segunda-feira, 15 de novembro de 2010

ALGUMAS LEITURAS QUE INQUIETAM




Alguns artigos esparsos na mídia nacional e muitos na internacional dão conta do aquecimento, ou melhor, do ressurgimento do “fascismo” em todo mundo, se é que em algum momento ele realmente diminuiu.
            O que é fascismo? Este termo tem sido usado tão erroneamente por tanto tempo que, como disse Paxton, todo mundo é fascista de alguém.
            Segundo Paxton:
“Fascismo é um sistema de autoridade política e ordem social que tem o objetivo de reforçar a unidade, a energia e a pureza de comunidades nas quais a democracia liberal é acusada de produzir divisão e declínio.”
Robert O. Paxton é autor do livro a Anatomia do fascismo.

            Um dos pilares do recrudescimento destes fatos está na escuridão dos anos do governo Bush. Os progressistas assistiram horrorizados ao sumiço de proteções constitucionais, à retórica nativista, ao discurso de ódio transformado em intimidação e violência e a um presidente americano que assumiu poderes só exigidos pelos piores ditadores da história.

            Transporte tudo isto para o nosso mundo, para o nosso país e com certeza logo você conseguirá identificar alguns fatos, alguns grupos e até algumas pessoas que se comportam quase que exatamente como está descrito acima, obviamente guardada as devidas proporções.
            Reduza ainda mais o campo de observação e traga a idéia para o nosso Diamantino de 281 anos. Convido a todos para pensarem um pouquinho não muito e logo vocês identificaram idéias, grupos e pessoas que mesmo sem saber se identificam muito com as idéias aqui citadas. Pessoas que disfarçam o racismo, o preconceito de gênero, de classe social, enfim como fala a gurizada de hoje “se acham”, e se acham superiores a tudo e a todos. Pior é que não abrem para ninguém o que pensam, guardando na pequenez dos seus pensamentos este comportamento tão infame. São pessoas que freqüentam igrejas, bares, clubes, que aparentemente convivem numa boa, mas é só lhes dar o poder e eles mostraram realmente, a que vieram e porque vieram.
            Esse é meu receio, não reconhecer quem é quem em nossa vida, ainda mais para uma pessoa que como eu sofro de verborragia (nem sei se existe essa palavra, se existe é muito feia), mal de falar tudo que pensa, sem se preocupar com as conseqüências.
            Para não dizerem que só falo dos outros ou em outros, quantas vezes nos damos conta que em nossos pensamentos mais íntimos e escondidos, temos exatamente essas idéias querendo nos dominar. Um exemplo. Quando realmente aceitamos que estamos errados e concordamos com quem pensa diferente de nós. Isto em qualquer assunto; política, futebol, amor, e outros mais.
            Tudo isto que estou escrevendo vem da leitura de um texto publicado na Carta Maior no seu editorial internacional, um artigo da americana Sara Robson (blog FOR OUR FUTURE, de 09/09/2009) e no site VIA MUNDO de Luiz Carlos Azenha. Inclusive algumas afirmações são retiradas deste artigo e com as quais eu concordo.

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