sábado, 11 de dezembro de 2010

PAIS COMPRAM TRABALHOS ESCOLARES PARA SEUS FILHOS

Tirei este artigo do Jornal ZERO HORA DDE PORTO ALEGRE/RS. E fiquei profunda mente impressionado com o que esses pais pensam da vida, o que pensam passar para seus filhos. Estão criando futuros corruptos ou corruptores. O que será que há na cabeça desses idiotas, me perdoe, mas esse é o termo a ser usado nesse caso. Pais ensinado filhos como burlar, com enganar, como se fosse uma coisa qualquer. Este tipo de coisa acontece nas Universidades, onde compram seus trabalhos de conclusão de curso (monografias). Existem universidades e Universidades, as mais conceituadas já possuem métodos para detecta essas artimanhas de alunos relapsos. Maus alunos, incapazes de esforçar-se para adquirir conhecimentos que vão lhe ajudar na vida profissional. O que esperar de pessoas que tem esse tipo de atitude. Posso dizer. Serão futuros dirigentes desonestos, profissionais liberais desonestos, políticos desonestos enfim pessoas capazes de tudo para passar a perna nos outros de maneira ilícita e vergonhosa.
Professor Fumaça Genro
WWW.fucalima2010.blogspot.com
PROGRAMA MÚSICA PURA TODOSOS OS SÁBADOS NA RÁDIO PARECIAS 690 AM DAS 17h30min ÀS 19h30min

Em um ato de desespero para buscar a aprovação dos filhos, famílias contratam professores para resolver questões no lugar dos filhos, estimulando um mercado condenável do ponto de vista do ensino e dando um péssimo exemplo para a formação dos estudantes. Zero Hora revela nesta reportagem como funciona esse mercado da educação

Por R$ 40, R$ 60, o ano letivo de um aluno dos ensinos Fundamental ou Médio pode estar garantido. Esses são alguns dos preços que pais estão pagando a professores de aulas particulares para executarem os trabalhos escolares dos filhos e, assim, engordar a nota final dos filhos, obtendo aprovação.

Sem qualquer participação dos estudantes, profissionais que deveriam educar se aproveitam do desespero e despreparo de famílias para faturar num mercado imoral e também criminoso compactuado por mães e pais.

Zero Hora comprovou essa realidade que ajuda a desfigurar ainda mais a já precária educação brasileira. A reportagem encomendou e comprou de dois professores da Capital trabalhos de matemática que, hipoteticamente, ajudariam a passar de ano um adolescente de 15 anos. Acompanhou também a tentativa de uma mãe para resolver o problema do filho, que arrisca rodar de ano, novamente, numa escola de Porto Alegre.

Com um trabalho de biologia para ser entregue no mesmo dia, essa mãe – que não será identificada para que o garoto permaneça no anonimato – tentava achar alguém que resolvesse as questões. Ao ligar para ela, a reportagem se passou por um professor interessado em fazer a tarefa. Ela já tinha achado um profissional para o serviço, mesmo assim falou de sua intenção:

– Quero que ele passe de uma vez.

Em poucos segundos de conversa, ela revela o seu desespero:

– Está difícil, não adianta mais dar sermão. Se não for assim, não avançam.

Perguntada se o professor escolhido faria as questões ou ensinaria, ela titubeia, sem explicar:

– Ele vai fazer, são só três questões. Mas acho que vai ensinar, acho até melhor que ensine do que fazer pronto, né?

Com o fim do ano se aproximando, os telefones de professores de aulas particulares tocam com muito mais frequência do que o normal. A maior parte procura ajuda para que ensinem seus filhos na última hora, mas alguns buscam o caminho mais curto, pensando exclusivamente em garantir a aprovação.

– Tem muito pai que pede mesmo. Nós orientamos, mas eles não querem saber – revela a secretária de uma escola especializada em aulas particulares.

“O que leva um pai a chegar a esse ponto?”

Nos corredores escolares, a prática não é nova e se infiltra perigosamente nas salas de aula. A diretora da Associação dos Orientadores Educacionais do Estado, Rosângela Diel, lamenta o protagonismo dos pais.

– A gente sabe que existe, mas ver se concretizar assim é bem assustador. O que leva um pai a chegar a esse ponto? – indaga Rosângela.

O pânico da reprovação é o motor que empurra esses pais para essas soluções sombrias, segundo a psiquiatra Nina Furtado, da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul.

– Rodar de ano tem uma conotação de fracasso. Não é visto como aprendizado para melhorar. Os pais se perguntam: onde falhei como pai? Ou por que não tive um filho de sucesso? A dificuldade de lidar com isso fazem os pais partirem para atitudes extremas e desesperadas como esse péssimo modelo – diz Nina.

Para a especialista, pais que apelam para esse recurso perdem de vez o respeito com os filhos.

– Os pais cobram dos filhos atitudes que eles mesmos não têm. Como vai cobrar ética e bom comportamento? Para os jovens, os fins vão justificar os meios. Situações como essa atacam a base da sociedade, que é a família – pontua.

Para o doutor em psicologia infantil e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Fernando Becker, esses pais estão ensinando os filhos a delinquir:

– Desse jeito, os filhos podem pensar assim: posso faturar uma grana fácil vendendo droga, por que não? É o extremo oposto de qualquer processo educacional. Quando um pai chega a esse nível, já tem um longo trajeto de concessões e de falta de atitudes enérgicas e de moral.

ZEROHORA.COM


GUSTAVO AZEVEDO

Nenhum comentário:

Postar um comentário