quarta-feira, 25 de julho de 2012

Formandos de Medicina terão de fazer prova em São Paulo para atuar

JÁ ESTAVA MAIS DO QUE NA HORA DE ISSO ACONTECER.
PROFº FUMAÇA GENRO.


          O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) irá aplicar provas para todos os estudantes do último ano do curso de Medicina do Estado. O exame será obrigatório a partir deste ano. Quem não fizer o exame não poderá exercer a profissão, mas quem não passar não será impedido de trabalhar.

         Segundo o órgão, ao menos 16 instituições de ensino apoiaram a medida. Neste ano, a prova será aplicada em 11 de novembro. A expectativa do Cremesp é que os conselhos de medicina de outros Estados também comecem a aplicar o exame.

De acordo com o cardiologista Bráulio Luna Filho, coordenador da prova, o Brasil é o único país que não aplica um exame final para avaliar os estudantes de medicina. Apesar de a prova ser obrigatória, quem não for aprovado não ficará impedido de exercer a profissão. Mas há, no Senado, um projeto que estuda fazer uma prova nacional para avaliar cursos de medicina e que poderia impedir estudantes reprovados de exercerem a profissão.

Em São Paulo, a avaliação dos formandos de Medicina ocorre há sete anos, até então de forma voluntária. Até hoje, 4.821 novos médicos se submeteram ao exame. No ano passado, 46% dos alunos que fizeram a prova foram reprovados. Eles não conseguiram, por exemplo, identificar um quadro de meningite em bebês e não sabiam que uma febre de quase 40°C pode aumentar o risco de infecções graves em crianças.

          O que muda em relação ao que existe hoje é que o Cremesp pretende exigir o comprovante de realização do exame entre os documentos necessários para que o profissional consiga obter o registro de médico. A decisão é considerada polêmica, já que o Conselho não tem autonomia ou competência para vincular a aprovação na prova à obtenção do registro para o exercício da Medicina.

         Segundo Cid Carvalhaes, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, o exame será mais um elemento para que, em médio prazo, os conselhos consigam demonstrar de forma prática a má-formação dos médicos.

– O que se pretende é fazer uma avaliação criteriosa da qualidade do ensino. A possibilidade de que ela passe a valer em todo o país existe – diz Carvalhaes.
ENSINO AVALIADO-RETIRADO DO JORNAL ZERO HORA-HOJE 25/07/2012

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