalariados. Ninguém se atreve a colocar esse debate em plenário pela certeza de que será abandonado pelos eleitores na eleição seguinte.
Há várias iniciativas desse tipo. São leis aprovadas pelo Congresso que se pretende, agora, modificar – sem votos.
Questiona-se o controle sobre propaganda de bebidas alcoólicas na TV e também a venda de cigarros com sabores e aroma – um recurso da indústria para seduzir a juventude. Também se quer abolir a legislação do áudio-visual que estabeleceu cotas para programação das TVs a cabo, definindo 3 horas e meia de programação nacional.
São alguns exemplos de um processo que levaram Juliano Basile resume ao dizer que “intervenção estatal na economia será julgada no STF.”
Já deu para entender qual é o assunto da reportagem, vamos combinar.
Advogado da CNI, com causas no STF, Gustavo Amaral esclarece: “não adotamos o discurso liberal de que o Estado não pode interferir mas fazemos uma discussão sobre a qualidade dessa intervenção.”
É um debate pertinente, não há dúvida. Mas será que um advogado tem o direito de querer definir o rumo da política econômica – liberal, monetarista, desenvolvimentista, o que for – sem passar pelo crivo das urnas?
Essa é a questão.
O papel do Estado tem sido uma questão central no debate eleitoral desde que as privatizações entraram na ordem do dia. Por que o eleitor não pode resolver essa questão?

domingo, 20 de janeiro de 2013

CHEGANDO A HORA.

          Está chegando a hora de voltarmos para casa.  A lembrança dos momentos maravilhosos com pessoas igualmente maravilhosas ficarão para sempre em nossa memória. Mas a saudade das filhas, netos e genros é muito maior que a vontade de ficar.Foram dias especialíssimos em que todos fizeram de tudo para nos agradar, para nos deixar a vontade, momentos inesquecíveis com Mana, Sandra, Kássia.Paulinho e família, no Odacir e a Nilza e família, com meu cunhado Francisco e com todos os sobrinhos e afilhados.om meu irmão Cícero e cunhada Denise, com meu irmão Dagoberto, com a Gládis, JV e Júlia, com Adonai, Iara e família.
          Tempo para não se esquecer.
           UM BEIJO APAIXONADO E AGRADECIDO EM TODOS AQUeLES QUE NOS RECEBERAM TÃO BEM.
    
           UM ABRAÇO.

           PROFESSOR FUMAÇA GENRO.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A DIVERSIDADE CULTURAL COMO CAMINHO PARA A PAZ.

Direto de Capão da canoa-RS com pessoas maravilhosas ao redor é tudo aquilo que precisamos.
Professor Fumaça Genro
Umm abraço a todos.

“Ensinar para as crianças que nas relações humanas existem ‘leis de ouro' (devemos fazer aos outros o que desejamos que nos façam), ‘leis de prata’ (não devemos atingir o outro da milhosAS AO REDOResma forma como não desejamos ser atingidos), ‘leis de bronze’ (se fizerem a mim, farei, ou, amo se sou amado), ‘leis de lata’ (faço a mim e aos meus, os outros que se defendam) e convidá-las a identificar a aplicação dessas leis no diversos casos apresentados nas novelas e nas histórias também são formas de ensinar espiritualidade, sobretudo ao mostrar que os princípios éticos e morais estão sempre presentes nesta ou naquela religião, na que eventualmente professamos e nas que outras pessoas professam. O essencial é que o ensino da espiritualidade, mesmo sob a égide de uma religião professada pela família, não se oponha a outras. Mostrar que a escolha de um ‘caminho’ não exclui o direito à busca de outros constitui forma serena de levar a criança a sentir em si a força do transcendental e a perceber nas ações que a envolvem a dimensão da espiritualidade.”

(Celso Antunes – A Linguagem do Afeto, p. 92)

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Pluralidade dos meios de comunicação: urgência para a consolidação da jovem democracia brasileira.

6/1/2013 14h03min

Por Marilza de Melo Foucher - de Paris
          “O Grupo Abril e o Grupo Globo se sentem intocáveis e assumem sem complexo o controle absoluto de quase todos os veículos de comunicação”
           A evolução da imprensa escrita, como vetor de informação para o grande público, será muito lenta, ela vai surgir num ambiente de censura e de controle de informação. Esta incrível fabrica de informação terá como marca registrada a liberação da palavra pública, por esta razão, ela será sempre associada aos principio democráticos.
          A democracia surge para colocar o cidadão no centro do sistema político. Nesse sentido, a imprensa joga um papel fundamental na difusão das correntes de pensamentos e opinião, contribuindo, assim, para a livre confrontação de ideias. O aumento geral do nível de conhecimento nas democracias modernas foi vetor da promoção do pensamento crítico. O pluralismo contribui também para suscitar interrogações e ceticismo.
          O avanço das tecnologias tem acrescentar na diversificação dos meios de comunicação. Tanto a imprensa escrita como a evolução de outros meios de comunicação representa a grande utopia de que podemos ser livre para pensar e opinar sobre a realidade. Ao dispor também do pluralismo, os indivíduos passam a usufruir de uma real liberdade na escolha dos meios de comunicação.
A consolidação da democracia
brasileira exige pluralidade dos
meios de comunicação
A centralização da mídia leva à cartelização do conteúdo
No Brasil ainda estamos longe desta realidade. A história da imprensa se confunde com a história das oligarquias regionais, que apenas foram se modernizando. Todavia, pensava-se que com o avanço da democracia brasileira e a chegada de governantes progressistas, os meios de comunicação seriam democratizados e regulamentados, no sentido de garantir sua pluralidade.
Logicamente, para os que açambarcaram os veículos e o mercado dos meios de comunicação a tentativa de regulamentação é associada como uma ameaça à liberdade de expressão. Em nenhuma ocasião, eles vão pensar no interesse público e coletivo, do qual usufruir do pluralismo é também uma conquista da democracia. O que é normal num país que viveu mais de duas décadas sob a ditadura. É normal que até hoje muitos brasileiros lutem pela democratização dos meios de comunicação.
Como aceitar que a democracia brasileira se consolide e que continue a conviver com uma espécie de coronelismo mediático, que usa e abusa do poder de concentração? Esta é uma questão que poderíamos fazer aos dirigentes e políticos brasileiros.
Entretanto, na Constituição Brasileira de 1988, ela define no capitulo § 5 que “os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio”. Todavia, basta consultar os estudos realizados recentemente sobre este assunto para verificar que a própria constituição é por vezes usurpada.
A mídia conservadora é muito unida.
A concentração dos meios de comunicação os coloca nas mãos de poucos. O Grupo Abril e o Grupo Globo se sentem intocáveis e assumem sem complexo o controle absoluto de quase todos os veículos de comunicação. Abril controla 74 veículos, entre revistas, o canal MTV, internet e a TVA, a cabo, em parceria estratégica com a Telefônica. O Grupo Globo lidera o Sistema Central de Mídia Nacional e, desde 1965, mantém seus associados regionais, são 35 grupos ligados à rede. No total eles controlam 340 veículos de comunicação.
O poder mediático de que a Globo dispõe é enorme, graças às 3.305 redes de transmissão de TV (RTVs). O grupo Globo mantém parceria em todos os Estados brasileiros o que permite um enorme controle do conteúdo das informações. Além da televisão, são 33 jornais, 52 rádios (AM) 76 (FM), 27 revistas, 105 emissoras de TV, 17 canais e nove operadoras. Além disso, a Rede Brasil Sul de Comunicação, é afiliada da Globo, é a terceira maior organização de mídia privada do país, com 57 veículos, entre jornais, rádios (21 emissoras), TV (18 emissoras) e 259 retransmissoras.(1)
Estes mesmos grupos compactuaram com a ditadura e aproveitaram do apoio de seus governos para instalar o império do Quarto Poder. Estes grupos do Quarto Poder, até hoje, têm dificuldades de aceitar a conquista da cidadania política brasileira. Muitos dos cidadãos e cidadãs brasileiros conseguiram entender alguns processos de manipulações da opinião publica, hoje estão emancipados das estratégias de comunicação posta em pratica pelos dois grandes grupos e seus aliados.
A grande mídia brasileira na realidade se diz autônoma, imparcial com relação os poderes. Muitos jornais fazem uso de uma prática deliberada de induzir os leitores, ocultar e fragmentar os fatos, de maneira a desfazer e recriar o mundo à sua maneira criam os famosos “buzzs” com o objetivo de criar um ruído entre os leitores para deformar a realidade ou oculta-lá.
A prova do avanço da cidadania política no Brasil é que a grande mídia foi derrotada por três vezes consecutivas, apesar de dispor de um vasto domínio mediático espalhado em todos os rincões do Brasil. O padrão Globo pensava ser imbatível. Assim como a revista Veja da Rede Abril, seus jornais e afiliados funcionam como verdadeiros aparelhos de propaganda contra os governos legitimamente eleitos.
Além da concentração do poder midiático, existem certas aberrações não dignas da República brasileira. Alguns deputados, senadores, governadores, prefeitos, vereadores detêm participação, ou são proprietários de meios de comunicação, ferindo os princípios republicanos. Até hoje, pouco se faz para impedir que estes políticos sejam enquadrados na Lei por violação constitucional.
Como garantir a pluralidade dentro deste contexto?
Numa República democrática, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário não são infalíveis, daí o exercício da cidadania política nos dar o direito do controle social. Os jornalistas são acima de tudo cidadãos. Ao atuar profissionalmente nos meios de comunicação, eles exercem um papel importante na vigilância contra as derivas e abuso de poder. Não devemos nos esquecer de que cada cidadão tem sua parte de responsabilidade em certos desvios republicanos.
Na jovem democracia brasileira, os jornalistas deveriam estar atentos sobre qualquer forma de violação de direitos e abusos de poder. Eles deveriam ser os primeiros a defender a pluralidade. Certamente, estariam dando uma excelente contribuição na consolidação da democracia no Brasil. Além disso, teriam um leque maior de opções profissionais e poderiam exigir melhores salários e melhores condições para exercer, de modo independente, um verdadeiro jornalismo. Aquele jornalismo imparcial que provoca o verdadeiro debate, que analisa, contextualiza e coloca a nu certas contradições, cujo conteúdo leva o leitor a refletir sobre sua realidade.
Infelizmente, nesses últimos anos, o debate político no Brasil perdeu o brilho da racionalidade que exige a boa análise. As cenas de desrespeito republicano passaram a ser marcantes. As duas últimas campanhas presidenciais disputadas pelo presidente Lula foram de grande violência verbal, nunca se viu tanto racismo, tanta discriminação, tanto ódio na boca e nos escritos de certos políticos e jornalistas. Este tipo de politicagem é perverso para a democracia e nada acrescenta à educação do povo brasileiro. A grande Nação Brasileira merece que o jornalismo seja praticado dentro do rigor intelectual necessário.
O comportamento dos donos dos meios de comunicação nas últimas décadas de democratização deixa muito a desejar. Chega a dar impressão de querer forjar uma democracia de opinião capaz de influenciar no processo eleitoral. Essa grande mídia esquece que o exercício do poder supremo é originado da vontade popular. É interessante observar o modo como ela agiu, durante as campanhas presidenciais de Lula e de Dilma. A posição do presidente da Associação Nacional dos jornais (ANJ) foi esclarecedora ao admitir, publicamente em março de 2010 que, tendo em vista a fragilidade dos partidos de oposição, a imprensa estava fazendo, de fato, a oposição ao governo.
A sociedade civil organizada começa, ainda que timidamente, a protestar contra o cartel dos meios de comunicação.
Este papel de oposição era notório. Todavia, a partir desta declaração, a ANJ oficializou os governos de Lula e Dilma como adversários. Com este tipo de comportamento, a grande mídia sai fragilizada, pois não é o papel da imprensa de liderar as massas, exceto se ela quer ser governo e eliminar os partidos políticos.
Nem tampouco é papel do governo entrar no jogo da provocação, afinal, ele deve garantir a livre expressão de todos. O interesse público, no entanto, assim como as boas regras do comportamento republicano, deve predominar dos dois lados. O governo não deve ceder à pressão dos donos da mídia e, urgentemente, organizar o funcionamento do espaço nacional de Comunicação Social para obter um melhor equilíbrio, a fim de garantir a pluralidade que determina a Constituição brasileira.
Este espaço deve ser mais representativo de diversos grupos sociais. Talvez esta seja uma das últimas conquistas para consolidar a jovem democracia brasileira.
Somente a democratização dos meios de comunicação permite a livre confrontação de ideias.
Marilza de Melo Foucher é economista, jornalista e correspondente do Correio do Brasil em Paris.

domingo, 6 de janeiro de 2013

PEQUENOS TRECHOS

Coloco no blog MÚSICAS PURA, pequenos trechos de um livro que ainda estou lendo e que até aqui me encantou. “PERGUTARA-ME SE ACREDITO EM DEUS”, autor Rubens Alves Ed. Planeta. É uma sugestão para quem como eu acredita em Deus, mas em um Deus que não está em pequenas garrafas, em pequenas caixas e sim dentro de cada um de nós.
           
“É preciso esquecer os nomes de Deus que as religiões inventaram para encontrá-lo sem nome no assombro da vida”.

“Reverência pela vida: é a forma mais alta de oração. Sem nome.... O nome de Deus não pode ser pronunciado.”Não precisamos dizer o nome

Não precisamos dizer o nome do mel para sentir sua doçura.
Não precisamos saber o nome da rosa para sentir seu perfume

“Saudade é a presença da ausência das coisas que amamos e nos fora tiradas pelo tempo.”

“Se as estrelas são inatingíveis
Isso não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas
“MÁRIO QUINTANA”

PROFESSOR FUMAÇA GENRO DE SANTA MARIA-RS