Este texto foi retirado da revista “CIÊNCIA HOJE” nº 278_vol. 47/janeiro de 2011.
Os amantes da música sabem, por experiência própria, que o prazer de escutar essas vibrações mecânicas é um dos mais gratificantes que se pode experimentar. Agora, estudo explica tanto o porquê dessa sensação quanto a razão de a música ser apreciada nas mais distintas sociedades humanas.
O segredo, segundo o estudo, está no fato de o cérebro se inundar de dopamina, um dos vários neurotransmissores que os neurônios usam para enviar sinais químicos uns para os outros. A dopamina está ligada àquele prazer que se tem com um bom prato de comida ou com na surpresa de ganhar grandes somas de dinheiro.
O experimento mediu, com exames de imagens, os níveis de dopamina no cérebro de voluntários em resposta àquele “arrepio” prazeroso causado pela música que, para muitos, vem da alma e eletriza o corpo. Essa sensação muda a condução elétrica da pele, os batimentos cardíacos e a taxa de respiração, por exemplo.
Os pesquisadores mostraram que, quanto maior essa sensação, mais alta é a quantidade do neurotransmissor no cérebro. Outra conclusão do estudo: a quantidade de dopamina no cérebro é maior quando o ouvinte classifica a música como agradável, em comparação com uma canção “neutra”.
Os autores mostram também que mesmo a antecipação do prazer de ouvir boa música já é suficiente para banhar o cérebro com mais dopamina. Para os autores, uma forma de ler esses resultados é que eles explicam por que a música é tão apreciada por diversas culturas.
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