Na moral: dizer que o evento do mensalão supera o da privataria tucana é, no mínimo, cinismo. E a revista Veja mais a Rede Globo e amigos querem isso. Outro erro, digamos assim, é o povo brasileiro achar que essas questões serão definitivamente resolvidas por CPIs e por sessões do STF, lugares onde as pressões e o jogo de interesses são infinitos
No máximo, se conseguirá uns bodes expiatórios para cada caso e algumas explicações “plausíveis” até a próxima batalha. Enquanto isso, pautas reais como as reformas que tanto precisamos ficam estagnadas.
Quem sabe acabaremos por ocupar massivamente ruas, avenidas e praças e assim promoveremos um julgamento popular por sobre os partidos e empresários e todos os outros agentes dessas questões todas? Quem sabe? Até porque cresce a ideia de movimento não partidário, livre, meio anarquista, diria. Desse modo, dissiparíamos todas as cortinas de fumaça e todas as invencionices grupistas.
A partir do dia em que as lutas entre grupos passaram a importar mais que as lutas do povo, perdemos o rumo. Nós, pessoas que não ocupam o poder, somos apenas o suposto pretexto daquelas figadais lutas que lá por cima ocorrem ― ditas pelo nosso bem.
Ainda acho que a privataria tucana é maior escândalo que o mensalão, mas a questão não é um concurso de quem e do que fede mais. Antes da existência dos partidos e de outros grupos particulares, existíamos nós, o povo brasileiro.
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