segunda-feira, 30 de abril de 2012

AOS TRABALHADORES DO BRASIL

          A todos os trabalhadores do BRASIL independente em que trabalhem, onde trabalhem. Envio a todos o  meu mais profundo carinho, meu abraço fraterno e o desejo que todos tenham um dia  do TRABALHADOR junto de suas famílias, com saúde, paz e  Deus no coração. Não pesquisei mensagens maravilhosas, nem grandes pensadores ou filósofos. Simplesmente repito  meu ABRAÇO APERTADO e a vontade que a vida seja plena a todos nós.

domingo, 29 de abril de 2012

POR FAVOR LEIAM COM ATENÇÃO E "VEJAM" QUEM É QUEM NESSA HISTÓRIA.

VEJA FINANCIOU CACHOEIRA




Depois de subir à tribuna da Câmara e dizer que a revista Veja é “o próprio crime organizado fazendo jornalismo”, o deputado federal Fernando Ferro (PT-PE) afirmou em entrevista à Rede Brasil Atual que o veículo de comunicação "fomentou, incentivou, financiou esses delinquentes a terem esse tipo de comportamento", referindo-se à rede ilegal de atuação do contraventor Carlinhos Cachoeira.
O deputado defendeu que os responsáveis pela revista prestem esclarecimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criada para investigar a rede ilegal de atuação de Cachoeira e que sejam tratados como réus. Escutas feitas durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, mostraram conexões entre o grupo do contraventor e o diretor da sucursal de Brasília da publicação semanal, Policarpo Júnior. 
Este mês, Veja divulgou reportagem afirmando que a CPMI é uma "cortina de fumaça" criada pelo PT para desviar o foco do julgamento do mensalão, que será realizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A notícia levou Ferro a lamentar que a revista atue desta maneira.
Perguntado se a convocação de representantes do Grupo Abril não afetaria a liberdade de imprensa, Ferro afirmou que as atividades de Veja tem conexão o crime organizado, e não com o jornalismo. Para o parlamentar, o dono da Editora Abril, Roberto Civita, deve ser tratado como réu nessa investigação.

Confira abaixo a íntegra da entrevista com o deputado Fernando Ferro, um dos candidatos a integrar a CPMI do Cachoeira.


Por que levar um órgão de imprensa a uma CPMI?
Caberia ao órgão de imprensa trazer esclarecimentos sobre essa relação, o porquê de tantos telefonemas identificados na investigação da Polícia Federal.


Você falou em requerer a presença de Roberto Civita.
Independentemente de quem seja, o Civita ou não, os responsáveis pela Veja terão de responder sobre isso. 


Há uma relação da Veja com essas atividades ilegais?
É uma relação estranha, que tem laços de cumplicidade com esse submundo. Na verdade, isso vem lá de trás, em vários momentos. Essas denúncias espetaculosas da Veja, todas elas estão sendo lastreadas por esse processo de espionagem e arapongagem. Em termos de ética jornalística, isso é muito questionável. A Veja fomentou, incentivou, financiou esses delinquentes a terem esse tipo de comportamento.


Isso poderia colocar em risco a liberdade de imprensa?
Veja tenta formar uma ideia de que nós estaríamos querendo restringir a liberdade de imprensa. Essa é uma medida esperta e calhorda dela de justificar a sua ação criminosa. Eles querem falar em nome de toda a imprensa, mas não é verdade, essa prática, esse estilo, é próprio da Veja. Ou seja, ela praticou ações criminosas e agora quer colocar o conjunto da imprensa no Brasil como vítima. Ela é ré, vai ter que trazer esclarecimentos à CPI.


Há quem defenda esse tipo de jornalismo a qualquer custo.
Essas ações da Veja têm tudo a ver com crime organizado, não com jornalismo.


Por que no Brasil há uma tendência de punir exclusivamente os políticos que estão envolvidos em atividades ilegais, sendo que por diversas ela possui muitos lados?
Há uma ação política e ideológica de incriminar um partido político, ou uma orientação, ou uma corrente política. Na verdade, não há uma preocupação com a informação, estão preocupados em incriminar alguém que está governando o país.


O senhor está falando da Veja, especificamente?
Veja criou a figura do bandido colaborador, que é alguém que atende aos interesses dela, e o qual ela criou um nível de promiscuidade tão grande que você nem sabe quem é mais bandido. Na verdade, os dois são.


Em sua opinião, quem mais deve ser chamado para depôr na CPI?
A partir da investigação da Operação Monte Carlo, você tem os vínculos de articulação criminosa, de envolvimento entre os personagens dessa teia criminosa, então todos eles, tanto agentes públicos quanto privados, deverão ser chamados para prestar esclarecimentos.



sábado, 28 de abril de 2012

Coração Vazio - Lançamento Thais Macedo

*       Técnica inovadora trata aneurismas

Uma técnica de cirurgia minimamente invasiva está sendo utilizada pelo Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) para o tratamento de aneurismas de aorta extensos. A nova técnica alia o procedimento endovascular (por dentro do vaso) à utilização de endopróteses fenestradas e ramificadas. Quatro pacientes já foram tratados.

            Em novembro do ano passado, o Serviço de Cirurgia Vascular do HCPA realizou a primeira cirurgia endovascular com endoprótese. A técnica, inédita no Rio Grande do Sul, atendeu a um paciente portador de aneurisma que comprometia as aortas torácica e abdominal de forma simultânea. De modo geral, a nova técnica pode ser aplicada em 20% a 30% dos casos de aneurisma, nos quais a técnica endovascular tradicional não é possível ou apresenta resultado insatisfatório.

           A técnica se caracteriza pela introdução na aorta de uma malha metálica (stent). O dispositivo “navega” no interior das artérias femorais até alcançar a aorta, através de um engenhoso sistema que utiliza fios metálicos e cateteres. Quando a prótese é aberta dentro da aorta, o fluxo de sangue passa a ocorrer somente dentro dela, excluindo, assim, o aneurisma da circulação e impedindo a sua ruptura.
*       Células-tronco no combate à cegueira



         Sem tratamento disponível, as doenças que afetam as células fotorreceptoras dos olhos levam à perda progressiva da visão e é a principal causa de cegueira no mundo. Nos laboratórios, pesquisadores apostam na terapia gênica não só para interromper o avanço do problema, mas com o objetivo de reverter os danos já provocados. A descoberta é que o transplante de células-tronco é capaz de tirar os pacientes das trevas.

         Publicada na última edição da revista Nature, a pesquisa do Instituto de Oftalmologia da University College London é focada nos bastonetes, tipo de célula fotorreceptora que, quando prejudicada, causa cegueira noturna. O experimento foi feito com ratos, mas os cientistas estão animados com o resultado.

        Robin Ali, principal autor do estudo, conta que não deve demorar para que os resultados sejam replicados em humanos.

– Isso poderá beneficiar milhões de pessoas que, até agora, não têm outra opção senão esperar que a doença progrida até ficarem cegas – afirma.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A inteligência é genética?

Rogério Tuma
Médico neurologista, escreve regularmente uma coluna sobre Saúde na CartaCapital

Muitos estudos científicos tentam descobrir como e por que alguns são mais inteligentes que outros. Sem dúvida, inteligência que pode ser resumida simploriamente na capacidade de resolver problemas é constitucional, isto é, nasce com o indivíduo e com o tempo a experiência e o conhecimento aprimoram as soluções. Mas se nascemos com nossa inteligência determinada ela é necessariamente herdada?
A variabilidade de níveis de inteligência é tão grande que fica claro que dezenas ou centenas de genes interferem em nosso cociente de inteligência, o que torna difícil para os cientistas comprovar a teoria de que um determinado gene contribui para melhorar nosso QI. Cientistas americanos e ingleses concluíram o maior estudo genético na busca de um gene específico que poderia interferir na inteligência humana. Mais de 200 pesquisadores compararam a existência de uma mutação, isto é, uma mudança no código de um gene, o HMGA2, em mais de 21 mil indivíduos e comparam com o tamanho de partes do cérebro de cada um deles.
A descoberta foi que se esse gene, que antes era associado apenas à altura humana, sofrer uma modificação em seu DNA com a troca de uma molécula- e a timina ser substituída pela citosina, o cérebro do mutante sortudo será 3 centímetros cúbicos maior, e o resultado no teste de QI é que essas pessoas ganham, em média, 1,29 ponto a mais, se ambos os pais possuem a mutação o efeito no filho é aditivo com um aumento de 2,6 pontos no QI.
Esse resultado parece pouco expressivo porque a mudança foi pequena e os pesquisadores não conseguiram demonstrar se existe uma área específica que cresce mais que as outras, mas é o primeiro estudo que associa diretamente um único gene à inteligência humana.
E a escolha política também é genética? O Laboratório de Fisiologia Política da Universidade de Nebraska-Lincoln, -coordenado por um cientista político, -John Hib-bing, afirma com uma série de estudos que pelo menos ela é constitucional, isto é, nosso cérebro já nasce formado para nos tornarmos liberais ou conservadores.
De acordo com seus estudos, liberais e conservadores apresentam reações diferentes em situações que exigem respostas básicas e primitivas do ser humano, por exemplo, conservadores pró-militares apresentam reflexos mais rápidos quando são assustados com barulhos repentinos, e quando expostos a imagens ameaçadoras têm resposta de adrenalina mais intensa e olham mais rápido e por mais tempo essas -imagens. Conservadores são mais organizados nos locais onde vivem, enquanto os -liberais são mais tolerantes à bagunça.
O laboratório insiste também em encontrar diferenças anatômicas nos cérebros dos dois espécimes, em um estudo ficou demonstrado que conservadores possuem a amígdala direita maior. A amígdala é uma região profunda do cérebro e está relacionada às reações de medo e ameaça. Em contrapartida, os liberais possuem mais células no córtex do giro cingulado, que é responsável pela percepção do erro repetitivo e correção do comportamento para evitá-lo.
Segundo o cientista, as escolhas políticas são feitas muito mais por características de personalidade já adquiridas ao nascimento do que da reflexão de ideias, experiência e aprendizado. O doutor Hibbing acredita que conservadores nascem menos tolerantes a mudanças, mas são melhores líderes, trabalhadores e mais leais, enquanto que liberais são receptivos às novas experiências, adaptativos a mudanças, lidam melhor com incertezas e são bem mais flexíveis e têm apetite pela vida.
É só olharmos para os lados ou para o espelho que ficará claro que essas características não são binárias, e portanto não podemos colocar todos os humanos em apenas dois grupos de escolhas políticas, mas o que o autor tem como objetivo é pregar a tolerância de todos os lados, já que o discurso não muda a anatomia.

EU GOSTARIA


Que os nossos técnicos TODOS tivessem um pouco de humildade, um pouco de sabedoria, um pouco de boa vontade, enfim um pouco só de tudo isso que citei, com certeza estariam agora,  revendo seus conceitos obsoletos ao assistirem esse BAITA JOGO de futebol entre Barça e Chelsea que mostra duas equipes maravilhosas, com jogadores maravilhosos, com técnicos capazes de algo que os nossos passam de longe, HUMILDADE, jogadores capazes de modificarem seu tipo de jogo com o centro avante do Chelsea Drogbar que se mata sozinho e não reclama de esquema. Já imaginaram os nossos orgulhosos  jogadores  trabalhando como Drogbar que até recua para dar uma mão ao time.          Capaz. Nossos jogadores são orgulhosos demais e se acham mais do que o clube que os paga. Não sei qual será o resultado do jogo e nem me interessa, o que me deixa maravilhado é o que envolve um tipo de jogo desses. A doação, a capacidade de adaptação de técnicos e jogadores. E a raça maravilhosa. Quem ganha com tudo isso é o FUTEBOL, pena que não é o nosso. Nem falei dos nossos dirigentes. Onde tem dirigente que fala que o Barça não ganhou nada  e mais um infinidade de idiotices e este dirigente é RESPONSÁVEL por nossa seleção, vamos falar o que, de um débil mental desses, futebolisticamente falando claro. Mas que é uma besta com certeza é. Terminou o jogo e o Chelsea empatou, classificando-se para a final da Champion, num jogo repito emocionante, que não retira em nada a qualidade de melhore futebol do mundo do Barcelona.
Quem como eu adora o futebol, admira este jogo maravilhoso, fantástico, espetacular deve ter ficado deliciado com o jogo. Foram magníficos. Uma aula de duas escolas, de dois tipos de diferentes de jogar, pelo menos nesse jogo. Sou um fervoroso admirador do bom futebol, admiro todos (com a exceção do PORTOALEGRENSE) aqueles times que reúnem o talento, à vontade, a garra misturada com espírito de luta e se tornam grandes times.   Podem até como foi o caso do Barcelona hoje não ganhar, como a seleção brasileira de 82 na Espanha. Azar do Mundial e azar da Champion Legue que esses dois times não ganharam. Talvez para nós brasileiros tenha sido o início de uma fase terrível com o desprezo pelo talento e o aparecimento do mal fadado futebol força, que aterrorizaram a nós todos por muitos e muitos anos.
O talento deve sempre preponderar sobre a força, não que essa força deva ser desprezada. De maneira nenhuma. Em minha opinião o equilíbrio entre uma e outra, com um maior predomínio do talento (parece uma contradição) é o que faz uma equipe tornar-se um grande time, uma grande equipe.
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domingo, 22 de abril de 2012

UM HOMEM, UM RELIGIOSO DA MAIS ALTA QUALIDADE ESPIRITUAL E MORAL. POR FAVOR LEIAM COM ATENÇÃO E CALMA E VERÃO O QUE NA MINHA OPINIÃO É A VERDADEIRA IGREJA SEJA ELA CATÓLICA, EVANGÉLICA OU QUALQUER OUTRA, APENAS É IGREJA, POIS O DEUS É O MESMO EM TODAS AS CRENÇAS. OU NÃO?

Gustavo Gutiérrez, o pai da teologia da libertação.
20 ABRÍS DE 2012 11h42min AM PDT

Gustavo Gutiérrez

Ele é um dos teólogos mais importantes do século XX. O dominicano peruano explica por que consagrou sua vida ao reencontro de Deus e dos pobres.
A reportagem é de Martine De Sauto, publicada no jornal La Croix, 24-03-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Ele avançou um pouco cansado, apoiou na mesa a sua bengala preta que ele nunca abandona, e se sentou. De passagem por Paris, por ocasião do 50º aniversário do Comitê Episcopal França-América Latina (Cefal), Gustavo Gutiérrez, considerado o "pai" da teologia da libertação, já se encontrou com missionários, estudantes e professores do Institut Catholique de Paris, responsáveis pelo Secours Catholique, parceiro do CCFD [Comitê Católico contra a Fome e pelo Desenvolvimento].
Na manhã do dia 24, na sala da casa provincial dos sulpicianos onde ele se hospedava, ele evocou de novo aquela teologia que marcou profundamente a Igreja latino-americana. Falar de si mesmo não é um de seus hábitos. Mas, nessa manhã em que a primavera [europeia] clareava as velhas paredes da sala, esse pequeno homem, simples, amável, aceitava fazer o relato da sua vida. O encontro durou quase três horas. Também poderia ter continuado. Gustavo Gutiérrez não estava mais cansado.
Ele nasceu em Lima, no Peru. Com apenas 12, por causa de uma osteomielite, ficou preso à cama durante vários anos. "Não havia antibióticos. Eu era aluno dos Irmãos Maristas. Tive que abandonar a escola". Estudava em casa, jogava xadrez, lia. "Meu pai era um grande leitor", lembra. "Seguramente, ele me influenciou. Dele também herdei o senso de humor, que ele sempre mostrava, apesar das nossas dificuldades".
Aos 15 anos, descobriu Pascal, que o marcou permanentemente. E, pouco tempo depois, a História de Cristo, deGiovanni Papini, que o tocou profundamente. Interessou-se também por filosofia e psicologia através dos escritos deKarl Jaspers e de Honorio Delgado. O desejo de se tornar padre, que ele tivera no início da doença, o deixara. No entanto, entrou aos 14 anos na Ordem Terceira Franciscana. "A pobreza já estava presente na minha vida de filho de família modesta, marginalizado pela doença, e nas minhas escolhas", observa.
Aos 18 anos, pôde finalmente ir para a universidade estudar medicina (com o desejo de se tornar psiquiatra) e filosofia. "Membro do movimento universitário católico, eu participava ativamente da vida política da universidade", lembra. "Foi então que ouvi na minha vida perguntas que questionavam a minha fé. Aos 24 anos, eu escolhi me tornar padre. O bispo de Lima, considerando-me muito velho para o seminário, me mandou para a Europa”.
Em Leuven, aprendeu francês, escreveu uma tese sobre Como Freud chegou à noção de conflito psíquico. Depois, se transferiu para Lyon para estudar teologia. "Era um período difícil na Igreja francesa, mas muito rico", diz, "que me permitiu encontrar Albert Gelin (cujos trabalhos sobre os 'Pobres de Javé' orientaram as minhas pesquisas), Gustave Martelet e dominicanos (como Marie-Dominique Chenu, Christian Duquoc... e também aqueles da minha geração, como Claude Geffré). Muitos anos depois, quando eu tomaria a decisão de entrar na Ordem dos Pregadores, um dos meus amigos de então, padre Edward Schillebeeckx, dominicano flamengo, me escreveria uma carta que começava assim: 'Finalmente! '".

Viver em solidariedade com os pobres
Enquanto isso, ordenado sacerdote, Gustavo Gutiérrez voltou ao Peru. Nomeado a uma paróquia do bairro pobre deRimac, em Lima, e capelão dos movimentos cristãos, ele se dedicou ao seu trabalho pastoral, dando aulas também na universidade católica. Mas já havia um problema que o atormentava: como dizer ao pobre que Deus o ama?
Em maio de 1967, dois anos depois do Concílio, do qual participou, ele abordará essa questão diante dos estudantes da Universidade de Montreal, distinguindo pela primeira vez três dimensões da pobreza. A pobreza real de todos os dias: "Ela não é uma fatalidade", explica "mas sim uma injustiça". A pobreza espiritual: "Sinônimo de infância espiritual, consiste em colocar a própria vida nas mãos de Deus". A pobreza como compromisso: "Ela leva a viver em solidariedade com os pobres, a lutar com eles contra a pobreza, a anunciar o Evangelho a partir deles".
Para explicar a ideia, ele se concede um pouco mais de tempo, atento a não pular alguma etapa. "No ano seguinte, eu ainda tinha que dar uma conferência em Chimbote, no Peru. Haviam-me pedido para falar sobre a teologia do desenvolvimento. Expliquei que uma teologia da libertação era mais apropriada". Essa linguagem teológica, que leva em consideração o sofrimento dos pobres, inspiraria os bispos reunidos em Medellín (Colômbia) para a segunda Conferência do Episcopado Latino-americano (Celam).

Nasce a teologia da libertação
Em maio de 1969, Gustavo Gutiérrez foi para o Brasil, que vivia então as horas mais escuras da ditadura militar. Ali encontrou estudantes, militantes da Ação Católica, padres cujo testemunho enriqueceriam a sua reflexão que desembocou na sua obra fundamental: Teologia da Libertação. "Antes do Concílio", especifica, "João XXIII havia anunciado: a Igreja é e quer ser a Igreja de todos, e particularmente a Igreja dos pobres". Os padres conciliares, preocupados com o problema da abertura ao mundo moderno, esqueceram-no um pouco. Na América Latina, essa intuição foi retomada. Os pobres começavam a se fazer sentir. "Muitos de nós víamos neles um sinal dos tempos que era preciso perscrutar, como pede a constituição Gaudium et Spes. Por causa da minha idade, da minha presença no Concílio e em Medellín, eu é que fiz um trabalho de teólogo. Mas poderia ter sido outro".
A libertação da qual Gustavo Gutiérrez fala não é um programa político. Ela se situa em três níveis que se cruzam. O nível econômico: é preciso combater as causas das situações injustas. O nível do ser humano: não basta mudar as estruturas, é preciso mudar o ser humano. O nível mais profundo, teologal: é preciso se libertar do pecado, que é a recusa de amar a Deus e ao próximo.
Quanto à teologia, ela é o meio para fazem com que o compromisso com os pobres seja uma tarefa evangélica de libertação, uma resposta aos desafios que a pobreza coloca diante da linguagem sobre Deus. Essa teologia se revela contagiosa. Nos Estados Unidos, na minoria negra, na África, na Ásia, teologias desses "terceiros mundos" se despertam, impulsionadas por um novo fôlego.

Uma vida pelos pobres
Mas essa teologia também se choca com oposições. As mais violentas vêm dos poderes econômicos, políticos e militares da América Latina, assim como nos EUA. Mas também vêm de católicos que a acusam de fazer referência, ao analisar certos aspectos da pobreza, à teoria da dependência, que usava noções provenientes da análise marxistas.
Na conferência do Celam em Puebla (1979), que confirma a visão de Medellín e fala da "opção preferencial pelos pobres", manifestam-se resistências também dentro da Igreja latino-americana. "Medellín" reconhece Gustavo Gutiérrez, "foi uma voz muito profética que provocou compromisso e resistências. Mas quando uma Igreja é capaz de ter entre os seus membros pessoas que dão a sua vida pelos pobres, como Dom Oscar Romero e muitos outros, há algo de importante que acontece nessa Igreja".
A teologia da libertação também sofreria por causa das posições do Vaticano. Em 1984, ela foi severamente criticada pela Congregação para a Doutrina da Fé, da qual o cardeal Ratzinger era então prefeito. Gustavo Gutiérrez, assim como outros, teria que dar explicações. Em 2004, ao término de um processo de "diálogo" de 20 anos, o mestre da Ordem dos Dominicanos recebeu uma carta em que o cardeal Ratzinger "rende graças ao Altíssimo pela satisfatória conclusão desse caminho de esclarecimento e aprofundamento".
"Durante aqueles anos, eu podia, mesmo assim, pregar o Evangelho na minha paróquia", conta Gustavo Gutiérrez, que se dedicava naquela época às suas pesquisas sobre Bartolomeu de Las Casas – "um gênio espiritual", diz, "que soube ver no índio o pobre segundo o evangelho" –, continuando a sua obra teológica e acompanhando de perto "a nova presença das mulheres, depois dos índios, na cena da história, do pensamento, da que estavam ausentes".

Teologia como poesia
Hoje, ele reside no convento dos dominicanos de Lima. Divide o seu tempo entre o seu trabalho pastoral, os retiros que prega os cursos de teologia na Universidade de Notre Dame (Indiana, EUA) e no Studium Dominicano de Lille (França). Mas, incansavelmente, ele continua a sua obra teológica, lendo muito, até mesmo poetas. "A poesia é a melhor linguagem do amor", confidencia. "Fazer teologia é também escrever uma carta de amor a Deus, à Igreja que eu sirvo e ao povo a que eu pertenço".
Atualmente, ele está terminando um livro dedicado à opção preferencial pelos pobres. "A teologia da libertação pode até desaparecer", afirma, "mas, se restar à preferência pelos pobres, nós teremos vencido algo importante, profundamente ligado à Revelação". Depois, acrescenta, com uma expressão de clara gravidade no rosto: "A pobreza e as suas consequências são sempre o grande desafio do nosso tempo na América Latina e em muitos outros lugares do mundo. Praticar a justiça, trabalhar pela libertação dos seres humanos é falar de Deus. É um ato de evangelização".
Fonte: Instituto Humanitas Unisinos

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Serra culpando os migrantes (nordestinos)?

Peluso manipulou resultados de julgamentos no STF’, diz Joaquim Barbosa.

O Globo
20/04/2012

           BRASÍLIA – Dois dias depois de ser chamado de inseguro e dono de “temperamento difícil” pelo ministro Cezar Peluso, o ministro e atual vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, respondeu em tom duro. Em entrevista à repórter Carolina Brígido, do GLOBO, Barbosa acusou o agora ex-presidente do STF de manipular resultados de julgamentos de acordo com seus interesses. “Peluso inúmeras vezes manipulou ou tentou manipular resultados de julgamentos, criando falsas questões processuais simplesmente para tumultuar e não proclamar o resultado que era contrário ao seu pensamento”, disse Barbosa.
O ministro disse ainda que Peluso “incendiou o Judiciário inteiro com sua obsessão corporativista” e classificou como “supreme bullying” a maneira como o ex-presidente lidou com a doença do ministro – Barbosa sofre de um problema sério de coluna que já o obrigou a se submeter a cirurgias. “Foi ele quem, em 2010, quando me afastei por dois meses para tratamento intensivo em São Paulo, questionou a minha licença médica (…) no segundo semestre do ano passado, após eu me submeter a uma cirurgia dificílima (de quadril), que me deixou vários meses sem poder andar, insistia em colocar processos meus na pauta de julgamento para forçar a minha ida ao plenário, pouco importando se a minha condição o permitia ou não.”
Na opinião de Barbosa, Peluso não deixa qualquer legado positivo de sua passagem pela presidência da corte. “As pessoas guardarão na lembrança a imagem de um presidente do STF conservador, imperial, tirânico, que não hesitava em violar as normas quando se tratava de impor à força a sua vontade.”
Carolina Brígido, O Globo.
Dois dias depois de ser chamado de inseguro e dono de “temperamento difícil” pelo ministro Cezar Peluso, o ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa respondeu em tom duro.
Em entrevista ao GLOBO, Barbosa chamou o agora ex-presidente do STF de “ridículo”, “brega”, “caipira”, “corporativo”, “desleal”, “tirano” e “pequeno”. Acusou Peluso de manipular resultados de julgamentos de acordo com seus interesses, e de praticar “supreme bullying” contra ele por conta dos problemas de saúde que o levaram a se afastar para tratamento.
Barbosa é relator do mensalão e assumirá em sete meses a presidência do STF, sucedendo a Ayres Britto, empossado ontem. Para Barbosa, Peluso não deixa legado ao STF: “As pessoas guardarão a imagem de um presidente conservador e tirânico, que não hesitava em violar as normas quando se tratava de impor à força a sua vontade.”.
Qual a opinião do senhor sobre a entrevista dada por Cezar Peluso?
Eis que no penúltimo dia da sua desastrosa presidência, o senhor Peluso, numa demonstração de “désinvolture” brega, caipira, volta a expor a jornalistas detalhes constrangedores do meu problema de saúde, ainda por cima envolvendo o nome de médico de largo reconhecimento no campo da neurocirurgia que, infelizmente, não faz parte da equipe de médicos que me assistem. Meu Deus! Isto lá é postura de um presidente do Supremo Tribunal Federal?

O ministro Peluso disse na entrevista que o tribunal se apaziguou na gestão dele. O senhor concorda com essa avaliação?
Peluso está equivocado. Ele não apaziguou o tribunal. Ao contrário, ele incendiou o Judiciário inteiro com a sua obsessão corporativista.


Na visão do senhor, qual o legado que o ministro Peluso deixa para o STF?
Nenhum legado positivo. As pessoas guardarão na lembrança a imagem de um presidente do STF conservador, imperial, tirânico, que não hesitava em violar as normas quando se tratava de impor à força a sua vontade.
Dou exemplos: Peluso inúmeras vezes manipulou ou tentou manipular resultados de julgamentos, criando falsas questões processuais simplesmente para tumultuar e não proclamar o resultado que era contrário ao seu pensamento.
Lembre-se do impasse nos primeiros julgamentos da Ficha Limpa, que levou o tribunal a horas de discussões inúteis; não hesitou em votar duas vezes num mesmo caso, o que é absolutamente inconstitucional, ilegal, inaceitável (o ministro se refere ao julgamento que livrou Jader Barbalho da Lei da Ficha Limpa e garantiu a volta dele ao Senado, no qual o duplo voto de Peluso, garantido no Regimento Interno do STF, foi decisivo. Joaquim discorda desse instrumento); cometeu a barbaridade e a deslealdade de, numa curta viagem que fiz aos Estados Unidos para consulta médica, “invadir” a minha seara (eu era relator do caso), surrupiar-me o processo para poder ceder facilmente a pressões…


O senhor tem medo de ser qualificado como arrogante, como o ministro Peluso disse? Tem receio de ser qualificado como alguém que foi para o STF não por méritos, mas pela cor, também conforme a declaração do ministro?
Ao chegar ao STF, eu tinha uma escolaridade jurídica que pouquíssimos na história do tribunal tiveram o privilégio de ter. As pessoas racistas, em geral, fazem questão de esquecer esse detalhezinho do meu currículo. Insistem a todo o momento na cor da minha pele.
Peluso não seria uma exceção, não é mesmo? Aliás, permita-me relatar um episódio recente, que é bem ilustrativo da pequenez do Peluso: uma universidade francesa me convidou a participar de uma banca de doutorado em que se defenderia uma excelente tese sobre o Supremo Tribunal Federal e o seu papel na democracia brasileira.
Peluso vetou que me fossem pagas diárias durante os três dias de afastamento, ao passo que me parecia evidente o interesse da Corte em se projetar internacionalmente, pois, afinal, era a sua obra que estava em discussão. Inseguro, eu?

'O ouro do Milho e não o dos Templos" (Dom Pedro Casaldáliga)

          Quando falam que alguém é o cara deveríam pensar mil vezes em dizer que são certas pessoas. esse ai emmbaixo é o CARA SEMPRE. Um lutador pela causa do mais fracos, um verdadeiro religioso que colocou os necessitados em primeiro lugar. Dom Pedro é um ser humano, mesmo que essa palavra esteja bastante desgastada, que orgulha sua espécie. Tive oportunidade de conhecê-lo pessoalmente mas não aconteceu, é uma das frustações de minha vida. Sou admirador dessa frágil figura, frágil fícamente, mas uma fortaleza moral. Todos nós brasileiros deveríamos prestar homenagens muitas a esse senhor. Um abraço Dom Pedro que Deus o abençoe e esteja permanentemente ao seu lado.



PROFº FUMAÇA GENRO DE DIAMANTINO-MT







Uma matéria muito interessante, com vários links, sobre uma questão que, para nossa surpresa, está à margem de outras não tão importantes. Clique aqui e leia!

Certas coisas não precisam ser ditas em línguas de anjos ou similares, até porque são os homens que precisam compreender em suas próprias línguas. Será que, em nome de abstrações, não estamos esquecendo aquilo que realmente nos toca.

Talvez, em 40 anos, algo tenha escapado aos teus olhos! Que tal começar a olhar tudo isso? Até porque há, em meio à tua crença, os que, mais politizados, não dispõem de tempo para gravar CDs e curtir emoções baratas. Estão ligados na realidade mais necessitada da vida.


quinta-feira, 19 de abril de 2012

COMUNIDADO DA JUSTIÇA ELEITORAL

7ª ZONA ELEITORAL DE DIAMANTINO COMUNICA À POPULAÇÃO DE ALTO PARAGUAI, QUE SERÃO REALIZADOS MUTIRÕES NA ZONA RURAL PARA ALISTAMENTO, TRANSFERÊNCIAS E REVISÕES DOS TITULOS DE ELEITOR NOS SEGUINTES DIAS:

- DIA 23/04 – NA ESCOLA MUNICIPAL DA EMA PARA ATENDER OS ELEITORES DA REFERIDA LOCALIDADE.
- DIA 25/04 – NA ESCOLA NOVA ESPERANCA EM AGUA SANTA.
- DIA 27/04 – NA ESCOLA BRIGADEIRO EDUARDO GOMES EM CAPAO VERDE.

AINDA, INFORMAMOS QUE SERÁ FORNECIDO PELA PREFEITURA ÔNIBUS QUE ESTARÁ A SERVIÇO DA JUSTIÇA ELEITORAL, PARA TRANSPORTAR OS ELEITORES DAS COMUNIDADES DE 21 DE ABRIL, CAJU E PROXIMIDADES PARA A ESCOLA DA COMUNIDADE DE ÁGUA SANTA NO DIA 25/04. E DA COMUNIDADE DE TIRA SENTIDO E PROXIMIDADES PARA A ESCOLA DO DISTRITO CAPÃO VERDE NO DIA 27/04, TENDO EM VISTA VIABILIZAR O ACESSO DOS MORADORES DESSAS REGIÕES AOS MUTIRÕES.

Camile da Silva Genro
Servidora Legalmente Requisitada do TRE-MT
Cartório da 07ª Zona Eleitoral
Do Estado de Mato Grosso
Fone/Fax - 65 3336 1911/2260

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Feliz Aniversário - Roberto Carlos

Alguém que te acompanha em grande parte de tua vida. Que te proporcionou momentos maravilhosos. Alguém com quem brigas por ter posições diferentes das tuas. Alguém que sabes tem todos os defeitos do mundo, como todos nós. Alguém que propaga o amor. Alguém tem como todos nós fases boas, más, teríveis e fantásticas fases em que o talento sempre foi maior, alguém com um talento inimitável e maravilhoso. Esse alguém deve ter todo o nosso respeito e nossa admiração. Ele é ROBERTO CARLOS e eu como seu fã assumido desejo toda a felicidade do mundo e que Deus o abençoe eternamente.

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O RISO É PERIGOSO

É exatamente a maneira que eu José Waldemar M. Genro-Profº Fumaça Genro pensa o que diz o texto  do brilhante Fabrício Carpinejar. Se eu tivesse o brilhantismo dele seria escreveria o mesmo.

Fabrício Carpinejar
POSTADO DIA 17 DE ABRIL DE 2012
Clarice Lispector beliscava sua amiga Lygia Fagundes Telles quando entravam juntas num encontro literário:
– Não ri, vai! Séria, cara de viúva.
– Por quê? – perguntava Lygia.
– Para que valorizem o nosso trabalho.
Não há mesmo imagem de alguma risada da escritora Clarice Lispector. Em livros e revistas, a cena que persiste é seu olhar desafiador, emoldurado por um rosto anguloso, compenetrado e enigmático. Os lábios não se mexem, absolutamente contraídos, envelopes fechados para a posteridade.
Lispector não mostrava suas obturações, sua arcada para ninguém. Não se permitia gargalhadas para não parecer mulher superficial e leviana.
Ela percebeu que existe um imenso preconceito contra a alegria. Os críticos não a levariam a sério, dizendo que ela não era densa, não inspirava profundidade; acabariam por sobrepor a aparência faceira aos questionamentos metafísicos de sua obra.
Seu medo não era bobo. O riso permanece perigoso. Todos temem os contentes. Falam mal dos contentes.
          O riso gera inveja, ciúme, intriga: “Por que está feliz, e eu não?”.
A alegria é malvista em casa e no trabalho, sempre intrusa, sempre suspeita equivocada de uma ironia ou de um sentimento de superioridade.
Ainda acreditamos que profissionalismo é feição fechada, casmurra. Ainda deduzimos que competência é baixar a cabeça e não entregar nossas emoções.
Quanto mais triste, mais confiável. Quanto mais calado, mais concentrado. O que é um tremendo engano.
A criatividade chama a brincadeira, assim como a risada renova a disposição.
Se um funcionário ri no ambiente profissional, o chefe deduz que ele está vadiando, sem nada para fazer. Poderá receber reprimenda pública e o dobro de tarefas. Quem diz que ele não está somente satisfeito com os resultados?
        Se sua companhia ri durante a transa, você conclui que está debochando do seu desempenho. Quem diz que não é o contrário, que ela não festeja o próprio prazer?

Se a criança ri no meio da aula, o professor compreende como provocação e pede para que cale a boca. Quem diz que ela não está comemorando algum aprendizado tardio?
Se o filho ri quando os pais descrevem dificuldades profissionais, a atitude é reduzida a um grave desrespeito. Quem diz que ele não achou graça do tom repetitivo das histórias?
Se a esposa ou marido ri e suspira à toa, já tememos infidelidade.
O riso é escravo dos costumes, sinônimo de futilidade e distração quando deveria ser visto como sinal de maturidade e envolvimento afetivo.
Não reagimos bem à felicidade do outro simplesmente porque ela ameaça nossa tristeza.
Publicado no jornal Zero Hora
Coluna semanal, p. 17/04/2012
Porto Alegre (RS), Edição N° 1742.

terça-feira, 17 de abril de 2012

OS PARTIDOS DE ESQUERDA TÊM SIDO DE ESQUERDA MESMO EM RELAÇÃO AOS PROFESSORES DO BRASIL?

TEXTO RETIRADO DO SITE ARAIBU DIA 16 DE ABRIL DE 2012



Na internet, há a divulgação de uma frase que diz do Brasil ser um país de políticos caros e professores baratos, referindo-se a relação de extrema desigualdade entre os ganhos dos primeiros e os dos segundos, o que é verdade, como se sabe. E, pensando nisso, em meio a outras coisas, pergunto: hoje, que partidos de esquerda lideram essa luta ao lado dos sindicatos dos professores Brasil afora?

Não me refiro a lideranças localizadas ― um deputado aqui, um vereador acolá, mas a partidos enquanto estruturas inteiras, organizadas, completas, militantes unidos sob um mesmo manifesto e um mesmo programa, portanto sob temáticas concernentes ao que chamamos de esquerda.

Possivelmente, somente o PSTU e o PSOL, para citar dois dos mais conhecidos, têm um apoio direto a tais lutas. Talvez, o PCB e o PCO também, partidos sem maiores expressões. PT, PCdoB e PSB, como estruturas inteiras, esqueceram-se dessas lutas, havendo apenas de membros isolados fazerem parte mais diretamente. Quem questiona isso? Os professores? De onde, se aqui no Ceará, por exemplo, até hoje não tiveram coragem de abandonar algo como a APEOC? Claro, existe o Sindiute, mas é minoria.

Os principais partidos da esquerda brasileira, suas lideranças legislativas, fazem é vista grossa para tal situação. Veja-se, por exemplo, a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará e os parlamentares desses partidos que, desprezando os professores, ficaram com Cid Gomes.

Na Bahia, o governador petista Jaques Wagner (PT) é mais um contra o piso salarial nacional, para horror de todas as pessoas que lutaram pelo PT anos a fio. Mas isso hoje é normal e Jaques, contrariando inclusive posição do governo federal, segue nesse caminho.

Como a luta dos professores se dá no campo das reivindicações históricas da pauta das esquerdas, há um silêncio sofrido (o “sofrido” é meu, pois não garanto emoção de seu ninguém). Há um silêncio em relação a essas contradições e esse silêncio não ajuda a reciclar os partidos que, em tese, estão com a classe trabalhadora. Será?

Não vejo nenhum professor de Russas tocar nessas incoerências todas. É como se elas não existissem no pensamento de tais profissionais. Isso é preocupante, pois é muito cabresto! Tanto se falou de Tasso e dos outros tucanos e hoje aí estão os companheiros lutando por aquários e outras desimportâncias.

Quanto à posição do governo federal em relação ao cumprimento da Lei do Piso, há algo sutil: a espera pelos governadores e prefeitos como se nada mais pudesse fazer. Será que Dilma Rousseff e o MEC nada mais podem fazer por uma das maiores categorias de trabalhadores do Brasil, sendo que o PT gastou a vida falando e implementando políticas de educação diferentes em suas prefeituras?

Acordem professores, pois essa situação só não é cômoda para vocês! No jogo do empurra-empurra, só vocês estão se dando mal. Cobre dos partidos de esquerda que hoje governam o Brasil posturas de esquerda mesmo, caso contrário eles não mais poderão ser legitimamente identificados com tal designação.

Quanto a federalizar a educação, a princípio é uma ideia atraente, mas essa situação, por si só, não seria garantia do cumprimento das melhorias. Da mesma forma que um prefeito é negligente ou irresponsável mesmo, o governo federal pode ser. O principal de verdade será quando a sociedade brasileira como um todo enxergar a educação como algo tão importante como o combate à corrupção e o acesso a uma cesta básica de qualidade.

Sobre os partidos de direita, o que dizer, se já buscamos os de esquerda pelo fato de não nos sentirmos representados em siglas conservadoras? Mas, hoje, dia a dia, cai mais e mais a diferença entre esquerda e direita.



Acesse: Tabela do CNTE e Conheça os governadores e prefeitos que são inimigos da educação.


segunda-feira, 16 de abril de 2012

TEXTO RETIRADO DO SITE ARAIBU HOJE DIA 16 DE ABRIL DE 2012





Na moral: dizer que o evento do mensalão supera o da privataria tucana é, no mínimo, cinismo. E a revista Veja mais a Rede Globo e amigos querem isso. Outro erro, digamos assim, é o povo brasileiro achar que essas questões serão definitivamente resolvidas por CPIs e por sessões do STF, lugares onde as pressões e o jogo de interesses são infinitos

No máximo, se conseguirá uns bodes expiatórios para cada caso e algumas explicações “plausíveis” até a próxima batalha. Enquanto isso, pautas reais como as reformas que tanto precisamos ficam estagnadas.


Quem sabe acabaremos por ocupar massivamente ruas, avenidas e praças e assim promoveremos um julgamento popular por sobre os partidos e empresários e todos os outros agentes dessas questões todas? Quem sabe? Até porque cresce a ideia de movimento não partidário, livre, meio anarquista, diria. Desse modo, dissiparíamos todas as cortinas de fumaça e todas as invencionices grupistas.


A partir do dia em que as lutas entre grupos passaram a importar mais que as lutas do povo, perdemos o rumo. Nós, pessoas que não ocupam o poder, somos apenas o suposto pretexto daquelas figadais lutas que lá por cima ocorrem ― ditas pelo nosso bem.


Ainda acho que a privataria tucana é maior escândalo que o mensalão, mas a questão não é um concurso de quem e do que fede mais. Antes da existência dos partidos e de outros grupos particulares, existíamos nós, o povo brasileiro.






domingo, 15 de abril de 2012

NÃO SEI SE É VERDADE O QUE DIZ O TEXTO,MAS QUE É MUITO BOM A ISSOÉ.

Os responsáveis pela bunda como é conhecida na atualidade, e aí me refiro ao conceito contemporâneo de bunda, ou seja, a bunda como ela é, são os africanos. Mais especificamente os angolanos e os cabo-verdianos. Para ser ainda mais preciso as angolanas e as cabo-verdianas.
Foram elas, angolanas e cabo-verdianas, que, ao chegarem aqui durante as trevas da escravatura, revolucionaram tudo o que se sabia sobre bunda até então.
Foi assim: naquela época, a palavra bunda não existia.

Os portugueses, quando queriam falar a respeito das nádegas de uma cachopa, diziam exatamente isso, nádegas. Ou região glútea, tanto faz.
Aí, os escravos angolanos e cabo-verdianos chegaram ao Brasil. Só que eles não eram conhecidos com os angolanos nem cabo-verdianos.
 Eram os bantos chamados bundos, que falavam o idioma "ambundo". Ou "quimbundo". A língua bunda, enfim.
Os bundos, esses, em especial as mulheres bundas, possuíam a tal região glútea muito mais sólida, avantajada, globosa.
Os portugueses, que, ao contrário do que se acredita, não são bobos, logo encompridaram os olhares para as nádegas das bundas.
Uma delas passava diante de uma turma de portugueses e eles já comentavam:
- Que bunda!
Em pouco tempo, a palavra bunda, antes designação de uma língua e de um povo, passou a ser sinônimo de nádegas.
E assim nasceu a bunda moderna.


FANATISMO É AUSÊNCIA DE AUTOCRÍTICA –RETIRADO DO BLOG AIRIBU

Se, de um lado, a grande imprensa não abre mão de seu partidarismo, de outro, boa parte da imprensa alternativa se colocou exatamente na trincheira oposta, como se fazer jornalismo, em essência, fosse isso mesmo. Há sites e blogs tão incapazes de críticas ao governo e ao PT que deveriam receber dinheiro por tal subserviência. Há pessoas tão carentes de uma autoafirmação nesse sentido que muita terapia ainda seria pouca. E o tempo já mostrou as saídas.
Verdade seja dita: nossos principais partidos de esquerda não são mais aqueles de outrora cuja postura pecava pelo excesso de utopia, claro, mas que fazia gosto pelo rigor de zelo para com o comportamento ético, para com a coerência. Não se podia aventar a mínima hipótese de se ter, por exemplo, uma figura como o Sarney lado a lado, afinal o dono do Maranhão nunca foi com a cara do povo.
Hoje, boa parte da militância e parte da imprensa alternativa ainda produzem pensamentos interessantes e momentos louváveis, mas estão entregues à inércia de uma adoração fanática às lideranças de tal modo que não lhes resta muito mais que concordar, concordar e concordar, desprovidos que estão do senso crítico anterior. Fazem do cinismo e do discurso desenvolvimentista suas estratégias, como se o povo, como um todo, fosse bobo.
E o pior é quando constatamos que esse tipo de fanatismo a tudo ou a quase tudo permeia ― da religião ao futebol, de breves opiniões sobre questões de gênero a observações sobre comportamento. Há, assim, o fanatismo geral, uma estreiteza de pensamento levada aos extremos. Fanáticos de direita, fanáticos de esquerda, fanáticos religiosos, obsessivos de todo tipo, outsiders disfarçados de “pessoas críticas”.
Penso que ou escapamos disso com a luta que pudermos empreender, ou sucumbiremos a uma sociedade de “seitas” que mutuamente se canibalizarão até um limite final, depois de muitos estragos.
Refletir faz parte e é ótimo! Às vezes, dói, pode doer, mas é a dor de renascer de dentro daquilo quem em nós não vive m
O JORNALISMO "INVESTIGATIVO" E SEUS SEGUIDORES

Se Demóstenes Torres e a revista Veja não são redutos de ética a ponto de, imunes a tudo, poderem criticar severamente que quer que seja, o que é feito do indivíduo que, ciente disso, silencia sobre o primeiro e ainda segue e defende a segunda no Twitter e noutros espaços da web, defendendo-a ainda na vida não-virtual, no dia a dia?


É da mesma laia, como dizem as pessoas quando falam sem maiores delicadezas (falsidades, leia-se). E isso põe abaixo a credibilidade dessas mesmas diante de seus seguidores e amigos e sabe-se lá o que mais.
E a coisa é tão esculachada que o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), amigo do amigo de Demóstenes, ou seja, do bicheiro Carlos Cachoeira, “disse à Folha que tinha conhecimento do envolvimento do empresário com contravenção.”(Conversa Afiada) Há anos!
O ilustre professor e pesuisador da área de comunicação, autor de livros interessantes, Venício Lima, nos diz:
“Enquanto empresários da mídia impressa ou concessionários do serviço público de radiodifusão – e seus porta-vozes – reafirmam, com certa arrogância, seu insubstituível papel de fiscalizadores da coisa (res) pública, o trabalho da Polícia Federal possibilita que o país tome conhecimento de evidências do envolvimento direto da própria mídia com os crimes que ela está a divulgar.
E mais: a solidariedade corporativa se manifesta de forma explícita. Por parte de empresas de mídia, quando se recusam a colocar setores de seu negócio entre os suspeitos da prática de crimes, violando assim o direito à informação do cidadão e o seu dever (dela, mídia) de informar. Por parte de jornalistas, que alegam estarem sujeitos a eventuais relacionamentos “de boa fé” com “fontes” criminosas no exercício profissional do chamado jornalismo investigativo.
Será que  – na nossa história política recente – o recurso retórico ao papel de fiscalizadora da coisa (res) pública não estaria servindo de blindagem (para usar um termo de agrado da grande mídia) à indisfarçável partidarização da grande mídia e também, mais do que isso, de disfarce para crimes praticados em nome do jornalismo investigativo?” (Observatório da Imprensa)
A última parte está em negrito para destacar exatamente o teor da questão: a mídia que se envolve com o crime em nome de um tal jornalismo investigativo, mas que não se vê como participante (culpada) dos tais atos, sendo, noutros momentos, polícia, justiça e carrasco daqueles a quem escolhe perseguir.
E há seus leitores-telespectadores propagadores dessa maneira de ser no mundo, desde a cidade grande à essa províncias miúdas desse imenso Brasil.
Que é feito desses indivíduos que, antes de beijar esposa e filhos ao nascer do dia, esfregam seus rostos e suas virilhas nas capas de exemplares da revista Veja?
Precisamos, sim, transformar muita coisa nesse Brasil onde governadores e prefeitos (com exceções) são contra o cumprimento da Lei do Piso para professores e, simultaneamente, não vivem sem salários altos e todo tipo de mordomia que conseguem.
Mas, a imprensa também precisa de uma ampla reforma. E a grande mídia está incomodada com os blogs "sujos" (esse "sujos" foi uma gentileza d