domingo, 28 de novembro de 2010

As imagens, acompanhadas das reportagens das TVs nos mostram uma cidade sangrando, uma cidade envergonhada com o que está acontecendo. O Rio sempre foi uma cidade alegre, pronta a receber as pessoas com suas praias maravilhosas, sua música fantástica e suas mulheres lindíssimas. Deve ser este o motivo de se ver os cariocas tão tristes e envergonhados. Como se perguntassem o que vamos dizer aos nossos visitantes, além claro de sua segurança pessoal.

As imagens, acompanhadas das reportagens das TVs nos mostram uma cidade sangrando, uma cidade envergonhada com o que está acontecendo. O Rio sempre foi uma cidade alegre, pronta a receber as pessoas com suas praias maravilhosas, sua música fantástica e suas mulheres lindíssimas. Deve ser este o motivo de se ver os cariocas tão tristes e envergonhados. Como se perguntassem o que vamos dizer aos nossos visitantes, além claro de sua segurança pessoal.
O tráfico mostra sua verdadeira cara, nada do glamour que aparecem em filmes ou séries de TV e sim a mais pura realidade. O que querem é simplesmente o lucro que vem daqueles que dependem cada vez mais e mais da droga. Eles estão pouco se importando com as famílias, com as cidades, com seus jovens e com sua própria vida. E não me venham com a velha e surrada história de que são esses traficantes que aparecem na TV os responsáveis por tudo isso. Na realidade os grandes responsáveis não estão no morro, mas sim no asfalto da Vieira Souto, nas coberturas de Ipanema, Leblon e Copacabana e muitas vezes brasileiros no exterior que financiam o tráfico com lucros impossíveis de imaginar por nós simples mortais, que só sabemos o que a imprensa nos mostra.
Outra coisa um tanto glomourizada (não sei se esta palavra existe, mas vá lá) é a história de crime organizado. Que viu os caras fugindo a pé, correndo em bandos. Deve-se perguntar. Onde está a organização tão falada? Se aquilo é organizado, quando será desorganizado? E não me venham dizer que tudo foi feito de caso penso. Aqui ó!
Parece-me aqui de longe que a polícia agiu de maneira correta, dando o que esses caras mereciam. O que acontece é que muitas vezes quem nada tem a temer, nem a pagar acaba levando literalmente chumbo. Falo das balas perdidas, que são um inferno para a população.
Daqui de Diamantino-MT envio meu abraço solidário ao povo carioca. Que não se deixem intimidar. Que retome a sua vida normal, mesmo que isso seja tão difícil depois desses acontecimentos. Que o Cristo Redentor vos abençoe e lhe dêem força para suportar tamanha provação.
Que o Rio de Janeiro volte a ser o que sempre foi “A CIDADE MARAVILHOSA”, que um dia conheci e me apaixonei.
PROFº FUMAÇA GENRO- BLOG WWW.fucalima2010.blogspot.com
PROGRAMA MÚSICA PURA DAS 17h30min: ás 19h30min
NA RÁDIO PARECIS 690 AM- A VOZ DO MÉDIO NORTE

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A Origem da Vida Fácil de Entender

Dentro das igrejas, fala do Papa sobre preservativo divide jovens

Papa declarou que camisinha é aceitável em certos casos para previnir Aids.
Alguns jovens defendem liberação total, mas outros temem banalização.
Mariana Oliveira Do G1, em São Paulo
Acho que deveria sim a camisinha ser liberada para todos os casos. Se faz sexo e não tem respeito por quem está do lado, aí está errado. Acredito que se tiver amor, não tem pecado"
Alex Martins, 27 anos
Na semana em que a Igreja Católica sinalizou uma flexibilização em relação ao uso do preservativo para evitar a transmissão pelo vírus da Aids, o G1 ouviu jovens católicos sobre o que pensam a respeito do tema. Enquanto alguns jovens defendem que a Igreja libere a camisinha para todas as situações, outros temem que a iniciativa contribua para uma banalização do sexo.
Em livro lançado nesta terça-feira (23), o Papa Bento XVI afirma que o uso de preservativo é justificado "em certos casos", como por exemplo por prostitutas ou garotos de programa, para reduzir os riscos de contaminação pelo vírus da Aids.
O padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, confirmou a opinião do pontífice, mas esclareceu que a declaração não muda a proibição de métodos contraceptivos pela Igreja Católica.
O G1 foi a uma reunião de um grupo de oração em uma igreja de Santo André, no ABC Paulista, na noite de terça e depois conversou com os jovens que estavam presentes. Alguns não quiseram opinar diretamente e preferiram apenas concordar ou discordar das declarações dos demais.
Jovens católicos de paróquia de Santo André após reunião do grupo de oração. Jéssica é a segunda da esqueda para a direita; Denis está ao centro de camiseta preta; Fágner está abaixo dele sentado de blusa azul com mangas claras e calça jeans; Alex está ao lado de Fágner, com agasalho preto; Fábio está sentado à frente com camiseta branca (Foto: Mariana Oliveira / G1)
O metalúrgico Denis Marran, de 22 anos, lidera o coro dos que pensam que, se a Igreja decidiu flexibilizar as regras, a decisão deveria ser geral. "Nós, como Igreja, temos de tirar homossexuais da vida que vivem e trazer para a Igreja. Se o Papa libera, eles podem pensar: para que vou para a Igreja? Homossexualismo é pecado, e o Papa não deveria ter liberado camisinha nesses casos se não pode liberar para todos", diz.
Para ele, a Igreja deveria liberar o sexo antes do casamento em algumas situações: "Acho que quando tem amor, pode sim ter sexo e usar camisinha."
O colega Alex Martins, de 27 anos, concorda: "Acho que deveria sim a camisinha ser liberada para todos os casos. Se faz sexo e não tem respeito por quem está do lado, aí está errado. Acredito que se tiver amor, não tem pecado."
Jéssica Maria Cândido, de 19 anos, tem a mesma opinião dos amigos: "Acho que quando se libera para um tipo de público, tem que liberar para todo mundo." A maioria dos jovens que não quis dar abertamente sua opinião, concordou com os três.
Declaração foi uma 'bomba'
Fábio Machado Oliveira, de 29 anos, integrante do mesmo grupo, discorda. "Devemos orar muito pelo Papa para que volte atrás dessa decisão. Quando vi isso na TV fiquei um pouco constrangido, para mim foi uma bomba", afirmou. Ele diz ser contra o sexo antes do casamento, porque "o sacramento do matrimônio exige castidade".
"A Igreja dá livre arbítrio para cada um escolher seu caminho. Cabe a cada um fazer de acordo com sua consciência. Mas a Igreja é clara quanto à necessidade da castidade", completa Fábio Oliveira.
Durante visita ao Brasil em 2007, o papa disse que a contenção do desejo sexual, entre solteiros e casados, é um caminho para a felicidade. "Deus vos chama a respeitar-vos também no namoro e no noivado, pois a vida conjugal que, por disposição divina, está destinada aos casados é somente fonte de felicidade e paz na medida em que souberdes fazer da castidade, dentro e fora do matrimônio, um baluarte (símbolo) das vossas esperanças futuras", disse num discurso no Estádio do Pacaembu.
saiba mais
• Vaticano amplia autorização para uso de camisinha na prevenção da Aids
• Veja trechos da entrevista do Papa para livro de escritor alemão
• Fala do Papa sobre camisinha não é 'mudança revolucionária', diz Vaticano
• Papa não mudou posição sobre uso de preservativo, diz dom Odilo
Coordenador do grupo de jovens de Santo André, Fágner Silva Santos, 20 anos, que trabalha na Cúria da cidade, diz acreditar que a liberação para alguns casos é um passo importante. "Vamos tentar. Deu certo, deu. Deu errado, deu. É uma tentativa para tornar melhor a vida de alguém. Como católicos não temos que julgar, mas colaborar para a vida deles melhorar. É um passo da Igreja, quem sabe para melhor."
'Banalização'
O estudante de medicina Luiz Roberto Brito Catuta, 22, coordenador de um grupo de jovens de Osasco, diz acreditar que a declaração do papa foi "de acordo com a realidade", mas teme uma "banalização". "O uso do preservativo é importante para redução de doenças. É uma estratégia importante. mas é preciso uma vivência cristã verdadeira. Aprovo a decisão em parte. Liberar o uso do preservativo pode ser enxergado como uma banalização. As comunidades cristãs católicas vão precisar discutir a fundo a sexualidade."
Para ele, a Igreja Católica "vinha negligenciando a questão da sexualidade". "Não sou contra a prática sexual antes do casamento, desde que não seja banalizada. Claro que, é preciso amar de verdade."
Uma das coordenadoras de um grupo de jovens de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, Lúcia Eliza Ferreira da Silva, 22 anos, estuda teologia e filosofia, mas trancou o curso para ter experiência de vida religiosa em uma comunidade. Ela é contra ampliar liberação da camisinha para todos os casos pela mesma razão do jovem de Osasco.
"Eu acho [que a posição do papa] é boa para ajudar a controlar e propagar doenças sexualmente transmissíveis. Mas sou totalmente contra liberar em todos os casos, porque acho que pode banalizar. (...) Eu concordo com o posicionamento da Igreja sempre, mas não porque eles dizem. Eu sempre estudo, reflito, para entender o porquê."
"Todo mundo da Igreja sabe que o jovem, no geral, tem vida sexual ativa, porque a própria sociedade impõe isso. É uma grande coragem da Igreja não abrir mão dessa posição por pressão, só porque se sabe que a situação existe", diz Lúcia, que afirma ser "totalmente contra" o sexo antes do casamento.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Professores Apaixonados - GABRIEL PERISSÉ Paulasevi

A ESCOLA _PAULON FREIRE

COMO ELES NOS VÊEM?

Tenho uma grande curiosidade em saber o que pensam os jovens de hoje sobre nós de uma geração bem antes deles. Se é que pensam se é que tem uma opinião formada. Penso que sim, não podem ser tão alienados a ponto de não saberem que é no nosso passado que está o futuro.
            No meu caso, faço parte da geração sexo, drogas e rock and roll , Quando falo em drogas, são as lícitas e as ilícitas. Minha geração que é anterior a AIDS, portanto, estávamos livres deste mal terrível. E ai abusou de tudo e de todos, mas também somos responsáveis por eventos fantásticos tanto na política (a revolução em Paris, a Guerra do Vietnam, etc.), como nas artes (Beatles, Andy Warrol, Rolling Stones, etc.).
            Aqui no Brasil os jovens foram à luta por um país livre e democrático. Inclusive a presidente do Brasil eleita pelo voto dos brasileiros, lutou para que muitos idiotas pudessem falar o que falam hoje, mas isto é outra história para outro momento. Liberdade esta, que muitas vezes alguns não sabem usá-la e não valorizam aqueles que lutaram e morreram por ela.
            O que será que eles pensam. Por exemplo; das mulheres que amamos, das drogas que consumimos, das besteiras que fizemos da moda. Sim claro das roupas que vestimos (““ a calça boca de sino “““. Que horror”). Dos nossos maravilhoso cabelos compridos. Da minissaia. (Sim, Foi em nossa geração que essa maravilhosa invenção surgiu, através da inglesa Mary Quant).
            O que será que eles pensam do que fizemos com o meio ambiente. Se pensarem o pior, terá com certeza razão, pois destruímos, derrubamos e queimamos doidamente. Como se a natureza fosse eterna e nada a abalasse. Somos sim responsáveis por grande parte dos inúmeros problemas ambientais de terríveis conseqüências para toda a humanidade.
            Só peço que. Quando nos julgarem. Pensem que fomos inconseqüentes, irresponsáveis, imaturos. Ou seja, fomos JOVENS.

PROFº FUMAÇA GENRO
PROGRAMA MÚSICA PURA TODOS OS SÁBADOS DAS 17h30min ÀS 19h30min

FELIZ ANO NOVO _ GUTO BUARQUE

MENSAGM DE FINAL DE ANO_PRIMEIRA MÁO

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Leishmaniose

HPV-QUE BIXO É ESTE

FILHOS BRILHANTES ALUNOS FASCINANTES

Agradecimento

Quero usar este texto para agradecer a todos que acessaram meu blog (WWW.fucalima2010.blogspot.com) desde que iniciou até hoje. Fora mais de 300 acessos o que me deixa plenamente satisfeito e com a responsabilidade aumentada, pois com isto devo ter o máximo de cuidado no que faço para manter e aumentar a qualidade das postagens, sem fugir de dar as minhas opiniões mesmo que essas às vezes contrariem algumas ou muitas pessoas. Um agradecimento pessoal ao professor Odemar Mendes que idealizou o blog e orienta de maneira pacienciosa este burro velho nas diversas etapas que são necessárias para usar este instrumento de maneira correta.
Tenho tentado misturar a questão da música que é o enfoque principal do blog, com algumas postagens sobre a Educação, procurando ajudar meus colegas Profissionais da Educação com textos e indicações de publicações para que eles em minha opinião possam melhorar a qualidade das suas aulas, pode parecer muita pretensão, mas tenham absoluta certeza que quero realmente ajudar a todos, independente de que área atue. “Já publiquei “O professor e o Ciberespaço”, “A superbactéria”, A música brasileira em sala de aula” e pretendo continuar nesta linha.
Quero aproveitar para fazer a indicação de alguns livros que já li. As biografias de Adoniram Barbosa, maravilhosa, assim como a de Wilson Simonal. “1822” um livro sobre a história do Brasil do mesmo autor de “1808” Laurentino Gomes editora Nova Fronteira, contada de maneira simples objetiva e com muito talento, um livro para professores, alunos e para qualquer pessoa que goste de história. Outro na mesma linha é o livro “Uma breve história do Brasil” de Mary Del Priore e Renato Venacio editor Planeta, este livro fala da nossa história; da Colônia ao Império, da República Velha aos Anos de Chumbo e destes à redemocratização e ao momento atual. São os dois imperdíveis para professores da área, mas todos de uma maneira geral.
Em matéria de música os CDs de Maria Bethânia “Amor Festa e Devoção”, e o de Milton Nascimento “E a gente sonhando” são lançamentos maravilhoso como se era de esperar de dois talentos como desses artistas.
Um abraço a todos os blogeiros, aos ouvintes do MÚSICA PURA que continua firma todos os sábados das 17:30 às 19:30 na Rádio parecis 690 AM.
PROFESSOR FUMAÇA GENRO

domingo, 21 de novembro de 2010

O QUE É O CHORINHO? SAIBA MAIS!!!

O Choro, popularmente chamado de chorinho, é um gênero musical, uma música popular e instrumental brasileira, com mais de 130 anos de existência. Os conjuntos que o executam são chamados de regionais e os músicos, compositores ou instrumentistas, são chamados de chorões. Apesar do nome, o gênero é em geral de ritmo agitado e alegre, caracterizado pelo virtuosismo e improviso dos participantes, que precisam ter muito estudo e técnica, ou pleno domínio de seu instrumento. O choro é considerado a primeira música popular urbana típica do Brasil e difícil de ser executado.


O conjunto regional é geralmente formado por um ou mais instrumentos de solo, como flauta, bandolim e cavaquinho, que executam a melodia, o cavaquinho faz o centro do ritmo e um ou mais violões e o violão de 7 cordas formam a base do conjunto, além do pandeiro como marcador de ritmo.

Instrumentos musicais típicos do choro brasileiro:

Violão de 7 cordas, violão, bandolim, flauta, cavaquinho e pandeiro

Surgiu provavelmente em meados de 1870, no Rio de Janeiro, e nesse início era considerado apenas uma forma abrasileirada dos músicos da época tocarem os ritmos estrangeiros, que eram populares naquele tempo, como os europeus xote, valsa e principalmente polca, além dos africanos como o lundu. O flautista Joaquim Calado é considerado um dos criadores do Choro, ou pelo menos um dos principais colaboradores para a fixação do gênero, quando incorporou ao solo de flauta, dois violões e um cavaquinho, que improvisavam livremente em torno da melodia, uma característica do Choro moderno, que recebeu forte influência dos ritmos que no início eram somente interpretados, demorando algumas décadas para ser considerado um gênero musical.


Alguns dos chorões mais conhecidos são Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Valdir Azevedo, Jacob do Bandolim e Pixinguinha.

Marisa mOnte e Conjunto Époda de Ouro

Roberto carlos-quero que tudo mais vá pro inferno

Renato Teixeira-Romaria

sábado, 20 de novembro de 2010

Elis Regina - O Bêbado e a Equilibrista

Paulinho da Viola e marisa Monte_ Carinhoso

Spok Frevo Orquestra - Passo de Anjo

Tom Jobim e Radamés Gnattali - Programa da TV Manchete

Dia da Conciência Negra

MARIO ADNET - CRITICA DAS ELEIÇÕES

Papel Machê

DIA DA CONSCIENCIA NEGRA

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A Música Popular Brasileira em sala de aula-Cristiane de Oliveira Silva Madeira

Estarei colocando a disposição de todos a tese de Cristiane de Oliveira Sila Madeira sobre a Música Brasileira em Sala de aula que penso ser bastante importante para professores em especial de Língua Portuguesa, mas para todos de uma maneira geral. O texto é longo mas merece toda a atenção dos profissionais da Educação

Currículo da autora:
Formação acadêmica em Letras Inglês-Português, pós-graduada em Língua
Portuguesa e Literatura e em Metodologia do Ensino de 1º e 2º Graus, professora
estatutária de Língua Portuguesa e de Língua Inglesa.
E-mail:
cosmadeira@gmail.com
Resumo
O presente artigo aborda a música popular brasileira (MPB) como um veículo
deveras eficaz para atrair a atenção dos educandos para as aulas de Língua
Portuguesa, possibilitando-lhes reflexão, diálogo e interação. Um dos objetivos do
presente trabalho é levar nossa MPB até a sala de aula por meio de temas
instigantes, tais como a ditadura, a mulher na sociedade e a fome, informando,
discutindo questões sociais e ainda servindo como pretexto para a aprendizagem
descontraída de nossa língua nos diferentes contextos em que ela se apresenta. É,
também, a partir das temáticas apresentadas nas músicas, que há a possibilidade
de se explorar a comunicação oral e escrita dos alunos e enriquecer, sobretudo, a
visão do mundo em que vivem
A sala de aula constitui um grande desafio para qualquer professor na
atualidade. Levar o aluno à reflexão, possuir maior domínio da língua materna,
despertar sua criticidade são realmente processos complexos, que devem ser
encaminhados de forma agradável e produtiva.
Assim, como proposta de intervenção em sala de aula do Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE) do Estado do Paraná, escolhi a música
popular brasileira para desenvolver meu projeto numa 8ª série do Ensino
Fundamental, uma vez que acredito ser um gênero discursivo capaz de informar,
trazer questionamentos sobre nossa sociedade, além de facilitar o entendimento
lingüístico e despertar o interesse por diferentes gêneros textuais e pelo
conhecimento de nossa língua.
1. A Música
É muito difícil definir o que seja música. Inúmeros estudiosos e
pesquisadores têm investigado o significado da arte musical, chegando a
conclusões nem sempre unânimes.
A música pode ser considerada a arte mestra das artes: é um encantamento
para o espírito e uma doçura para os ouvidos; alegra os tristes e satisfaz os ávidos;
confunde os invejosos e reconforta os aflitos; faz cochilar os acordados e acordar
os adormecidos.
Pode-se dizer que a música, por estar tão estreitamente vinculada às
emoções e ao mundo pré-verbal, constitui uma linguagem privilegiada, através da
qual os seres humanos se comunicam entre si.
De fato, desde sempre vivemos num mundo essencialmente sonoro. Já
na vida pré-natal a audição supera largamente qualquer dos outros
sentidos. A voz da mãe direciona o mundo emocional do bebê, e o bater
do coração materno é o primeiro ritmo que vivemos intensamente. Claro
que, nos primeiros tempos de vida, não entendemos nem nos interessa o
significado das palavras. No entanto, conseguimos responder de forma
eficaz aos estímulos sonoros de que somos alvo, pois desde sempre
3
somos sensíveis a variações sonoras. É crucial que consigamos entender
pequenas variações no humor da mãe, por exemplo. Assim sendo, não
respondemos ao conteúdo semântico do som, mas sim a vários
componentes como a intensidade, duração, ritmo, timbre e tom. Estes
estão mais próximos de uma comunicação pura do que o conteúdo
semântico das palavras, um código que foi construído pelo Homem em
cima da pureza do som. A origem da linguagem musical explica a sua
universalidade, a sua capacidade de atravessar barreiras lingüísticas. Não
temos dificuldades em perceber o sentimento de uma música
independentemente do seu estilo ou país de origem, quer nos seja familiar
ou não, pois toda a música preenche este requisito básico de focar ritmo e
princípios do ser humano que estão presentes ao nível mais primário.
(
http://naodigonada.blogspot.com)
A música é uma linguagem universal, mas com muitos dialetos, que variam
de cultura para cultura, envolvendo a maneira de tocar, de cantar e de organizar os
sons. Dessa forma, a linguagem musical torna-se única à medida em que ela
demonstra a cultura específica de cada povo. Essas diferentes expressividades,
suas dimensões sonoras, os domínios das culturas que ocorrem fora dos sons
musicais estão, mesmo que de forma sucinta, exemplificados a seguir:
O samba surgiu da mistura de estilos musicais de origem africana e
brasileira. É tocado com instrumentos de percussão (tambores, surdos) e
acompanhado por violão e cavaquinho. Geralmente, as letras de sambas contam a
vida e o cotidiano de quem mora nas cidades, com destaque para as populações
pobres. O termo samba é de origem africana e tem seu significado ligado às danças
típicas tribais do continente.
As raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil
Colonial, com a chegada da mão-de-obra escrava em nosso país.
Tempos depois, tomou as ruas e espalhou-se pelos carnavais do Brasil.
Brasil – Samba
A palavra fado vem do latim
teria surgido provavelmente na primeira metade do século XIX.
É um estilo musical, geralmente cantado por uma só pessoa (fadista) e
acompanhado por guitarra clássica (nos meios fadistas denominada viola) e
guitarra portuguesa.
Fado – Portugalfatum, ou seja, “destino”. De origem obscura,
4
Uma explicação popular para a origem do fado de Lisboa remete para os
cânticos Mouros, que permaneceram no bairro de Mouraria, na cidade de Lisboa
após a reconquista Cristã. A dolência e a melancolia, tão comuns no fado, teriam
sido herdadas daqueles cantos.
Mais plausivelmente, a origem do fado parece despontar da imensa
popularidade nos séculos XVIII e XIX da Modinha e da sua síntese popular com
outros gêneros afins, como o Lundu, no então rico caldo de culturas presentes em
Lisboa.
Os temas mais cantados nesse tipo de melodia são a saudade, a nostalgia, o
ciúme, as pequenas histórias do cotidiano dos bairros e as lides de touros.
O reggae é um estilo de música, da década de 60, do século XX. O nome
reggae surgiu por causa do som que faz na guitarra. O “re” seria o movimento para
baixo e o “gae” o movimento para cima.
Trata de vários assuntos, como o amor, o sexo e principalmente a crítica social,
cantando a desigualdade, o preconceito, a fome e incentivando o povo a se
mobilizar contra seus problemas.
Reggae – Jamaica
Originariamente, o tango nasceu no final do século XIX, de uma mistura de
vários ritmos provenientes dos subúrbios de Buenos Aires.
A melodia provinha de flauta, violino e violão, sendo que a flauta foi
posteriormente substituída pelo “bandoneón” (espécie de sanfona). Os imigrantes
acrescentaram ainda todo o seu ar nostálgico e melancólico e, desse modo, o tango
foi se desenvolvendo e adquirindo um sabor único, uma vez que é o ritmo dos
corpos entrelaçados e do desejo.
Hoje em dia, o tango vive não como fenômeno de massas que o engendrou,
mas como elemento identificatório da alma portenha.
São exemplos de países e sua música que, de alguma maneira, apesar de
suas modalidades regionais, de suas marcas próprias, de seu modo particular de
cantar conseguiram transcender seus limites locais e revelaram a universalidade da
linguagem musical.
Tango _ Argentina
5
2. A Música e a Sociedade
Desde o Egito Antigo encontramos registros musicais. Para os egípcios, a
música estava relacionada ao culto de divindades. Já para os chineses, ao invés da
sua utilização para fins rituais, ela tinha como finalidade a influência na formação
ética do indivíduo, em especial do caráter (Beyer, 1993). Portanto, mesmo nessas
épocas remotas, a música já possuía importante função social. Acreditava-se em
seu poder na inserção do indivíduo a sua cultura.
Percebe-se, então, que o contato com a arte musical foi valorizado nas mais
variadas culturas a fim de retratá-las e valorizá-las.
Um exemplo típico mais recente de música como uma forma de retrato social
esteve presente no período de ditadura militar no Brasil, uma época de repressão e
resistência. Muitos compositores brasileiros daquela época utilizaram essa forma
artística como meio de tornar públicas suas discordâncias políticas e sociais. Com
o golpe militar de 1964, a subida dos militares ao poder e a conseqüente
instauração da censura, muitos artistas que continuaram explicitando através de
suas canções idéias que contrariavam o regime foram perseguidos. Exemplo
bastante conhecido disso podemos ver em Geraldo Vandré e sua música “Pra não
dizer que não falei de flores”, na qual questiona os valores considerados
importantes pelos militares, como a disciplina e a obediência, e prega outros, como
a igualdade entre as pessoas.
Por mais que o tempo passe, a música sempre servirá como relevante
instrumento de denúncia social e estará presente nos momentos mais importantes
da vida de uma pessoa: formaturas, solenidades, aniversários, batizados,
comemorações. Continuaremos ouvindo música de fundo em salas de espera, em
aeroportos, em carros, em lojas e até mesmo em ambientes de trabalho.
Apreciar música implica em trazer à tona nossa sensibilidade, encantamento,
alegrias e tristezas, pois as pessoas cantam, dançam ou mesmo escutam-na como
uma forma de identificação, desabafo ou espanto de seus males.
6
3. A Música Popular Brasileira
Todo povo tem sua história musical. A nossa é muito rica, pois a música
popular se desenvolveu sob a influência das três raças – a negra, a branca e a
indígena - , que, ao interagirem, criaram novos paradigmas musicais.
Segundo definição proposta pela representação brasileira ao Congresso
Internacional de Folclore reunido em São Paulo, em 1954, Música Popular
Brasileira “é a que, sendo composta por autor conhecido, se difunde e é usada,
com maior ou menor amplitude, por todas as camadas de uma coletividade”.
Acrescenta a definição, de autoria de Oneyda Alvarenga: ”... essa música usa os
recursos mais simples, ou mesmo rudimentares, da teoria e técnica musicais
cultas”.
O cancioneiro popular tem o seu nascimento, difusão e uso geralmente
condicionados às modas, tanto nacionais quanto internacionais. É por isso que
revela, ao mesmo tempo, um grau de permeabilidade e mobilidade que a tornam
campo permanentemente aberto às mais variadas influências. Possui um certo
lastro de acordo com as tendências musicais mais espontâneas, profundas e
características da coletividade, o que lhe confere a capacidade virtual de folclorizarse.
Resulta de intenso processo de miscigenação, de mistura, apresentando, dessa
forma, muita riqueza cultural e permitindo reflexão sobre as diversidades e
problemas sociais existentes em nosso país.
4. A música e a criança
A receptividade à música é um fenômeno corporal.
Ao nascer, a criança entra em contato com o universo sonoro que a cerca:
sons produzidos pelos seres vivos e pelos objetos. Sua relação com a música é
imediata, através do acalanto da mãe e do canto de outras pessoas, ou ainda
através dos aparelhos sonoros de sua casa.
As crianças gostam de acompanhar as músicas com movimentos do corpo,
tais como palmas, sapateados, danças, volteios de cabeça. É a partir dessa relação
entre o gesto e o som que a criança constrói seu conhecimento sobre música,
7
percorrendo o mesmo caminho do homem primitivo na exploração e na descoberta
dos sons.
Ao entrar em contato com os objetos, ela rapidamente começa a interagir
com o mundo sonoro, que é o embrião da música, e, nessa medida, qualquer objeto
que produz ruído torna-se para ela um instrumento musical capaz de prender sua
atenção por muito tempo.
Música é linguagem. Assim, deve-se seguir, em relação à música, o mesmo
processo de desenvolvimento que se adota quanto à linguagem falada, ou seja,
deve-se expor a criança à linguagem musical e dialogar com ela sobre e por meio
da música. Ao adulto caberá compreender em que medida a música constitui uma
possibilidade expressiva privilegiada para a criança, uma vez que atinge
diretamente sua sensibilidade afetiva e sensorial.
5. A música em sala de aula
O papel que queremos que nossos educandos venham a assumir na
sociedade está diretamente vinculado ao tipo de educação que oferecemos.
Alunos desinteressados, com pouca concentração e baixo
comprometimento, que apresentam superficialidade em suas relações com o
ensino-aprendizagem precisam ser incitados a experimentar novas formas de
apreensão, proporcionando maior abertura para o diálogo, aliando experiências e
vivências com as possibilidades do encontro com o novo.
E a música pode contribuir para que esses alunos interajam com seu mundo
e com seus semelhantes, expressando seus sentimentos e demonstrando a forma
como percebem nossa sociedade.
A canção popular é uma espécie de êxtase verbal a partir da qual se pode
assumir o prazer da diversão com as palavras, com os sons, com as assonâncias,
consonâncias, dissonâncias e com as rimas. É a linguagem em liberdade.
É algo que se compreende (ou que se intui) facilmente e que se retém na
memória.
Cabe ao educador planejar atividades que envolvam músicas de diferentes
épocas, de diferentes formas, de diferentes compositores, a fim de tornar seu
trabalho criativo, despertando a motivação dos educandos, imaginando
8
possibilidades de aprendizado relacionadas com a descoberta e com a criação de
novas formas de expressão através da música.
Assim, levar música até as aulas de Língua Portuguesa, proporciona aos
alunos a chance de interagir com diversas variantes sem atitude preconceituosa,
oportunizando discussão das diferenças culturais a partir dos usos lingüísticos de
nossa MPB. Segundo Silva (2004) “Trabalhar com textos de tipologia diversa e
produzidos por diferentes setores da cultura nacional significa, em última análise,
dar ao aluno meios e instrumentos para uma leitura plural do mundo.”
Partindo da música, possibilita-se a aquisição do domínio da norma
gramatical, a riqueza lexical e a compreensão de textos, além do desenvolvimento
da competência para a escolha das palavras na produção textual.
Há também um maior desenvolvimento da argumentação e criticidade, o que
leva nossos educandos a atingirem uma das mais relevantes metas do ensino
atualmente, que é a melhor compreensão de nossa sociedade a fim de nela
atuarem positivamente.
6. A música nos livros didáticos
Na década de 90 do século XX, observou-se uma grande mudança na
estrutura de alguns livros didáticos de Língua Portuguesa, que deixaram de
obedecer à estrutura - textos, gramática e redação para trazer gramática e redação
contextualizadas. Nesse processo, as músicas foram aparecendo gradativamente.
Como exemplo, podemos citar o livro “Interação e Transformação”, de
Cleuza Vilas Boas Bourgogne e Lílian Santos Silva, da 8ª série, Editora do Brasil, o
qual apresenta as seguintes músicas: “Miséria”; “Comida”; ”Brasil”; “Baioque”; “Asa
Branca”; “Ideologia”. Seu intuito é “dinamizar as ações educacionais e melhorar as
interações professor, aluno e objeto do conhecimento” (SILVA, BERTOLIN e
OLIVEIRA,1999, p.3). Muitas dessas músicas são usadas para o ensino de
Literatura na 8ª série, já que estão repletas de figuras de linguagem. Além de
enriquecerem os temas propostos nos capítulos, as canções aparecem como
incentivo para a interpretação de texto, estudo gramatical e literário, para reflexões
de problemas sociais (desigualdade social, discriminação, preconceito).
9
Numa postura teórica, Bakhtin (2000) defende a língua como atividade
social, histórica e cognitiva, como instrumento de ação e intervenção sobre o
mundo, e não apenas como forma de representação e descrição desse mundo.
Positivamente, nossos livros estão cada vez mais ampliando sua qualidade
(apesar de ainda restarem alguns convivendo com práticas tradicionais, repetitivas,
sem qualquer oportunidade de despertarem criticidade e criatividade). Felizmente a
maioria deles vêm se adaptando à idéia de um ensino mais significativo ao aluno,
que dê margem à discussão de temas cotidianos, exercitando a autonomia dos
educadores e educandos.
7. A música como gênero discursivo
Toda canção é um gênero discursivo, que é uma forma de enunciado
produzido historicamente e realizado de maneira diversa mediante o interesse,
intencionalidade e finalidade do ser humano. Assim, atua como instrumento
dinâmico de ação criativa fundamental para a socialização, pois por meio dele os
indivíduos se inserem nas mais diversas atividades comunicativas e se capacitam a
interagir com o mundo.
Como gênero discursivo lítero-musical, produto do domínio artístico, a
canção é um gênero híbrido, resultante da combinação das linguagens verbal (a
letra) e musical (ritmo e melodia). Mesmo sendo sonoro o seu meio de produção e
veiculação, muitas vezes as letras materializam-se na escrita, o que facilita a sua
percepção.
Ela possui regularidades – geralmente apresenta-se em forma de poesia,
pois estrutura-se em estrofes com versos, possui métrica (muitas vezes regular),
figuras de linguagem, rimas; explora a sonoridade, o ritmo, e evoca o lirismo, com a
enunciação de sentimentos subjetivos, mas pode também apresentar-se como uma
narrativa, contando uma história ou fato.
A vivência das situações de comunicação e o contato com os diferentes
gêneros que surgem na vida cotidiana exercitam a competência lingüística do
falante/ouvinte produtor de enunciados, que sempre busca entender e ser
entendido.
A conexão entre o texto e a prática social é vista como mediada pela
prática discursiva: de um lado, os processos de produção e interpretação
10
são formados pela natureza da prática social, ajudando também a formála
e, por outro lado, o processo de produção forma (e deixa vestígios) no
texto, e o processo interpretativo opera sobre pistas no texto. (Fairclough,
2001, p. 35-36)
A música configura-se como um discurso que interage com textos de outras
ordens discursivas (intertextualidade), chegando ao emissor e influenciando-o na
produção de seus próprios discursos.
Tal qual gênero do discurso apresenta-se como um elemento capaz de
informar, expor ou explicitar as ações humanas, suas histórias, existências,
angústias e necessidades.
Possui também implícita e explicitamente o questionamento sobre valores
comuns a toda a humanidade, os quais devem ser trabalhados através da prática
em sala de aula , objetivando a ampliação da criticidade dos alunos a partir de cada
uma das temáticas abordadas.
8. Proposta de Implementação na Escola
O Projeto Folhas, aplicado em uma 8ª série do Ensino Fundamental, versou
sobre o tema “A música popular brasileira e sua função social” e objetivou levar o
aluno a ampliar sua capacidade de reflexão e interpretação de texto; desenvolver o
espírito de mobilização e participação social; adquirir maior fluência oral e escrita e
ser capaz de produzir diferentes gêneros textuais.
Os recursos utilizados foram letras ou trechos de músicas de nossa MPB.,
aparelho de som, conversação, debate e, como atividades escritas, interpretação,
análise lingüística, proposta de pesquisa acerca dos temas apresentados (ditadura,
a mulher na sociedade e fome), além de diferentes produções textuais.
O projeto foi viabilizado de maneira descontraída e interativa, buscando levar
os educandos a interessarem-se mais pelas aulas de Língua Portuguesa e, dessa
forma, atingirem um melhor desempenho nesta disciplina.
11
9. Considerações Finais
Visando despertar o interesse e melhorar a aprendizagem nas aulas de
Língua Portuguesa, o projeto desenvolvido sobre música popular brasileira foi
bastante satisfatório, uma vez que se constatou maior interesse e participação por
parte dos alunos.
De maneira simples e interativa, eles engajaram-se nas discussões
propostas (uns de forma mais veemente; outros de maneira mais sutil) e a maioria
atingiu o objetivo de ampliar conhecimentos sobre a língua materna e nossa
sociedade.
Houve muitos debates, comentários, questionamentos, argumentos, até
chegarmos aos estudos lingüísticos e produções textuais.
Percebeu-se bastante curiosidade por parte dos alunos sobre o tema
“Ditadura Militar”, pois a maior parte deles engajou-se em pesquisas e entrevistas
com pessoas que viveram na época e houve inúmeras oportunidades de
questionamentos e debates acerca do assunto em sala de aula.
Quanto ao tema ”A mulher na sociedade”, a participação foi maior que a
esperada, uma vez que todos os alunos discutiram e argumentaram suas idéias
(muitas vezes as alunas compartilhando visões bastante machistas), causando
polêmica, mas criando um clima de bastante interação e valiosas trocas de idéias.
O tema “Fome” também foi muito discutido, levando todos a perceberem
nosso grande abismo social e fazendo com que muitos alunos apresentassem
propostas para um país mais igualitário.
Dessa forma, acredito que o projeto tornou-se bastante produtivo e viável em
relação aos objetivos propostos.
O Cancioneiro Popular Brasileiro pode servir de inspiração para novos
projetos que tenham como base a MPB. A temática é ampla e, com certeza, há
inúmeros tópicos que podem servir de exercício escolar para que os alunos
possam, através da música, perceber e entender as diferentes percepções do
mundo presentes nas nossas canções.
12
9. Referências
BAKHTIN, Mikhail.
BEYER, Esther.
BOURGOGNE, Cleuza Vilas Boas; SILVA, Lilian Santos.
Transformação
CANTELE, Bruna Renata; LEONARDI, Ângela Cantele.
São Paulo: IBEP, 1999.
INTERNET, site
INTERNET, site
18/11/2008)
INTERNET, site
INTERNET, site
INTERNET, site
FAIRCLOUGH, Norman.
JEANDOT, Nicole.
Scipione, 1993.
LOUREIRO, Alícia Maria Almeida.
Campinas, São Paulo: Papirus, 2003.
MARIZ, Vasco.
SILVA, A. S.; BERTOLIN, R.; OLIVEIRA, T.A.
Novo Tempo. São Paulo: IBEP,1999.
VANOYE, Francis.
Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.Idéias para a educação musical. Porto Alegre: Mediação, 1999.Interação e; Língua Portuguesa, 8ª série. São Paulo: Editora do Brasil, 1996.Arte: linguagem visual.http://naodigonada.blogspot.com. (acessado em 23/07/2008)http://www. Mibsasquerido.com.ar/Tango1.htm (acessado emhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Reggae (acessado em 18/11/2008)http://pt.wikipedia.org/wiki/Reggae (acessado em 18/11/2008)http://www.suapesquisa.com/samba/ (acessado em 18/11/2008)Discurso e mudança social. Brasília: UNB, 2001.Explorando o universo da música. São Paulo: EditoraO ensino da música na escola fundamental.A canção brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1977.Tecendo textos. 8ª série. ColeçãoUsos da linguagem . São Paulo: Martins Fontes, 2003..
Introdução
:

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Aprendendo a beber

                                                                                
                                                                                
  Você vai ao bar e bebe uma cerveja. Bebe a segunda cerveja. A terceira e assim
por diante.                                                                    
                                                                                
                                                                                
  O teu estomago manda uma mensagem pro teu cérebro dizendo "caracas véi... o   
cara tá bebendo muito liquido, tô cheião!!!"                                   
                                                                                
                                                                                
  Teu estômago e teu cérebro não distinguem que tipo de liquido está sendo      
ingerido, ele sabe apenas que "é líquido".                                     
                                                                                
                                                                                
  Quando o cérebro recebe essa mensagem ele diz: "Caracas, o cara tá maluco!!!" 
E manda a seguinte mensagem para os Rins "Meu, filtra o máximo de sangue que tu
puderes, o cara aí tá maluco e tá bebendo muito líquido, vamo botar isso tudo  
pra fora" e o RIM começa a fazer até hora-extra e filtra muito sangue e enche  
rápido.                                                                        
                                                                                
                                                                                
  Daí vem a primeira corrida ao banheiro. Se vc notar, esse 1º xixi é com a cor 
normal, meio amarelado, porque além de água, vêm as impurezas do sangue.       
                                                                                
                                                                                
  O RIM aliviou a vida do estômago, mas você continua bebendo e o estomago manda
outra mensagem pro CÉREBRO "Cara, ele não pára, socorro!" e o CEREBRO manda    
outra mensagem pro RIM "Véi, estica a baladeira, manda ver aí na filtragem!!!" 
                                                                                
                                                                                
  O RIM filtra feito um louco, só que agora, o que ele expulsa não é o alcool,  
ele manda pra bexiga apenas ÁGUA (o líquido precioso do corpo). Por isso que as
mijadas seguintes são transparentes, porque é água.                            
                                                                                
                                                                                
  E quanto mais você continua bebendo, mais o organismo joga água pra fora e o  
teor de alcool no organismo aumenta e você fica mais "bunitim”.                
                                                                                
                                                                                
  Chega uma hora que você tá com o teor alcoólico tão alto que seu CEREBRO      
desliga você. Essa é a hora que você desmaia... dorme... capota... resumindo:  
essa é a hora que o teu não tem dono!                                          
                                                                                
                                                                                
  Ele faz isso porque pensa "Meu, o cara tá a fim de se matar, tá bebendo veneno
pro corpo, vou apagar esse doido pra ver se assim ele pára de beber e a gente  
tenta expulsar esse álcool do corpo dele"                                      
                                                                                
                                                                                
  Enquanto você está lá, apagado (sem dono), o CÉREBRO dá a seguinte ordem pro  
sangue "Bicho, apaguei o cara, agora a gente tem que tirar esse veneno do corpo
dele. O plano é o seguinte, como a gente está com o nível de água muito baixo, 
passa em todos os órgãos e tira a água deles e assim a gente consegue jogar    
esse veneno fora". O SANGUE é como se fosse o Boy do corpo. E como um bom Boy, 
ele obedece às ordens direitinho e por isso começa a retirar água de todos os  
órgãos. Como o CEREBRO é constituído de 75% de água, ele é o que mais sofre com
essa "ordem" e daí vem a terrível dor de cabeça da ressaca.                    
                                                                                
                                                                                
  Então, sei que na hora a gente nem pensa nisso, mas quando forem beber, bebam 
de meia em meia hora um copo dágua, porque na medida que você mija, já repõe a 
água.                                                                          
                                                                                
                                                                                
  (Texto retirado do “O bar do Zé)”.                                            
                                                                                
                                                                                
                                                                     

Raul Seixas-Ouro de tolo

<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/cn0S56WPkjQ?fs=1&amp;hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/cn0S56WPkjQ?fs=1&amp;hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>

Frank Sinatra- Fly me too the moon

http://www.youtube.com/watch?v=5C5twY6f-rU

Folha Explica a MPB, de Roberto Carlos a Skank; leia trecho

"A música popular brasileira é também uma de nossas reservas mais ricas de afeto, humor, sabedoria." - Arthur Nestrovski - Música Popular Brasileira Hoje
O volume 50 da série "Folha Explica" é voltado para as vozes que cantam, explicam e justificam o Brasil, segundo a definição do organizador do título, Arthur Nestrovski.

Divulgação
Coletânea de 99 textos analisa 99 representantes da música brasileira
Coletânea de 99 textos analisa 99 representantes da música brasileira

"Música Popular Brasileira Hoje" é uma antologia com 99 ensaios sobre 99 representantes da música popular produzida atualmente no país. De Adriana Calcanhoto a Zizi Possi, escritores, críticos musicais e jornalistas traçam um panorama atualizado de um dos maiores patrimônios da cultura brasileira. Leia a introdução do título no trecho abaixo.
Entre os nomes que aparecem no livro estão Chico Buarque analisado pela psicanalista Maria Rita Kehl, Cássia Eller pelo jornalista Sérgio Dávila, Fernanda Abreu por Mônica Waldvogel, João Bosco pelo escritor Moacyr Scliar, Maria Bethânia pela escritora Lya Luft, Bebel Gilberto pelo jornalista Alcino Leite Neto, Sepultura pelo jornalista Lúcio Ribeiro, Rita Lee pelo escritor Milton Hatoum e Zeca Pagodinho por Xico Sá.
Há ainda Roberto Carlos, Skank, Titãs, Ney Matogrosso, Nação Zumbi, Paulinho da Viola, Gal Costa, Lulu Santos, Marisa Monte, entre outros.
Arthur Nestrovski é articulista da Folha, em que escreve sobre literatura e música desde 1992. Autor de "Ironias da Modernidade" (Ática, 1996) e "Notas Musicais" (Publifolha, 2000), e organizador também de "Aquela Canção" (Publifolha, 2005), entre outros livros.
Leia abaixo a introdução do livro:
*
Na Zoeira da Banguela
Uma das autoras deste livro, Maria Rita Kehl, costuma dizer que tem dupla cidadania: a brasileira e a da música popular brasileira. A frase multiplica-se em mil ecos, ressoando pelas cavernas da consciência da maioria de nós --de todos nós que, pelos motivos mais variados, e com a devida dose de ambivalência, nos descrevemos como "brasileiros". Vivemos diariamente em dois países: alguns minutos com intensidade, com imaginação, com despregamento, na música popular brasileira; o resto, no outro.
Esses dois países têm quase tudo em comum; mas o primeiro transcende o segundo, fazendo dele um ponto de partida para a construção da nossa república das letras, que é também das melodias, e explica o que o outro não sabe ouvir, em tons impossíveis de não ouvir. "Na zoeira da banguela" (como diz Lenine), "despencando da ladeira", quem não escuta essa "alma brasileira"?1
E quem não sente o peso das aspas, maior ou menor segundo o grau de ironia do artista? E quem de nós pode deixar de aplicar, então, o melhor remédio do mundo para aspas?
Por tudo isso, não haveria tema melhor para comemorar a chegada ao volume 50 desta série, autodefinida como uma enciclopédia (para sempre em construção) de assuntos de todas as áreas, explicados "num contexto brasileiro". E mais, "uma enciclopédia de vozes também: as vozes que pensam, hoje, temas de todo o mundo [?] neste momento do Brasil". Nada mais justo que as vozes se voltem, agora, para as vozes que cantam --que explicam-- que justificam o Brasil.
É bom esclarecer logo que o livro não é uma enciclopédia2, nem tem pretensão de definir um cânone da música popular brasileira hoje. Trata-se, menos sistematicamente, de uma antologia de 99 comentários, sobre 99 nomes da nossa música.3 Na soma de assuntos, cria-se um panorama do cenário atual; mas o livro deixa de fora dezenas de compositores, cantores e instrumentistas que estariam aqui se o limite de tamanho fosse outro.
Na maior parte dos casos, a escolha dos nomes partiu dos próprios autores. Exceto quando houve múltipla solicitação. Muita gente, por exemplo, pediu para escrever sobre Chico (a Rita levou). Em nome da soberania nacional, Nuno Ramos protestou contra a entrega de Caymmi a Lorenzo Mammì: "autor de um ensaio definitivo sobre João Gilberto, autor também de uma introdução antológica sobre Tom Jobim --e agora Caymmi?!" Mas quem poderia reclamar de escrever sobre Paulinho da Viola? (Nuno certamente não reclamou.) Pedro Alexandre Sanches perdeu, com isso, a oportunidade de escrever sobre Paulinho; mas quem poderia reclamar de escrever sobre Lenine? (Pedro certamente não.) O que tirou as chances de Maria Rita escrever sobre Lenine, mas essa não pode mais reclamar de nada.
"Quando penso no futuro, não esqueço meu passado", dizia o pai de Paulinho da Viola4. Os textos a seguir não contrariam a frase; mas, em boa medida, a invertem. Pensam no passado sem esquecer o futuro. Quer dizer: voltam-se para o que foi feito e procuram, a partir disso, imaginar caminhos para nossa música.
Num tempo não muito distante --"página infeliz da nossa história/ passagem desbotada na memória/ das nossas novas gerações"5--, a música popular foi uma reserva de resistência, em plena derrocada do humano. De lá para cá, as coisas mudaram muito; nem por isso as canções deixam de guardar seu sentido mais aberto e corajoso, perpetuamente relevante. A música popular brasileira é também uma de nossas reservas mais ricas de afeto, humor, sabedoria. E as coisas mudaram para melhor, sem dúvida, de 1964 para cá; mas ninguém pode dizer que já está bom.
Entre os direitos inalienáveis que deveriam ser de todos nós, como diziam Jefferson e Adams há mais de dois séculos, estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade. A vida é essa; a liberdade (pelo menos jurídica) existe. Já a busca da felicidade, no Brasil? como a felicidade é difícil. Por outro lado, existe a música popular brasileira.
1 "Jack Soul Brasileiro", em Na Pressão (1999).
2 Mesmo porque já existe a Enciclopédia da Música Brasileira - Erudita, Folclórica e Popular (São Paulo: Art Editora/Publifolha, 3a ed., 2000), com seus filhotes (Erudita, Popular, Sertaneja e Samba e Choro).
3 Por que 99? Para evitar a ilusão de completude do 100. A vaga que resta deixa um espaço aberto para todos os músicos que acabaram não entrando: de Luiz Melodia a Martinho da Vila, de Elton Medeiros a Joyce, Virgínia Rodrigues, Zélia Duncan - cada leitor saberá preenchê-la com algum nome injustiçado. Cabe salientar que um dos critérios para inclusão no livro era que fossem artistas vivos (com a triste exceção de Cássia Eller, que morreu em dezembro de 2001, quando o trabalho já estava em andamento).
4 "Dança da Solidão" em Dança da Solidão (1972). Vale lembrar que "meu pai", no caso, é um músico e tanto: César Faria, violonista do conjunto Época de Ouro.
5 "Vai Passar" (Francis Hime-Chico Buarque), em Chico ao Vivo (1999).
*

História da MPB - Música Popular Brasileira

Podemos dizer que a MPB surgiu ainda no período colonial brasileiro, a partir da mistura de vários estilos. Entre os séculos XVI e XVIII, misturou-se em nossa terra, as cantigas populares, os sons de origem africana, fanfarras militares, músicas religiosas e músicas eruditas européias. Também contribuíram, neste caldeirão musical, os indígenas com seus típicos cantos e sons tribais.
Nos séculos XVIII e XIX, destacavam-se nas cidades, que estavam se desenvolvendo e aumentando demograficamente, dois ritmos musicais que marcaram a história da MPB: o lundu e a modinha. O lundu, de origem africana, possuía um forte caráter sensual e uma batida rítmica dançante. Já a modinha, de origem portuguesa, trazia a melancolia e falava de amor numa batida calma e erudita.
Na segunda metade do século XIX, surge o Choro ou Chorinho, a partir da mistura do lundu, da modinha e da dança de salão européia. Em 1899, a cantora Chiquinha Gonzaga compõe a música Abre Alas, uma das mais conhecidas marchinhas carnavalescas da história.
Já no início do século XX começam a surgir as bases do que seria o samba. Dos morros e dos cortiços do Rio de Janeiro, começam a se misturar os batuques e rodas de capoeira com os pagodes e as batidas em homenagem aos orixás. O carnaval começa a tomar forma com a participação, principalmente de mulatos e negros ex-escravos. O ano de 1917 é um marco, pois Ernesto dos Santos, o Donga, compõe o primeiro samba que se tem notícia : Pelo Telefone. Neste mesmo ano, aparece a primeira gravação de Pixinguinha, importante cantor e compositor da MPB do início do século XIX.
Com o crescimento e popularização do rádio nas décadas de 1920 e 1930, a música popular brasileira cresce ainda mais. Nesta época inicial do rádio brasileiro, destacam-se os seguintes cantores e compositores : Ary Barroso, Lamartine Babo (criador de O teu cabelo não nega), Dorival Caymmi, Lupicínio Rodrigues e Noel Rosa. Surgem também os grandes intérpretes da música popular brasileira : Carmen Miranda, Mário Reis e Francisco Alves.
Na década de 1940 destaca-se, no cenário musical brasileiro, Luis Gonzaga, o "rei do Baião". Falando do cenário da seca nordestina, Luis Gonzaga faz sucesso com músicas como, por exemplo, Asa Branca e Assum Preto.
Enquanto o baião continuava a fazer sucesso com Luis Gonzaga e com os novos sucessos de Jackson do Pandeiro e Alvarenga e Ranchinho, ganhava corpo um novo estilo musical: o samba-canção. Com um ritmo mais calmo e orquestrado, as canções falavam  principalmente de amor. Destacam-se neste contexto musical : Dolores Duran, Antônio Maria, Marlene, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Angela Maria e Caubi Peixoto.
Em fins dos anos 50 (década de 1950), surge a Bossa Nova, um estilo sofisticado e suave. Destaca-se Elizeth Cardoso, Tom Jobim e João Gilberto. A Bossa Nova leva as belezas brasileiras para o exterior, fazendo grande sucesso, principalmente nos Estados Unidos.
A televisão começou a se popularizar em meados da década de 1960, influenciando na música. Nesta época, a TV Record organizou o Festival de Música Popular Brasileira. Nestes festivais são lançados Milton Nascimento, Elis Regina, Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso e Edu Lobo. Neste mesmo período, a TV Record lança o programa musical Jovem Guarda, onde despontam os cantores Roberto Carlos e Erasmo Carlos e a cantora Wanderléa.
Na década de 1970, vários músicos começam a fazer sucesso nos quatro cantos do país. Nara Leão grava músicas de Cartola e Nelson do Cavaquinho. Vindas da Bahia, Gal Costa e Maria Bethânia fazem sucesso nas grandes cidades. O mesmo acontece com DJavan (vindo de Alagoas), Fafá de Belém (vinda do Pará), Clara Nunes (de Minas Gerais), Belchior e Fagner ( ambos do Ceará), Alceu Valença (de Pernambuco) e Elba Ramalho (da Paraíba). No cenário do rock brasileiro destacam-se Raul Seixas e Rita Lee. No cenário funk aparecem Tim Maia e Jorge Ben Jor.
Nas décadas de 1980 e 1990 começam a fazer sucesso novos estilos musicais, que recebiam fortes influências do exterior. São as décadas do rock, do punk e da new wave. O show Rock in Rio, do início dos anos 80, serviu para impulsionar o rock nacional.Com uma temática fortemente urbana e tratando de temas sociais, juvenis e amorosos, surgem várias bandas musicais. É deste período o grupo Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Titãs, Kid Abelha, RPM, Plebe Rude, Ultraje a Rigor, Capital Inicial, Engenheiros do Hawaii, Ira! e Barão Vermelho. Também fazem sucesso: Cazuza, Rita Lee, Lulu Santos, Marina Lima, Lobão, Cássia Eller, Zeca Pagodinho e Raul Seixas.
Os anos 90 também são marcados pelo crescimento e sucesso da música sertaneja ou country. Neste contexto, com um forte caráter romântico, despontam no cenário musical : Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo e João Paulo e Daniel.

Nesta época, no cenário rap destacam-se: Gabriel, o Pensador, O Rappa, Planet Hemp, Racionais MCs e Pavilhão 9.
O século XXI começa com o sucesso de grupos de rock com temáticas voltadas para o público adolescente. São exemplos: Charlie Brown Jr, Skank, Detonautas e CPM 22.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mário Quintana o Poeta

http://www.youtube.com/watch?v=6difjfKB4h4

A Tal superbactéria-Escrito André Italo

Parece um assunto batido, mas quando o que está em jogo é a saúde, informações a mais sempre serão bem-vindas. Ainda mais quando falamos sobre o mais novo vilão da saúde pública brasileira: a superbatéria, também conhecida como KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase).
A superbactéria é um pequeno microorganismo que tem chamado a atenção pelo seu alto poder de resistência aos antibióticos. Ela é invisível aos olhos humanos, multiplica-se facilmente, ataca os mais fracos e busca a invencibilidade. Nos últimos meses, seu poder tem sido comprovado com o aumento sistemático de vítimas infectadas pela bactéria que resiste aos antibióticos mais modernos e pode levar à morte em poucos dias.
No entanto, não há motivo para pânico. A KPC costuma atacar pessoas em situação de grande vulnerabilidade, dentro de hospitais. Normalmente são pacientes internados em UTI’s, submetidos a tratamentos invasivos ou imunodeficientes.
Como o perigo da KPC está presente nos hospitais, recomenda-se que os profissionais de saúde e acompanhantes de pacientes higienizem as mãos frequentemente, para não se tornarem propagadores.
O surgimento de um microorganismo resistente a antibióticos não é novidade na medicina. O que causou essa grande visibilidade à KPC foi a lista extensa de medicamentos que não conseguem eliminá-la. Isso não significa que a superbactéria é indestrutível. Existem três antibióticos capazes de controlá-la: a polimixina, tigeclina e amicacina.

Hino do Intenacional

http://www.youtube.com/watch?v=MYbEimGTTZE

Renato e seuse Blue Caps_menina Linda

http://www.youtube.com/watch?v=qM6HvntdA5c

Nora Jones_Somewere the Raibow

http://www.youtube.com/watch?v=F_VRM2Rx_BY

Tema proibido-Por Roseli Sayao Em 17 de agosto de 2010 (16:34) Na Categoria Carta na Escola

A escola, tradicionalmente, sempre deu as costas à sexualidade. Nas aulas de Biologia, o conteúdo sobre a anatomia e o funcionamento do aparelho reprodutor era e ainda é oferecido aos alunos de modo mecanicista e absolutamente desvinculado da sexualidade e de seu contexto sociocultural.
Acontece que, nessa mesma escola, há alunos, há professores, há um grande contingente de pessoas que trabalham nas mais diferentes áreas, que se relacionam e que passam várias horas do dia lá e, portanto, a sexualidade se faz presente, quer a escola queira, quer não. Ela faz barulho, ela se faz visível, ela incomoda e, mesmo assim, muitas escolas preferiam fazer silêncio a respeito. Mas nunca conseguiu.
Toda escola tem princípios ou regras – estas em número muito maior – que, de modo direto ou indireto, envolvem a sexualidade. O tipo de roupa que a escola aceita ou veta, as permissões ou as proibições a respeito do relacionamento físico entre alunos e seus pares, alunos e professores e professores e seus pares, por exemplo, retratam uma concepção de sexualidade que a escola aceita, tolera ou repudia. Isso significa, portanto, que, no chamado currículo oculto escolar, a sexualidade está presente inclusive na forma educativa – ou melhor, deseducativa.
Entretanto, a partir de 1998, com a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que colocam a sexualidade como um tema transversal, esta passou a fazer parte do conhecimento que, necessariamente, a escola precisa reconhecer e trabalhar.
Sabemos, porém, que na prática pouca coisa mudou desde então, de modo geral. Mais do que esse documento oficial, foi e é principalmente o corpo discente o maior responsável pela invasão da escola pela sexualidade.
Crianças e jovens, hiperexcitados por uma sociedade que quase tudo erotiza, trazem para dentro da escola músicas cujas letras e coreografias tratam o sexo de modo grosseiro, um vestuário sedutor e, principalmente, um linguajar e um comportamento que remetem diretamente à sexualidade.
Paralelamente, o mundo foi se transformando para aceitar a diversidade em todos os setores, inclusive na sexualidade, e, desse modo, a homossexualidade deixou de ser considerada um comportamento desviante e passou inicialmente a ser tolerada e progressivamente a ser aceita, não sem relutância ou resistências, é bom ressaltar.
E a escola, um pequeno retrato da sociedade, teve de passar a encarar o tema mesmo sem querer, mesmo sem saber como. É que é no espaço escolar que os adolescentes vivem boa parte de seu tempo no encontro com seus pares e é nesse momento da vida que a sexualidade deles explode, floresce. E claro que, com a maior aceitação social da diversidade sexual, muitos jovens que descobrem que sua orientação é homoerótica não se “trancam no armário”.
O preconceito contra a homossexualidade, apesar das mudanças sociais em curso, permanece. Ele se expressa ora de forma hostil, agressiva e violenta, ora de modo velado e modificado. E como preconceito se combate com a educação, não há como a escola se esquivar mais: ela precisa honrar seu papel social, cultural e de vocação humanista.
Agora, mais do que em qualquer outro tempo, a escola precisa levar a sério a sexualidade como tema transversal. Isso significa reconhecer que o assunto faz e deve fazer parte de seu currículo e, sempre pelo viés do conhecimento sistematizado já construído, deve ser planejado e contemplado com todo o alunado.
E não se trata de reproduzir, como tem sido feito com raras exceções, idéias cristalizadas, estereotipadas e preconceituosas a respeito do tema em geral e, especificamente, da homossexualidade. Trata-se, sim, de abordar o assunto com a propriedade de quem tem como função transmitir o conhecimento.
Para isso é preciso, em primeiro lugar, que a equipe escolar discuta o assunto abertamente e em conjunto. Sim, porque essa é a única maneira de assegurar aos alunos um trabalho coerente e crítico, assim como a construção dos princípios que nortearão o projeto político pedagógico de cada unidade escolar especificamente em relação à sexualidade e à educação sexual que quer colocar em curso.
Em segundo lugar, é preciso que cada escola providencie a formação necessária dos professores, orientadores, coordenadores e demais funcionários em relação ao tema. É bom lembrar que não bastam boas intenções para esse trabalho: é preciso estudo, consciência crítica e preparo para saber deixar de lado as posições pessoais, que todo mundo tem o direito a ter, no momento da ação educativa no espaço escolar.
Em terceiro lugar, a escola precisa constantemente lembrar que seu trabalho é com os alunos e não com os pais deles. São os mais novos que precisam de ajuda para crescer, se desenvolver e amadurecer e, desse modo, conseguir fazer escolhas próprias, com autonomia, mesmo que isso signifique ser diferente do que sua família quer e/ou espera. A escola tem feito muita confusão nesse sentido, já que tem escolhido tratar de questões delicadas dos alunos com os pais deles e não com os próprios.
Apesar da boa intenção dessa atitude, muitas crianças e adolescentes sofrem sérias conseqüências quando seus pais têm conhecimento, pela escola, de alguns comportamentos e atitudes dos filhos. Não são poucas as famílias que os castigam severamente nessas situações.
A escola pode oferecer alguma colaboração aos pais que, por exemplo, têm e sabem que têm filhos homossexuais. Trazer pessoas com expertise no tema, de preferência de fora da escola, para conversar com os pais a respeito de suas angústias e de seus receios e, principalmente, oferecer o espaço escolar para que os pais se reúnam e troquem experiências a respeito da educação familiar têm sido iniciativas de algumas escolas com bom aproveitamento. Entretanto, a escola assumir o papel de tentar educar os pais de seus alunos é gasto de tempo e de trabalho equivocado, já que o foco da escola são os mais novos.
Finalmente, num mundo em que a fronteira entre vida social e intimidade está desaparecendo, é importante que a escola forneça aos alunos a possibilidade de saber diferenciar a vida pública da vida privada, já que essa é uma importante condição do desenvolvimento saudável da sexualidade.