sábado, 23 de julho de 2011

SOU DAQUELAS PESSOAS QUE PENSAM QUE O TALENTO TEM DE SER REVERENCIADO. SOU APAIXONADO PELO FUTEBOL. TORCEDOR FANÁTICO PELO "COLORADO DAS GLÓRIAS ORGULHO DO BRASIL". MAS SOU ANTES DE TUDO "PROFESSOR". ESTUDEI DURANTE MUITOS ANOS PARA PODER TRABALHAR. CONCORDO EM GÊNERO, NÚMERO E GRAU COM A MINHA COLEGA "ROSANGÊLA", TER O TIRIRICA NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO É UM TAPA NA NOSSA CARA.


Rosângela Cadidé-TEXTO RETIRADO DO SITE SONOTICIAS
    Nesta semana, recebi por e-mail uma mensagem de um colega de profissão. Ele se mostra indignado com o piso salarial de professor. Enfatiza que os dados enviados na mensagem são tristes, mas, infelizmente, fazem parte da nossa realidade.
     A mensagem enviada pelo professor, que preferiu não ter seu nome divulgado, traz o seguinte:
    "Não precisamos de educação. Não precisamos de professores, afinal, para que ser um país de primeiro mundo se está bom assim! Vejam a nossa situação: Ronaldinho Gaúcho recebe R$ 1,4 milhão por mês e foi homenageado na Academia Brasileira de Letras. Letrado ele? Em seguida, temos o Tiririca, que recebe R$ 26 mil por mês, fora os auxílios e mordomias. Ele foi nomeado "membro da Comissão de Educação e Cultura do Congresso".
    O professor indignado ressaltou que o salário de um mês do Palhaço pagaria vários professores. E sugere que, para aqueles que acham que educação não é importante, contrate o Tiririca para dar aulas para os filhos.
    Enfim, como último exemplo de desvalorização salarial do professor, informou que um funcionário da Sadia (não tendo ele nada contra) ganha hoje o mesmo salário de um professor iniciante, levando em consideração que para trabalhar na empresa é preciso ter o ensino fundamental. Se formos pensar apenas no salário, então, de que adianta estudar, fazer pós e mestrado?
    O piso nacional de professor está fixado em R$ 1.187,00.
    Segundo o professor, se formos analisar os exemplos ao “pé da letra” teremos a seguinte Moral da História: “Os professores ganham pouco porque só servem para nos ensinar coisas “inúteis, como ler, escrever e pensar. Assim, apresentou a seguinte sugestão: mudar a grade curricular das escolas, que passaria a ter as seguintes matérias:
    - Educação Física: Futebol
    - Música: Sertaneja, Pagode e Axé
    - História: Grandes Personagens da Corrupção Brasileira, Biografia dos Heróis do Big Brother, Evolução do Pensamento das "Celebridades"
    - História da Arte: De Carla Perez a Faustão.
    - Matemática: Multiplicação Fraudulenta do Dinheiro de Campanha. Cálculo Percentual de Comissões e Propinas.
    - Português e Literatura: Para quê?
    - Biologia, Física e Química: deveriam ser excluídas por excesso de complexidade.
      Este é o nosso Brasil! Se olharmos o que foi exemplificado pelo professor, em princípio até achamos engraçado. Mas é extremamente preocupante a situação. O que se vê é que essa desvalorização ocorre tanto em relação ao trabalho do profissional, que muitas vezes está sendo esquecido, como em relação aos salários baixos, pois existem vários professores, que trabalham grandiosamente e, mesmo assim, são compensados nos finais de meses, com os baixíssimos salários. Infelizmente, parece que ninguém está se importando com isso.
    É exatamente por essas razões de desvalorização ao trabalho do professor que muitos estão abandonando a profissão. Mesmo assim, penso que professor não deve se desanimar. Deve, sim, continuar lutando para que as melhorias aconteçam, que sejam valorizados e reconhecidos.
    Rosângela Fernandes Cadidé é professora há 10 anos das redes pública e particular, formada em Letras com Especialização em Recreação e Lazer pela Universidade Federação de MT e escreve neste blog às sextas - rosangelacadide@hotmail.com

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