Artigo: Porque não te darei meu
voto, Sr (a). Candidato (a)
11 de
junho de 201264
Silvio Belbute* RETIRADO DO JORNAL ZERO HORA E ADAPTADO
A NOSSA REALIDADE
Não importa se de
direita ou de esquerda, ou seus extremos; não importa se comunista, trotskista,
socialista, direitista ou o raio-que-partiusdista (pra não dizer outra coisa);
não interessa se você se formou na “High School of the política de enganar os
bobos of massachussets of ohio”.
É ilusão imaginar
que se possa implantar ideologias alienígenas localmente, na cidade, dissociada
do resto na nação e do mundo. Até porque todas já ruíram de caducas. Mas as
viúvas e órfãos continuam dizendo que “las ai”.
Interessa-me, sim,
com quem você andou nos últimos tempos; que acordo fez; quem apoiou e quem o
apoia. Aquele velho ditado ainda vale, e muito: “Diga-me com quem andas que te
direi quem és”. Lembra? Pois é.
E hoje é mais fácil
de pesquisar, temos o “Uncle Google” basta colocar teu nome ali, teclar ENTER e
pronto: tudo que preciso saber de ti estará na minha tela. Desista inútil
tentar apagar teus rastros.
Mas por que não te
darei meu voto? Ah, sim, este é o tema.
Se vieres com
aquele papo de que vais ampliar os atendimentos nos postos de saúde, que vais
ampliar o número de postos de saúde, que vais ampliar os PSF, bem, não estarás
fazendo mais nada demais.
Se vieres com aquela conversa que
vais informatizar, que vais modernizar que vai melhorar o que tem de novo nisto
mesmo?
Se tentares, apenas
tentares, iludir com promessas de novo plano viário e obras para o trânsito
caótico da cidade, são o óbvio.
Certo, vai atacar
na educação agora: melhores escolas, mais creches, professores qualificados.
Sim, sim.
Tá vendo porque não
te darei meu voto? Porque tudo isto é obrigação do gestor público que sentar na
cadeira de prefeito. Tu e teu partido deveriam ter vergonha de colocar estas
coisas no “plano de governo”.
Queres meu voto? Conquiste-me.
Digas-me como fará a diferença; digas-me como trabalhará para empoderar a
comunidade, com os munícipes, elaborando em conjunto planos de desenvolvimento
local; diga-me que estará mais tempo nas ruas, nas vielas, nas avenidas, como
um gerente da cidade, que no gabinete em reuniões intermináveis, com bandos de
puxa-sacos, que não resolvem nada. Digas-me que tem planos ousados para
transformar nossa cidade no Vale do Silício da América Latina, aproveitando
todo o potencial existente (não precisa nem verba, nem construir nada, viu? –
já tá tudo pronto, é só querer). Apresente-me projetos consistentes, prontos,
inclusive com a dotação orçamentária (de onde virá à grana, sabe?).
Diga-me eu vai
mudar o plano do Metrô e que ele não será mais enterrado embaixo de milhões de
dólares sem necessidade; diga-me que será de superfície, que aproveitará os
corredores de ônibus já prontos, com apenas algumas reformas, infinitamente
mais econômicas.
Diga-me que chamará
todas as empresas de transporte coletivo e constituirá um consórcio para
implantar o aeromóvel sobre o Arroio Ipiranga, desde o anfiteatro Pôr do Sol
até quase Viamão.
Tá vendo com tem
coisas boas e novas pra ti fazer? Tá vendo como a cidade tem ideias pra te dar?
Então sai do teu cortejo e vem conversar, olho no olho, cara a cara, sem os
“filtros” que te cercam e te cegam, te fazendo crer que és à “última bolachinha
recheada do pacote”. Cara, tu não é mesmo.
Queres meu voto?
Seja ousada, saia do lugar comum, pare de repetir os discursos dos seus
antecessores. Exclua o “assistencialismo” do teu dicionário. Sim, dá pra ajudar
quem precisa, sem lhe roubar a dignidade.
Entendeu agora, ou quer que eu desenhe?
Empresário*
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