domingo, 24 de março de 2013

O TEXTO ABAIXO NÃO É MEU. NÃO VOU OPINAR SOBRE O QUE ELE DIZ. SOMENTE COLOCO NO BLOG PARA QUE VOCÊS LEIAM E PENSEM NO ASSUNTO.


DILMA, A IMBATÍVEL

            Quem é mais sábio: o povo, que julga pelo real, ou a mídia, que julga pelo ideal? Quem é mais interesseiro: a massa, que avalia pelos benefícios que recebe, Bolsa-Família, ProUni, Minha Casa, Minha Vida, cotas e outros do mesmo gênero, ou o empresariado e a turma dos camarotes, que só gostam de quem reduz impostos e empresta dinheiro barato? Essas questões aparecem com a divulgação da pesquisa sobre a popularidade da presidente Dilma. O “poste” de Lula venceu o criador. Nem o ex-presidente petista nem FHC alcançaram 63% de bom e ótimo na avaliação das pessoas depois de dois anos de governo.
            Os críticos da Dilma comparam o Brasil com um ideal jamais atingido ou com um mundo desenvolvido perfeito que também não existe mais. A população, com os pés no chão, compara o Brasil com o Brasil de antes. As suas conclusões são irrefutáveis: apesar dos problemas e do atoleiro econômico, nunca teve tanto pobre na universidade, jamais se teve uma classe C tão incorporada e nunca a maioria teve comida na mesa como agora. Os críticos de Hugo Cháves comparavam o governo dele com uma democracia ideal que nunca existiu no país. A plebe que adorava o Comandante e elegerá Maduro compara a Venezuela de hoje com a Venezuela de antes de Cháves. Por exemplo, a Venezuela da época de Carlos Andrés Perez. Só isso.
            -  Somos pragmáticos – foi o que me disse um pedreiro.
            Achei que ele poderia fazer parte do Instituto Millenium. Esperei que me dissesse também que as ideologias acabaram e que não há mais direita e esquerda.
            - Para nós, o pobrerio, a esquerda é que tem feito o que interessa. A nossa vida mudou depois de Lula e Dilma.
            A dificuldade de entender Cháves, Lula e Dilma, para quem julga pelo ideal, cresce com a questão das prioridades. Os antecessores de Cháves, diante da falta de recursos para cobrir todas as necessidades, optavam por favorecer os mais ricos. O dinheiro do petróleo deveria ir primeiro para o “andar de cima”. A massa que esperasse o bolo crescer.
Cháves inverteu a receita. Lula e Dilma também. Sempre que essa inversão acontece, quem perde grossas fatias passa a valorizar o que antes era visto como acessório: o formalismo da “democracia”. Os adeptos da ditadura de Pinochet não se preocupavam com a democracia por considerarem o crescimento econômico, distribuído em primeiro lugar para a parte de cima da tabela, um valor maior. O mesmo, pelo lado inverso, acontece na Venezuela. A população que finalmente passou a comer considera isso determinante. Melhor é o ideal.
            Na falta do ideal, joga-se com o real. Dilma Rousseff tem dado um baile de gestão dentro das condições possíveis e dos limites da economia nacional atrelada à conjuntura internacional e mais a massa miojo e do hino do Palmeiras no meio da redação. Se a eleição fosse hoje, ela ganharia, por mérito e astúcia do eleitor, já no primeiro turno. Bateria Aécio, Serra, Marina, Eduardo Campos  e até o pai do Badanha, que não concorrerá por não ser bobo e preferir um cargo no segundo escalão. Aceitaria também, em nome da governabilidade e dos altos interesses da Nação, ser ministro. Dilma está imbatível.

                         Jurandir Machado da Silva

Um comentário:

  1. Jurandir Machado da Silva está de parabéns pela escrita desse texto e você, José Waldemar, por publicá-lo em seu blog pedindo aos leitores que pensem no assunto. Se todos os que lerem irão, de fato, pensar ou não sobre o que o texto diz, é com cada um. Agora, vocês fizeram a sua parte no intuito de tentar mostrar aquilo que quase ninguém diz, pois, 90% dos textos que vejo por aí falando sobre Lula e Dilma (ou mesmo sobre Cháves) são para falar mal, e o que é pior, sob o uso de falsos argumentos. O Brasil é um país capitalista que, como tal, é governado pela elite. Esta elite, que detém em suas mãos os meios de comunicação para fazer destes a sua arma de manipulação da mente dos menos esclarecidos, não quer ver, de forma alguma, o pobre deixando para trás a linha da miséria e passando para a classe média. Como os governos Lula e Dilma têm conseguido tornar isto uma realidade, daí toda esta propaganda, por parte de certos segmentos da imprensa, contra Lula e Dilma. Às vezes, tal campanha não é feita muito às claras, mas, às vezes ultrapassa os limites do tolerável. Por outro lado, ainda bem que o povo está acordando para a reaidade a fim de não mais se deixar levar por tais campanhas, pois, a prova disso são os 63% de bom e ótimo que Dilma têm recebido como avaliação de seu governo por parte das pessoas. Aqueles que são contra Lula e Dilma e, mesmo assim, insistem nesta campanha sem muito exito, deveriam parar para refletir sobre esta ação a fim de notar que, desta forma, estão a ameaçar aquilo que o Brasil conquistou a tão duras penas, afinal, não estão respeitando a vontade e a decisão dessa grande maioria. A única coisa que sabem mencionar para criticar negativamente Lula e Dilma, é acerca das denúncias de corrupção. No entanto, falam como se corrupção política fosse coisa nova no Brasil, que só começou a existir a partir do governo Lula, "esquecendo-se" de que, no governo FHC, além de ter havido em muito maior quantidade, a corrupção era tão grande aliada do governo, que Um
    dos seus primeiros gestos ao assumir a Presidência foi justamente extinguir, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco, que tinha por objetivo combater a corrupção. E ainda, como se não bastasse, para impedir a instalação da CPI da Corrupção, FHC criou, em 2001, a Controladoria Geral da União, orgão que se especializou em abafar denúncias. Ou seja, se houve diferença entre os governos FHC e Lula/Dilma com relação a corrupção, esta diferença foi que, no segundo caso, houve investigação. É verdade, algum opositor De Lula e Dilma certamente dira: Mas alguém foi realmente punido até o momento? Então respondo com outra pergunta: Que prova concreta existe contra José Genoino e José Dirceu por exemplo, com relação ao esquema do mensalão? Sinceramente, tudo o que vi até o momento foi a vontade de alguns em querer condená-los no intuito de destruir não só este governo do qual fizeram parte como também a possibilidade de estes poderem ser a sua própria continuidade, num futuro mais ou menos próximo, assim como também fizeram o que puderam para manchar a honrabilidade do ex-ministro da fazenda Antonio Palocci. Ao meu ver, a condenação a Genoino e José Dirceu representa, não o cumprimento de uma justiça, mas sim o retorno disfarçado da ditadura sobre alguns dos mesmos que foram perseguidos e presos por contrariarem os interesses da elite, lutando pelos direitos dos mais pobres. Peço desculpas, José Waldemar, por ter me estendido demais no assunto, mas é que se fosse ver eu ainda escreveria muito mais. Fico feliz por ver que ainda existem pessoas com esta visão que possui Jurandir Machado da Silva. Muito obrigado e parabéns aos dois mais uma vez.

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