quinta-feira, 5 de março de 2015

COMO UMA ILHA!

           Sou uma ilha. Explico. Rodeado de mulheres por todos os lados. O que é uma alegria e um privilégio quase sempre. Digo quase por que seu eu falasse que seria 100% todas sentiriam que estava mentindo. E não é isso meu desejo.
          Como professor mesmo aposentado vou tentar ser didático e explicar essa ilha. Tenho uma esposa a Helô, três filhas Camile, Aline e Maria Clara. Três netas; Ana Carolina, Joana e Beatriz. Uma irmã Dorvalina. Duas cunhadas Sandra e a Denise. Uma ex-cunhada a Joseane. Duas cunhadas por parte da Helô; Tia Negra (minha morena da cor do pecado) e a tia Neneca.  Sobrinhas a Raíssa, a Laís, a Cristina, a Carla, a Ana (Perereca), a Sandra (da mana), a Kássia, a Áurea, Júlia (da Cristina), a Danieli. Algumas concunhadas (existe?); a minha comadre Gladis e Romilda. Amigas do coração que citarei não na ordem de importância. Sua majestade majestosa Vera Rosane Lopes Coco, Sueli, Rose, minha comadre Lúcia Colvero Keller, a Iara (de Porto Alegre) , outra comadre Verinha lá de Santa Maria da Boca do Monte. Algumas amigas que mesmo afastadas por todos os motivos que a vida nos apresenta, posso falar da Drځ Marisa, da Ester, minhas colegas professoras com as quais convivi nos meus 35 anos de magistério, a Angela lá do Sumidouro e suas filhas Jéssica Juliana. Dona Lurdes, Vilma, Luíza, Celma e por ai vai.  Penso que já foi possível entenderem o texto “como uma ilha”, que uma homenagem ao 08/03 DIA INTERNACIONAL DA MULHER, que demagogicamente penso que são todos os dias do mês, do ano e da vida de cada uma delas.
         
         A todas vocês citadas acima e as mulheres do mundo (que audácia!) o meu abraço, meu beijo em vossos corações.E a mãe de todos nós, Nossa Senhora que ela abençoe, acalente e proteja a homens e mulheres seja  qual for o lugar do mundo, a que  fé professem, ou que não tenham fé nenhuma ,mas que são seus filhos.


UM ABRAÇO.
PROFESSOR FUMAÇA GENRO DE DIAMANTINO-MT.


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

MARIA CLARA!

            Hoje dia 25 de fevereiro de 2015 completas 15anos. Não terás festa formal, mas sim a festa que está em nossos corações com o amor que te consagramos.
            És uma luz, um fogo, uma chama que incendiou nossos corações nesses 15 anos.
            Sei que muitas vezes não fui alquilo que imaginastes que seria um bom pai. Mas com certeza foram nesses momentos que mais te amei. Quando disse não. Quando não deixei. Quando briguei. Quando te contrariei.
            Nosso amor. Meu e da tua mãe é incondicional. Sem tempo. Sem restrições. Sem limites. É sempre amor.
            Sabemos eu e a Helô das nossas limitações como seres humanos. Como pais. Como quem ama. Mas tenhas sempre a certeza de que é junto com tuas irmãs a força que nos empurra para frente. A energia que nos move. A luz que ilumina e o vento que desfralda as velas dos nossos corações levando nosso barco para o acalanto do teu sorriso.
            Sempre estás e estarás em nossos pensamentos e em nossos corações. Na alegria e na tristeza na saúde e na doença. É uma união indissolúvel. Inseparável. Inquebrantável.
            Fazer parte da tua vida é um privilégio maravilhoso, mesmo que muitas vezes pareça não ser. Não esperamos que sejas a melhor. A mais inteligente. A mais linda. A mais mais. Apenas queremos que sejas nossa filha e antes de qualquer coisa gente. Que respeite as pessoas pelo que não são e não pelo que têm independente da cor, da conta bancária, da posição social.
           Com certeza a vó Joana e vô Chico e a vó Berta e o vô Rene estão nesse dia conversando lá no céu para que tenha uma vida repleta de paz, saúde, amor e com Deus em teu coração. O que eles fazem desde que nascentes com certeza.
            Nossas orações neste dia e em todos de tua vida são para que mantenhas a fé em Deus e na Nossa Senhora. Que todos eles iluminem tua vida como o amor do Espírito Santo. Com eles somos invencíveis.





Sonhe
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que quer.
 Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz.
 As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
 Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.
 A felicidade aparece para aqueles que choram.
 Para aqueles que se machucam.
 Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.·.
Clarice Lispector


AMAMOS-TE FILHA. NUNCA DUVIDES DISSO.
FUMAÇA E HELÔ GENRO.
DIAMANTINO FEVEREIRO DE 2015



sábado, 7 de fevereiro de 2015

Billie Holiday: um breve relato de blues


DEPOIS DE MUITO. MAS MUITO TEMPO MESMO VOLTO A COLOCAR ALGO NO MEU BLOG.


Falar de Billie Holiday é exaltar o nome de uma das maiores cantoras do século XX, considerada a primeira grande dama do jazz de todos os tempos, dona de uma voz única e sublime, que arrastava notas e dava à música uma nova roupagem em suas interpretações, influenciando uma legião de cantoras no mundo todo e perdurando seu legado por mais de cinco décadas após sua morte. Nasceu em 07 de abril de 1915, na Filadélfia, nos Estados Unidos. Teve uma infância humilde e conturbada, fomentada pelo desamparo materno, pelas dificuldades financeiras, pelo abuso sexual, passagens a reformatórios e iniciação à prostituição na adolescência. Sua mãe, Sarah Harris, muito pobre, separada do marido, não tinha condições de cuidar da filha, deixando Billie, que era até então apenas Eleonora Harris, seu nome de batismo, sob os cuidados da meia-irmã que, por sua vez, passou a menina para a responsabilidade de sua sogra. A pequena futura grande diva da música também passaria pela experiência de viver num reformatório. Posteriormente, ao voltar para os cuidados da mãe, onde passou a ajudá-la no restaurante construído, em Baltimore, seria abusada sexualmente por um vizinho. Mas, no lugar do homem que a abusou, a própria vítima foi quem sofreu as consequências, sendo levada novamente para um reformatório. Sim, a história de Billie é um dramático relato de blues, e não termina por aí. Na condição de pobre e negra, num país segregado pela discriminação racial, passou a oferecer serviços domésticos a um bordel local e, consequentemente, a se prostituir como forma de sobrevivência. E foi num dos quartinhos do bordel onde Billie trabalhava que ela, supostamente, ouviu na vitrola um disco de Louis Amstrong e Bessie Smith, apaixonando-se profundamente pelo som de ambos, que seriam as suas maiores influências musicais. A partir daí o espírito jazzístico passara a nutrir sob a alma blue da jovem, que começou a cantar no mesmo bordel de Baltimore. Em 1929, foi detida ao lado da mãe e de outras prostitutas, passando cem dias num reformatório. Logo depois, vai morar no Brooklyn com a mãe, atuando como cantora em bordeis e boates da cidade, como também nos Queens de Nova Iorque. Em 1933, a carreira de Billie tomaria o primeiro grande impulso quando foi ouvida pelo produtor John Hammond, num pequeno clube nova iorquino. Hammond teria ficado impactado com a sensibilidade vocal da jovem cantora, na época, ainda com 17 anos. Em novembro, vai para o estúdio pela primeira vez, acompanhada pela orquestra clarinetista de Benny Goodman. O nome Billie Holiday surgira por conta do pai da cantora, Clarence Holiday, um guitarrista de Baltimore, de quem Eleonora passou a usar artisticamente o sobrenome. Já para o “Billie”, há duas versões: a primeira, de que o pai da jovem costumava chama-la de Bill, e daí fez o salto; e a segunda, porque a cantora, quando menina, adorava ir ao cinema para assistir a atriz Billie Dove, grande estrela do cinema mudo. Pode-se dizer que os anos 30 e 40 foram o grande apogeu da cantora, que deixou em vida mais de 130 gravações, ao lado de grandes orquestras jazzísticas como as de Duke Ellington, Cout Basie e Teddy Wilson, assim como parcerias, posteriores, com o pianista Oscar Peterson e o baixista Ray Brown, na década de 50. Viveu uma vida turbulenta, cercada por altos e baixos, impulsionados por seus conturbados relacionamentos amorosos, que resultaram em três casamentos com homens oportunistas e violentos, e pelo vício degradante de drogas e bebida, o que afetaria, pouco a pouco, sua saúde física e a jovialidade de sua voz, que já na década de 40 mostrava sinais de declínio. Mesmo tornando-se uma grande estrela reconhecida internacionalmente, Lady Day, apelido concedido pelo amigo e saxofonista Lester Young, sofreu constantes discriminações em passagens por hotéis e restaurantes, por sua condição de mulher negra, revelados pela própria em entrevistas. “Strange fruit”, composição de Lewis Allan, pseudônimo do escritor Abel Meeropol, judeu comunista de Nova Iorque, e eternizada na voz de Billie, em 1939, relata como nenhuma outra a grande violência regida contra os negros, e tornou-se um símbolo da luta contra a discriminação racial. O fruto estranho citado na música fazia alusão aos linchamentos ocorridos principalmente no sul dos Estados Unidos, onde os corpos dos negros linchados ficavam expostos pendurados numa árvore. O mais assustador é deparar com as fotografias antigas da época e ver a naturalidade das pessoas frente aos cadáveres. O mesmo impacto fez com que Lewis Allan se inspirasse na letra de “Strange fruit”. Em 2012, foi lançado no Brasil o livro Strange fruit: Billie Holiday e a biografia de uma canção, escrito pelo jornalista David Margolick, com tradução de José Rubens Siqueira, editado pela Cosaic Naify, que reflete sobre a emblemática canção no momento de seu lançamento e todo o seu contexto histórico ligado à violência contra os negros nos Estados Unidos e a sua influência com o passar das décadas. Nos anos 50, quase esquecida pelo público, pelos empresários e pelas gravadoras, embora na Europa seu nome ainda cativasse as plateias, após sua volta aos Estados Unidos Billie decide escrever sua autobiografia como estratégia de marketing para que seu nome fosse novamente impulsionado na grande imprensa norte-americana de forma positiva, já que os últimos anos, agravados pelos excessos relacionados ao consumo de drogas e bebida e passagens pela prisão, tinham desfavorecido sua popularidade. O que seria a autobiografia intitulada Lady sings the blues, nem sequer foi, de fato, escrita. O jornalista Willian Dufty, o escritor fantasma contratado pelo terceiro marido de Billie, supostamente interessado em faturar em cima do nome da esposa, apresentou um trabalho biográfico um tanto quanto falseado e apelativo, beirando a comiseração, sabendo que tais ingredientes estimulariam as vendas. Contudo, a autobiografia romanceada de Lady Day ao menos devolveu um pouco da fama à cantora, que se mostrava cada vez mais vulnerável e com a saúde debilitada. Embora os últimos anos de Billie tenham sido depressivamente instáveis, com passagens mal sucedidas em clínicas de reabilitação e experiências nada agradáveis com a justiça, é possível encontrar belos achados daqueles anos na internet, em apresentações na Europa e nos Estados Unidos, como em 8 de dezembro de 1957, no The sound of jazz, programa estadunidense de grande audiência na época, nos estúdios da CBS, onde foi convidada para cantar, ao lado do saxofonista Lester Young, a canção “Fine and mellow”. Considerado um dos melhores registros da última década de sua vida. Na manhã do dia 17 de julho de 1959, morria, aos 44 anos, a primeira grande dama do jazz. E, como no caso de outros artistas que partiram cedo, a morte de Billie apenas alavancou ainda mais sua popularidade e fez de Lady Day uma das maiores lendas do jazz de todos os tempos. Onde quer que se fale sobre o gênero, é quase inevitável que seu nome seja citado. (Fonte: Márwio Câmara,10/05/2013)


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

COMUNISMO? BOLIVARISMO? VOCÊ REALMENTE SABE DO QUE FALA?

Lendo nas chamadas mídias sociais pessoas falarem que o Brasil corre o risco de se transformar numa Cuba comunista ou em uma república bolivariana fico me perguntando se essas pessoas sabem realmente de que estão falando? Se tem conhecimento do que significa o termo bolivarismo? Se sabem realmente o que é comunismo? E se sabem que ele terminou já faz alguns anos. Falo isso porque na Rússia o que existe é um capitalismo selvagem proporcionado pela privatização. Na Coréia do Norte sobrevive com o figurino de despotismo oriental. Na China que chamamos de comunista, o comunismo é uma referência cada vez mais remota e nesse caso os neoliberais de enchem de dinheiro a sombra do estado. Cuba é uma versão mais amena e acabou de incorporar a iniciativa privada e os capitais estrangeiros, mesmo com o governo dos EEUU insistirem num bloqueio insano que satisfaz o eleitorado da Flórida.
            O comunismo não existe mais, mas a sua idéia, seu espectro ainda assusta os paranóicos da ultradireita e o anticomunismo sobrevive como bom e lucrativo negócio de aproveitadores de aluguel e espertalhões ideológicos, que sem esse inimigo perderiam sua utilidade. Como existem babacas em profusão para acreditarem nesses gurus de araque, ele continuam por ai. Qualquer coisa que favoreça os mais necessitados é dita comunismo.
            No nosso Brasil varonil o anticomunismo fez muitas vítimas e por 21 anos o regime de exceção, com o apoio civil, governou, torturou e matou tudo em nome de um suposto combate aos bolcheviques tardios.
            Hoje ainda temos aqueles que volta e meia fomentam manifestações em que o perigo vermelho (não confundir co mo meu COLORADO) vem para eles disfarçado de bolivarismo.
            Atualmente comunistas e ex-comunistas fazem uma reflexão crítica do que de fato ocorreu, Os anticomunistas sempre serão assim e tentam todo momento ressuscitar o morto, para assim ter uma justificativa a sua incapacidade de conviver pluralmente E DE MANEIRA democrática. Aliás, esse é o verdadeiro perigo. A IGNORÂNCIA.

PROFESSOR FUMAÇA GENRO DE DIAMANTINO-MT
OBS: ESTE TEXTO  FOI BASEADO EM UMA REPORTAGEM DA REVISTA CARTA CAPITAL ANO XX Nº 828 DE DEZEWMBRO DE 2014. PÁGINAS 86 E 87


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

O manifesto e a malandragem de O Globo


Na segunda-feira (24), um grupo de intelectuais, lutadores sociais e ativistas digitais — de várias origens e partidos políticos — lançou o manifesto “Em defesa do programa vitorioso nas urnas”. O objetivo era criticar a violenta ofensiva da direita derrotada nas eleições, que tenta enquadrar a presidenta Dilma Rousseff e, ao mesmo tempo, cobrar do novo governo uma postura mais ousada para avançar nas mudanças no Brasil. O texto teve ampla repercussão nas redes sociais, ecoou no Palácio do Planalto e foi objeto das intrigas e das futricas da mídia oposicionista. Nesta quinta-feira (27), o jornal O Globo reconheceu publicamente o impacto do documento e dedicou um editorial — intitulado malandramente de “Cegueira ideológica no manifesto petista” — para desqualificá-lo.

Os barões da mídia — que fizeram campanha aberta e criminosa contra a reeleição de Dilma Rousseff, conforme comprovado pelo site “Manchetômetro” e que agora esperneiam para impor o programa dos derrotados ao novo governo — não aceitam a legítima pressão de outros setores da sociedade. Para eles, a luta de classes deveria ser extinta, de preferência nos porões da ditadura ou por um decreto tucano. O jornal da famiglia Marinho, que faz pressão para impor seus ministros e seu programa neoliberal de austeridade fiscal, aperto monetário, privatização, arrocho salarial e desemprego, sentiu o impacto do manifesto e, por isso, tenta ridicularizá-lo. Trata seus signatários como esquerdistas que não enxergam a realidade e que vivem num “mundo visto pela lógica das ideologias”.

Para o jornal O Globo, que defende os interesses dos banqueiros e dos latifundiários, o documento peca por criticar as escolhas do rentista Joaquim Levy e da ruralista Kátia Abreu para o ministério de Dilma. A tentativa de demonizá-los, afirma o diário, confirmaria a visão maniqueísta de setores da esquerda, que “parecem acometidos de um purismo tardio e fora de época”. Para o jornal, a confirmação destes nomes seria a prova cabal da força do “deus-mercado”. “Esses militantes poderão se sentir traídos por Dilma. Mas terá de ser reconhecido que a presidente reeleita demonstrou admitir algo, de forma implícita, por sobre suas convicções ideológicas: que o Estado brasileiro ruma para a insolvência, devido ao fracasso da sua política do ‘novo marco macroeconômico’”.

“O manifesto falseia ao afirmar que possíveis nomeações de ministros ‘sinalizam uma regressão da agenda vitoriosa nas urnas’. Faltou atenção aos redatores: se em nenhum momento a candidata Dilma disse dos palanques o que faria em termos de política econômica, também não foi enfática na defesa da manutenção dos rumos. Alardear que está a favor da manutenção de empregos e dos pobres é o mesmo que defender em praça pública a luz elétrica e a água encanada. Ninguém discorda. O problema é fazer com que não faltem nem luz nem água. E esta é responsabilidade direta da presidente, e não do PT e de seus militantes”, concluiu o editorial, que não esconde o seu titânico empenho em impor a agenda dos derrotados à presidente reeleita.

Em síntese: O Globo reconheceu a força do manifesto, que reproduzo abaixo — só para irritar os editorialistas a soldo da famiglia Marinho:

* * *

Em defesa do programa vitorioso na urna

A campanha presidencial confrontou dois projetos para o país no segundo turno. À direita, alinhou-se o conjunto de forças favorável à inserção subordinada do país na rede global das grandes corporações, à expansão dos latifúndios sobre a pequena propriedade, florestas e áreas indígenas e à resolução de nosso problema fiscal não com crescimento econômico e impostos sobre os ricos, mas com o mergulho na recessão para facilitar o corte de salários, gastos sociais e direitos adquiridos.

A proposta vitoriosa unificou partidos e movimentos sociais favoráveis à participação popular nas decisões políticas, à soberania nacional e ao desenvolvimento econômico com redistribuição de renda e inclusão social.

A presidenta Dilma Rousseff ganhou mais uma chance nas urnas não porque cortejou as forças do rentismo e do atraso e sim porque movimentos sociais, sindicatos e milhares de militantes voluntários foram capazes de mostrar, corretamente, a ameaça de regressão com a vitória da oposição de direita.

A oposição não deu tréguas depois das eleições, buscando realizar um terceiro turno em que seu programa saísse vitorioso. Nosso papel histórico continua sendo o de derrotar esse programa, mas não queremos apenas eleger nossos representantes políticos por medo da alternativa.

No terceiro turno que está em jogo, a presidenta eleita parece levar mais em conta as forças cujo representante derrotou do que dialogar com as forças que a elegeram.

Os rumores de indicação de Joaquim Levy e Kátia Abreu para o Ministério sinalizam uma regressão da agenda vitoriosa nas urnas. Ambos são conhecidos pela solução conservadora e excludente do problema fiscal e pela defesa sistemática dos latifundiários contra o meio ambiente e os direitos de trabalhadores e comunidades indígenas.

As propostas de governo foram anunciadas claramente na campanha presidencial e apontaram para a ampliação dos direitos dos trabalhadores e não para a regressão social. A sociedade civil não pode ser surpreendida depois das eleições e tem o direito de participar ativamente na definição dos rumos do governo que elegeu.



quarta-feira, 19 de novembro de 2014

SEJA SINCERO QUANTAS VEZES VOCÊ SE COMPORTOU ASSIM? QUANTAS VEZES VOCÊ PENSOU ASSIM ? OU PENSA?


Seu comunista! – ou a arte de argumentar com quem fala por clichês
BLOG DO Leonardo Sakamoto
18/11/2014 


- Petralha! Petralha!
- Desculpe, é comigo?
- Petralha imundo! Desgraçado! Corrupto! Boçal! Seu idiota intolerante!
- Acho que você está me confundindo. Votei no Eduardo Jorge no primeiro turno e no Aécio, no segundo.
- Vermelho é a cor dos comunistas do PT!
- Mas eu votei no Aécio!
- Comunista assassino! Defensor de ideologia genocida!
- Meu amigo, nem eu sou do PT, nem vermelho é monopólio de comunista, nem sou comunista, nem o PT é comunista. Aliás, nem o PT é de esquerda mais.
- Vermelho é comunista!
- Claro, Papai Noel veste vermelho por conta de uma marca de refrigerantes que está tramando a revolução.
- Você tá num país livre! Cala a boca e volta pra Cuba, seu cretino!
- Voltar como se eu não vim de lá?
- Vai morar na Venezuela, na Coreia do Norte.
- Não consigo nem tirar um final de semana para descer para Mongaguá, que dirá Venezuela…
- Tenho ódio de vocês! Se você gosta de pobre, por que não viver com eles? Mas o circo está fechando! Seus amigos vão todos parar na Papuda!
- Não, meus amigos vão todos lá para a Vila Madalena, hoje à noite, porque tem roda de samba no Ó do Borogodó.
- Então, você aprova o mensalão!
- Não, aprovo o samba.
- Tô cansado de tudo isso! Tô cansado de vocês afundarem o Brasil com o dinheiro dos meus impostos!
- Meu amigo, acho que você não está bem. Você tá ficando vermelho…
- Cala a boca! Vermelho é cor de comunista!
- Meu Deus…
- Se eu não fosse alguém de paz, já teria te enchido de porrada para parar de falar mentira. O PT é que criou a pobreza, a divisão entre ricos e pobres e a luta de classes.
- Não sou petista, mas desconfio que isso seja um pouco mais antigo. Quando eu falo com meus alunos…
- Seu bandido! Os comunistas colocaram representantes nas escolas para doutrinar nossas crianças! Você deveria ser preso! Morra! Moooorraaaaaa!
- Como na época da ditadura?
- Saudades da época em que comunistas não podiam nos fazer mal. Deve estar ganhando um por fora para defender a Petrobras, mensaleiro dos infernos, ladrão, corrupto!
- Se tivesse, acha que estaria a pé para economizar o dinheiro do bumba?
- No dia em que os militares restituírem a ordem você vai ver. Vai ser o primeiro a ser preso para parar de roubar os cofres públicos! Vamos acabar com todas essas bolsas-esmolas e botar o povo no eixo, fazê-los trabalhar, que é trabalhando que se conquista a dignidade.
- Arbeit macht frei?
- O governo controla minha liberdade de expressão, não posso falar o que penso mais! Sou censurado!
- Imagina se pudesse.
- O Brasil está acabando.
- Nisso concordamos.
(Todos os clichês escolhidos para compor esse diálogo fictício são reais. Qualquer semelhança com o seu dia a dia não é mera coincidência.)


terça-feira, 18 de novembro de 2014

O MEU AMIGO FRANCISCO

O texto que eu  coloco aqui no face e no meu blog (www.fucalima2010@blogspot.com) é retirado  de um maior de autoria de Cláudio Bernabucci, na Revista Capital nº 826, páginas 64, 65,.

É impressionante, na figura do papa Francisco, a mistura de dois estilos e culturas que raramente se encontram no mesmo indivíduo, muito menos em um religioso: a espiritualidade e a delicadeza de quem vive profundamente a compaixão pelos seres humanos, os mais humildes em particular e, de outro lado, o temperamento atrevido e a mão firme para perseguir coerentemente seu projeto religioso, recorrendo aos meios políticos mais audaciosos. A quintessência dos espíritos franciscanos e jesuíta, harmoniosamente mesclados.

            A reportagem na sua essência mostra um ser humanos excepcional. Preocupado em trazer a igreja de volta ao seu lugar que é ao lado do povo.
            O papa Francisco é meu ídolo é meu amigo. Mesmo que ele não saiba disso.


Profº Fumaça Genro de Diamantino-MT.