domingo, 15 de abril de 2012

FANATISMO É AUSÊNCIA DE AUTOCRÍTICA –RETIRADO DO BLOG AIRIBU

Se, de um lado, a grande imprensa não abre mão de seu partidarismo, de outro, boa parte da imprensa alternativa se colocou exatamente na trincheira oposta, como se fazer jornalismo, em essência, fosse isso mesmo. Há sites e blogs tão incapazes de críticas ao governo e ao PT que deveriam receber dinheiro por tal subserviência. Há pessoas tão carentes de uma autoafirmação nesse sentido que muita terapia ainda seria pouca. E o tempo já mostrou as saídas.
Verdade seja dita: nossos principais partidos de esquerda não são mais aqueles de outrora cuja postura pecava pelo excesso de utopia, claro, mas que fazia gosto pelo rigor de zelo para com o comportamento ético, para com a coerência. Não se podia aventar a mínima hipótese de se ter, por exemplo, uma figura como o Sarney lado a lado, afinal o dono do Maranhão nunca foi com a cara do povo.
Hoje, boa parte da militância e parte da imprensa alternativa ainda produzem pensamentos interessantes e momentos louváveis, mas estão entregues à inércia de uma adoração fanática às lideranças de tal modo que não lhes resta muito mais que concordar, concordar e concordar, desprovidos que estão do senso crítico anterior. Fazem do cinismo e do discurso desenvolvimentista suas estratégias, como se o povo, como um todo, fosse bobo.
E o pior é quando constatamos que esse tipo de fanatismo a tudo ou a quase tudo permeia ― da religião ao futebol, de breves opiniões sobre questões de gênero a observações sobre comportamento. Há, assim, o fanatismo geral, uma estreiteza de pensamento levada aos extremos. Fanáticos de direita, fanáticos de esquerda, fanáticos religiosos, obsessivos de todo tipo, outsiders disfarçados de “pessoas críticas”.
Penso que ou escapamos disso com a luta que pudermos empreender, ou sucumbiremos a uma sociedade de “seitas” que mutuamente se canibalizarão até um limite final, depois de muitos estragos.
Refletir faz parte e é ótimo! Às vezes, dói, pode doer, mas é a dor de renascer de dentro daquilo quem em nós não vive m
O JORNALISMO "INVESTIGATIVO" E SEUS SEGUIDORES

Se Demóstenes Torres e a revista Veja não são redutos de ética a ponto de, imunes a tudo, poderem criticar severamente que quer que seja, o que é feito do indivíduo que, ciente disso, silencia sobre o primeiro e ainda segue e defende a segunda no Twitter e noutros espaços da web, defendendo-a ainda na vida não-virtual, no dia a dia?


É da mesma laia, como dizem as pessoas quando falam sem maiores delicadezas (falsidades, leia-se). E isso põe abaixo a credibilidade dessas mesmas diante de seus seguidores e amigos e sabe-se lá o que mais.
E a coisa é tão esculachada que o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), amigo do amigo de Demóstenes, ou seja, do bicheiro Carlos Cachoeira, “disse à Folha que tinha conhecimento do envolvimento do empresário com contravenção.”(Conversa Afiada) Há anos!
O ilustre professor e pesuisador da área de comunicação, autor de livros interessantes, Venício Lima, nos diz:
“Enquanto empresários da mídia impressa ou concessionários do serviço público de radiodifusão – e seus porta-vozes – reafirmam, com certa arrogância, seu insubstituível papel de fiscalizadores da coisa (res) pública, o trabalho da Polícia Federal possibilita que o país tome conhecimento de evidências do envolvimento direto da própria mídia com os crimes que ela está a divulgar.
E mais: a solidariedade corporativa se manifesta de forma explícita. Por parte de empresas de mídia, quando se recusam a colocar setores de seu negócio entre os suspeitos da prática de crimes, violando assim o direito à informação do cidadão e o seu dever (dela, mídia) de informar. Por parte de jornalistas, que alegam estarem sujeitos a eventuais relacionamentos “de boa fé” com “fontes” criminosas no exercício profissional do chamado jornalismo investigativo.
Será que  – na nossa história política recente – o recurso retórico ao papel de fiscalizadora da coisa (res) pública não estaria servindo de blindagem (para usar um termo de agrado da grande mídia) à indisfarçável partidarização da grande mídia e também, mais do que isso, de disfarce para crimes praticados em nome do jornalismo investigativo?” (Observatório da Imprensa)
A última parte está em negrito para destacar exatamente o teor da questão: a mídia que se envolve com o crime em nome de um tal jornalismo investigativo, mas que não se vê como participante (culpada) dos tais atos, sendo, noutros momentos, polícia, justiça e carrasco daqueles a quem escolhe perseguir.
E há seus leitores-telespectadores propagadores dessa maneira de ser no mundo, desde a cidade grande à essa províncias miúdas desse imenso Brasil.
Que é feito desses indivíduos que, antes de beijar esposa e filhos ao nascer do dia, esfregam seus rostos e suas virilhas nas capas de exemplares da revista Veja?
Precisamos, sim, transformar muita coisa nesse Brasil onde governadores e prefeitos (com exceções) são contra o cumprimento da Lei do Piso para professores e, simultaneamente, não vivem sem salários altos e todo tipo de mordomia que conseguem.
Mas, a imprensa também precisa de uma ampla reforma. E a grande mídia está incomodada com os blogs "sujos" (esse "sujos" foi uma gentileza d

Nenhum comentário:

Postar um comentário