quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Secretário rebate TCE e nega fraudes no MT Saúde


Antônio Joaquim diz existir indício de desvio nas contas do plano
Thiago Bergamasco/MidiaNews

Secretário de Administração, César Zílio: "Levantamento não é verdadeiro".
HELSON FRANÇA
DA REDAÇÃO
          O secretário de Estado de Administração, César Zílio, classificou como "não verdadeiro" o apontamento feito pelo conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso, Antônio Joaquim, sobre a existência de indícios de que R$ 21 milhões foram desviados das contas do MT Saúde, o plano de atendimento médico dos funcionários públicos estaduais.
          “Posso garantir que não existe rombo de R$ 21 milhões. De maneira alguma, existe isso. Creio que essa interpretação, esse levantamento, não é verdadeiro”, afirmou.
Durante sessão ocorrida no TCE, na semana passada, Joaquim apontou que o Ministério Público detectou irregularidades no contrato do plano com a empresa Saúde Samaritano.
Os R$ 21 milhões teriam sido pagos entre os meses de setembro, outubro e dezembro de 2011, mas os serviços não foram executados, o que, segundo o conselheiro, “contraria os princípios da administração pública”.
          No seu voto, ele responsabilizou o presidente do MT Saúde, Gélson Esio Smorcinski, e o secretário-executivo do Núcleo, Marcos Rogério Lima Pinto Silva, pelo suposto rombo, e enfatizou que Zílio também “sabia de tudo”.

CPI

         Zílio, juntamente de Gélson e Marcos, deve ser convocado nos próximos dias pelos deputados estaduais para prestar esclarecimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instaurada na Assembleia Legislativa para apurar a situação financeira e administrativa do MT Saúde.
          O secretário de Administração se disse tranquilo quanto à possibilidade de ser chamado.
          “Toda vez que o Parlamento entender que tem que ouvir o secretário, seja da forma de esclarecimentos ou de inquirição, lá estaremos. Entendo isso como normal e reconheço o trabalho feito pela Assembleia”, disse.
O secretário avaliou como "positiva" a instalação da CPI, pois, segundo ele, a Assembleia, historicamente, “sempre atuou em defesa das causas que vão ao encontro dos anseios da sociedade”.
         Devido aos problemas do MT Saúde, que desde setembro suspendeu os atendimentos aos cerca de 50 mil usuário, várias entidades e instituições, como o Ministério Público Estadual, defendem a extinção do plano de saúde, que foi criado em 2003, pelo então governador (hoje senador) Blairo Maggi (PR).

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