sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

NÃO CONSIGO!



            Não consigo entender, compreender pessoas que fazem afirmações como. Não consigo ler. Ler é chato. Ler me dá sono. Na minha profissão não preciso ler (?). Essas e outras ouvi, ouço e penso que ouvirei de alunos e pasmem de professores.
            Como sou um apaixonado pela leitura fico meio intrigado com essas pessoas. Claro que aceito. Mas continuo achando algo muito estranho.
            Nesse momento estou lendo dois livros. Um com mais assiduidade, que é “Futebol no país da música” de Beto Xavier Ed. Panda books. O título já diz bem de que se trata. É um livro que conta a relação entre o futebol e a música de uma maneira que entendo didática sem ser aquela coisa professoral que poderia ser chata. Mas não, é muito gostosa a sua leitura. O outro venho lendo como se bebe uma bebida muito especial, aos poucos e torcendo para que demore a terminar, pois ele é especialíssimo. O título é o seguinte “UM SÉCULO DE MÚSICA POPULAR E CLÁSSICA” BRASIL RITO E RITMO. Da editora Aprazível-RJ. É absolutamente magnífico. São textos de Leo Kaz, Ricardo Cravo Albin, João Máximo, Tárik de Souza e Luiz Paulo Horta como fotos estupendas, lindas e tudo mais que se possa dizer. Os textos e as fotos se complementam de uma maneira que sinceramente não sei explicar tamanha beleza.
            Estou completamente encantado com esse livro e me atrevo a indicar para quem gostaria de saber um pouco sobre a nossa música.
            Recebi essa semana a revista LÍNGUA nº 88, ano 8 da Ed. Segmento. Revista sobre a nossa língua portuguesa. É muito boa, independente da disciplina o professor lecione afinal todos nós falamos português ou algo próximo disso. Nessa revista tem uma parte que de CONCEITOS E LEITURAS e fala de um livro da escritora Eloi Bocheco chamado “Casa de concertos” que fala de uma menina cuja avó professora aposentada concerta brinquedos vindos de todos os lugares do mundo. E menina passa as férias na casa da avó. Imaginem que maravilha umas férias dessas para uma criança e até para nós adultos.
            A revista entrevista a autora e em uma de suas respostas ela diz algo para mim de uma importância fundamental. Sendo pais, avós, tios, tias, professores, enfim adultos na idade ou não.
A pergunta é: De que modo se articulam em sua visão como autora o substantivo “literatura” e o adjetivo “infantil”?
Resposta da autora: Encontros adultos que não leem livros infantis porque presumem de antemão, tratar-se de um texto utilitário, ligado ao ensinamento escolar. Acabam se surpreendendo, muitas vezes, pois quando o livro para crianças é literatura, de fato, ultrapassa o adjetivo infantil e tudo que o termo representa no imaginário de alguns leitores.
            Por preconceito com o termo infantil, alguns adultos podem estar perdendo a chave de conhecer livros que lhes trariam prazer e encantamento, visto que a chamada Literatura Infantil há muito tempo conquistou seu lugar no reino dos objetos artísticos. Além do quem adultos deviam ler as obras infantis para orientaras crianças próximas de si em suas escolhas de leituras, com sugestões e boas dicas.

            Concordo plenamente com a escritora. Nós adultos fizemos um prejulgamento dos livros e simplesmente o deixamos de lado.
            Um pedido. Não me achem pedante e metido ao estar fazendo essas indicações. É como gosto penso que todos devem gostar.
           

            Um abraço.
            Profº Fumaça genro


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